quinta-feira, 31 de julho de 2008

Bibliografia.





.CHAUÍ, Marilena. Simulacro e poder. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2006
.COSTA, Caio Túlio. “Por que a nova mídia é revolucionária”. Líbero IX, n. 18, dez. 2006, pp. 19-30.
.HUXLEY, Aldous. Admirável mundo novo. 2ª. edição, Rio de Janeiro; Globo, 2001.
.ORWELL George. 1984. 29ª. edição, São Paulo: Editora Nacional, 2003
.MACHADO, Arlindo. A televisão levada a sério. 1ª. edição, São Paulo: SENAC, 2000.
.TOSCANI, Oliviero. A publicidade é um cadáver que nos sorri. 2ª. edição, Rio de Janeiro: Ediouro, 1996.
.CASTELL, Manuel. A galáxia da Internet: reflexões sobre a sociedade, os negócios e a sociedade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.
.MORAES, Dênis de (org.). Por uma outra comunicação. Rio de Janeiro: Record, 2004.
.RAMONET, Ignacio. A tirania da comunicação. Petrópolis, Vozes, 1999.
.KUNSCH, Dimas A. “Comprehendo, ergo sum: epistemologia complexo-compreensiva e reportagem jornalística”. Communicare 5, n. 1, 1º semestre 2005, pp. 43-54.
.BAUMAN, Zygmunt. Modernidade Líquida. 1ª. edição, Rio de Janeiro: Jorge Zahar,2001
.MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. 2ª. edição, São Paulo: Cortez, Brasília: Unesco, 2000.
.KLEIN, Naomi. “Marcas globais e poder corporativo”. In: MORAES, Dênis de. Por uma outra comunicação. 2ª. Edição. Rio de Janeiro/São Paulo: Record, 2004, págs. 173-186.
.Barber, Benjamin R. “Cultura MacWorld’. In: Moraes, Denis de. Por uma outra comunicação. 2. Edição. Rio de Janeiro/São Paulo: Record, 2004, págs. 41-56.
.Lima, Venício A. de (org). A mídia nas eleições de 2006. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2007.
.Jornal Nacional: A notícia fa história. 12ª. Ed. Revista
.Barbero, Jesús Martín. “Globalização comunicacional e transformação cultural”. In: Martín Moraes, Denis de (org)” Por uma outra comunicação. 2 Edição. Rio de Janeiro/São Paulo: Record, 2004, págs. 57-86.
•KELLNER, Douglas. A cultura da mídia. Bauru, SP: Edusc, 2001.
•MORIN, Edgar. A cabeça bem-feira: repensar a reforma, reformar o pensamento. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001.
.KLEIN,Naomi.Sem Logo: a tirania das marcas em um planeta vendido,Rio de Janeiro: Record,2002.

MEUS PROFESSORES.




Agradeço muito ao meu estimado professor e aos colegas da classe por tudo que aprendi.
Confesso que iniciei essa disciplina achando que conhecia muito sobre o poder da mídia e a influência dela na sociedade. Das ingerências no telejornalismo da área de marketing, anunciantes, do próprio proprietário ou ainda de políticos e governantes.
Foram anos sofrendo para ser o mais ético possível. Levar a informação democraticamente e até brigando dentro de redações por essa causa.
Achei que teria muitas experiências para revelar. Nada disso.
Logo na primeira aula percebi que estava errado quando o professor Dimas expôs a frase: TODO PONTO DE VISTA É A VISTA OU VISÃO A PARTIR DE UM PONTO! Uma reflexão de que pontos de vistas diferentes é ponto de estudo. Também de cara aprendi que a visão epistêmica nos leva a estudar o comportamento do poder que a mídia pode ou não exercer, nada pode ser considerado como certo ou errado, mas obter diversas formas de perspectiva e que promova reflexão.
E para me colocar no devido lugar de aluno, sempre um aluno compartilhando, outra bomba:
Menos portanto e mais talvez...
Menos conceitos e mais noções...
Menos verdades e mais aproximações possíveis
Menos certezas e mais buscas.

Nunca tinha tido um aprendizado tão grande numa sala de aula desde minha época de faculdade. Com tanta interatividade e conhecimento dessa turma que me ajudou muito.
Aprendi a aprender.
Obrigado.

MODERNIDADE LÍQUIDA. VELOZ. LEVE. VORAZ.. VIVER E VOAR COMO A BORBOLETA.





"Voar suavemente traz contentamento. Voar sem direção provoca estresse.", (Zygmunt Bauman)

Como enfatisar esse momento da vida para se esquecer da morte?
A vida se empurra com a barriga? Ou em holografias, com ou sem consciência?
O tempo não nos dá conta do tempo que procuramos para viver.
Onde encontrar sabedoria nessa modernidade para viver o tempo livre? Como voar suavemente sem a velocidade peculiar de nosso tempo?
O stress está sempre nos rondando a mente, após a praia num findi ou uma noite de amor.
Ver , ver e ver. Inundações de imagens, sufoco de ilustrações, espetáculos.
O que nos diz ou toca nossos sentidos esse mundo que passa diante de nós, em todos os lugares, instantâneo?
E o medo do vazio?
Tempo veloz, fluído.
Intangível e voraz.
Vivemos uma geração que se amolda ou é mutante.
Fazer, fazer, fazer, mais.
Será a velocidade um Deus?
Mundo da modernidade, como os líquidos, vamos nos caracterizando por uma incapacidade de manter a forma.
Zygmunt e o medo líquido, uma metáfora para compreender nosso mundo...Uma sociedade cada vez mais imediatista , o valor está onde não se toca. Onde encontrar a liberdade?
Entre o ontem e o hoje, líquido é algo que se adapta a forma de uma vasilha, do copo. Fluidez é o nosso tempo, ou leveza, leve.
Nada mais sólido, pesado rígido.Ford.
Hoje Bills Gates.
A leveza do dinheiro e não das tradições, territórios , ostentações.
Valores e a temperatura ambiente mudam a todo momento. E ao mesmo tempo.
Hoje o poder é leve e se esconde, não se sabe de onde vem, quem é, onde ele está.
É o dono da marca, fluída.
“A comunicação não é mais pós moderna, mas líquida e nela conceitos e interesses se amoldam ao sabor das ondas aos altos e baixos e às discrepâncias das profundezas para exibir uma superfície plana, que cobre extensivamente todo o planeta com seu abraço afago”.(Zygmunt Bauman). O Poder do Mercado.
O quê a Mídia nos esconde? Nos mostra?
È nebulosa e ativa, presente e invisível, predominante e ambígua.
Onipresente, onisciente ou onipotente? Sempre complexa.
Consumo líquidos velozes e virtuais. Compulsivamente. Desejo a MARCA, já que ela "é mais que o produto". Serei doentio? Me escondo de um possível vazio?
Ritmo acelerado, tempo se torna escasso. Quero meu espaço.
Como viver nessa dicotomia entre o ócio saudável e a frenesi da produtividade que me é exigida ?
Instituições, referências estilos de vida mudam antes que tenham tempo de se solidificarem; costumes, hábitos e verdade 'auto-evidentes' .
Como voar como a leveza da borboleta na nossa mente e espírito sem o stress coagulado da modernidade no coração ?

O Poder da Publicidade.




"A publicidade não vende felicidade, ela gera depressão e angústia. Cólera e frustração.! Oliviero Toscani

Não há como estudar ou analisar Mídia no mundo globalizado sem tentarmos compreender os sentidos, as mensagens cognitivas da publicidade, especialmente numa era de hiperconsumismo. A publicidade coexiste na comunicação e cultura de consumo de massa e é fundamental não somente como função comercial, mas também para promover o debate de conceitos, ideais e diferentes discursos, muitas vezes, os dos próprios políticos ou governantes.
A publicidade, ao contrário dessa afirmação de Oliviero, também pode, como deve, se utilizar da criatividade para a educação e consciência de cidadania.

Refletimos muito sobre essa questão na sala de aula com a apresentação das idéias contidas no livro " A Publicidade é um cadáver que nos sorri", do italiano Oliviero Toscani, responsável por uma verdadeira revolução e choque no meio publicitário ao criar campanhas para a Benetton , especialmente em Outdoor.
Hoje no Brasil se discute muito a liberdade da publicidade nos meios de comunicação. Não apóio nenhum tipo de censura, porém é preciso rever campanhas mosntruosas de consumo de cervejas (uma porta aberta para os jovens entrarem de cabeça no alcoolismo e outras drogas) ou aquelas que influenciam crianças ao consumo exagerado.

Destaco para reflexão do tema o "Processo de Nuremberg Da Publicidade", criado por Oliviero:
Crime de malversação de somas colossais
Crime de inutilidade social
Crime de mentira
Crime contra a inteligência
Crime de persuasão oculta
Crime de adoração às bobagens
Crime de exclusão e de racismo
Crime contra a paz civil
Crime contra a linguagem
Crime contra a criatividade
Crime de pilhagem

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Marcas e o valor Virtual. A Modernidade da Velocidade.Da Tecnologia e a Sociedade de Consumo.

Entrevista concedida pelo cientista João A. Zuffo. Fundador e coornedador geral do Sistemas de Laboratórios Integráveis-USP


“assim, para eles, o que conta é o tempo, mais do que o espaço que lhes toca ocupar; espaço que, afinal, preenchem apenas ‘por um momento’ (Modernidade Líquida – Zygmunt Bauman 2001, p. 8.Ed. Zahar).

Ao comentar sobre a obra de Aldous Huxley, " Admirável Mundo Novo", o cientista fala sobre mídia, sociedade pós moderna e a necessidade e liberdade da internet aberta, horizontal, sem censuras prévias como Meio de se obter informações e democracia.
Empregos tendem a desaparecer, mas não o trabalho. O dinheiro torna-se de baixa circulação.
Na era da chamada "modernidade líquida", as mensagens na velocidade de imagens, fotos, videos, etc, criam uma "entidade etéria" , lúdica ,de perdas de valores e fugidia.O valor das marcas é virtual.
Segundo o cientista, o principal fator para essas mudanças na sociedade mundial é a extrema e densa taxa de crescimento das telecomunicações, que se desenvolve cerca de 78 por cento ao ano.

Agenda Setting e Espiral do Silêncio




A Teoria do Agendamento ou Agenda-setting foi elaborada por Maxwell McCombs e Donald Shaw, em 1972. A mídia determina a pauta para a opinião pública ao destacar determinados temas e preterir, ofuscar ou ignorar outros tantos.
Eu mesmo participei efetivamente desse "artifício" para manter minhas reportagens e pautas em evidência, sem com isso saber que contribuia para a mídia com a qual trabalhasse manter a intensidade de cobertura do fato e a relevância deste para o público. Essa relação ocorre repetidamente. Muitos receptores às vezes nem se dão conta do porquê estão tão envolvidos com determinado assuntos "polêmicos".
Casos populares como o assassinato da menina Isabella, o envolvimento do jogador Ronaldinho com travestis ou até assuntos de interesse políticos pautam a agenda da sociedade, ou até vice-versa.A mídia passa a ser pautada pelo crescente interesse de determinado assuntos.
Um bom exemplo:Com a cobertura da morte da menina Isabella Nardoni, no dia 5 de abril, a audiência dos telejornais cresceu até 46% na primeira quinzena do mês em relação ao mesmo período de março -é também o caso do "Brasil Urgente", da Band. A informação é da coluna Outro Canal, de Daniel Castro, na Folha de São Paulo.A audiência do "Balanço Geral", da Record, cresceu 25%. Ao caso Isabella também foram atribuídas as consecutivas lideranças da Record no período matutino.No "Jornal Nacional", a cobertura chegou a ocupar 15 minutos e 20 segundos na edição da terça-feira (15/4), o equivalente a 37% do telejornal. A Globo mobilizou 18 repórteres, oito produtores e 20 cinegrafistas para cobrir o caso. Eles fizeram plantões permanentes em casas de parentes de Isabella e em delegacias.
Enfim, aconteceu tudo que as duas partes, telespectadores e mídia, queriam. Cobertura repetitiva e agendamentos solicitados.

Espiral do Silêncio. Basicamente segue uma linha: "Eu me calo porque todo mundo está falando outra coisa". O grande problema é que com esse comportamento não se gera cidadania.O termo Espiral do Silêncio foi utilizado pela pesquisadora alemã Noelle-Neumann, as pessoas tendem a esconder opiniões contrárias à ideologia majoritária. Se acharem que suas opiniões podem não ter receptividade optam pelo silêncio. Os meios de comunicação por sua vez, tendem a priorizar as opiniões dominantes, isto é, aquelas a que tem maior acesso, consolidando-as e contribuindo para a formação de uma minoria isolada.Há uma grande relação com a teoria da Agenda Setting,onde as informações são veiculadas na mídia como aquilo que devemos discutir ou pensar, ajudando a manter assim o status quo.

PORQUÊ A IMPRENSA NÃO É MAIS O CHAMADO "QUARTO PODER"? E O PODER DO CIDADÃO?



No livro "A TIRANIA DA COMUNICAÇÃO", Editora Vozes,(1999),Ignácio Ramonet faz uma enorme crítica aos meios de comunicação que não têm ética, aos que manipulam o que é noticiado, aos que vulgarizam seus programas a fim de conquistar o maior número de espectadores.
O que mais me chamou a atenção, entre outros temas, é a idéia do que para ele seriam os verdadeiros três poderes constituídos na sociedade atual:O primeiro poder; a Economia. Segundo poder; o Mediático e Terceiro poder; o Politico.E não, como sempre soubemos, o Legislativo, o Judiciário e o Executivo.
O chamado Quarto Poder, da imprensa ou jornalismo, não existiria mais como um interlocutor da sociedade, mas apenas "embutido" no controle dos conglomerados midiáticos. São eles que difundem ou determinam ideologias, o que é ou não necessário para o cidadão.Por exemplo, quando todos os meios de comunicação afirmam um acontecimento como verdadeiro, mesmo que seja falso, como duvidar desta verdade?

No meu entendimento, a representatividade da cidadania nunca esteve tão ameaçada. Pois na verdade, o Poder Político está intimamente (e talvez cúmplice) ligado ao poder do Mercado e das grandes Mídias.
Há a necessidade de repensarmos jornalismo e o papel do comunicador num mundo cada vez mais digitalizado e com informações instantâneas como no caso das redes de internet.Para o espectador existe a ilusão de que ver é compreender, e todo acontecimento deve ter imagens. E essa concepção suscita o interesse por cenas violentas e sensacionais.
Repensar quem fala, como fala? Sob qual influência estamos sendo informados?
A real importância para o crescimento da noção de direitos civis e cidadania neste país.

"FORA DO MERCADO NÃO HÁ SALVAÇÃO"-PROF.DR. DIMAS KÜNSH


No novo paradigma comunicacional o que vale, e é mais importante, é a felicidade de acesso ao consumo e às novidades.
O grande discurso hoje é o da mídia, da globalização, é o Mercado. MERCADO...MERCADO...É O TEMPLO PARA SEDUÇÃO!

O prof. propõe um olhar crítico. "O Mundo virou um shopping center, onde as necessidades antes do estado estão nas mãos privadas. A saúde, a educação, a aposentadoria, etc.
O Mercado "virou" uma espécie de DEUS, daí a frase: Fora do Mercado não há Salvação.
E ainda questiona: Cidadania é consumir?
Qual consequência de termos que ser consumidores para nos sentirmos cidadãos? Consumir marcas e bens, talvez um meio ou lugar onde se procure o amor, a felicidade.
Esse "estado de coisas" leva ao hiperconsumismo nos dias de hoje.

Na Centralidade Do Mercado, a mídia perpetua a globalização.
Agentes econõmicos globais figuram-se entre as 300 maiores empresas não financeiras do mundo.
O consumo na sociedade envolve o cidadão a uma idéia de identidade ou Pertencimento.Consumidores de diferentes "nichos" ou "tribos".
"Os consumidores passam a ser classificados em função de estilos de vida e gostos comuns, que se superpõem às identidades clássicas".
"Para o sistema globalizado não compensa desregionalizar. É preciso manter a regionalidade."
Nas estratégias de regionalização dos conglomerados é fundamental conhecer seu consumidor, o jeito pelo qual se relaciona com o mundo e atingí-lo com determinados estímulos.Para que ele não se sinta isolado ou apenas "another brick in the wall".

As grandes corporações sabem como conquistar a pré-disposição ao consumo e a fidelização das marcas.
" O desafio consiste em adaptar estratégias mercadológicas regionais e locais".
O que gera certa ambiguidade, pois " as corporações assimilam alguns predicados regionais mas, em momento algum, renunciam à idéia de atrair o público de massa com programações padronizadas, requisito indispensável para sua sustentação". (anotações de aula)

Cultura MacWorld. Consumo Logo Existo.




MTV(Music Television) MacDonald's e Disneylãndia...ícones da cultura americana ou verdadeiros cavalos de Tróia dos Estados Unidos imiscuindo-se nas culturas das outras nações.(Cultura MacWorld-Benjamin R. Barber)

McWorld é uma América que se projeta em um futuro moldado por forças econômicas, tecnológicas e ecológicas que exigem integração e uniformização, não importando os regionalismos de outras culturas em qualquer país.

Além da estrutura de um mercado unificado essa "teoria" exige o domínio ou hegemonia da moeda e do idioma. (Tem Disneylândia até em francês) A globalização contribui para esse processo. E torna universal o dólar e o inglês.

“Os bens da nova cultura mundial são tanto as imagens quanto as formas materiais, tanto uma estética quanto uma gama de produtos. É uma cultura reduzida ao estado de mercadoria.” – Pág. 43 – Por uma outra comunicação – Benjamin R. Barber

A publicidade ou a videologia (ou audio visuais como filmes famosos e estilo de vida americano)mantém um estado de mercadorias permanente e até subjetivo nas sociedades. Videologia é mais fluida que a ideologia política tradicional. Seus valores não são impostos por governos coercitivos ou sistemas educativos autoritários- apóia-se especificamente no poder da informação e da tecnologia.
As multinacionais invadem fronteiras e com o domínio da informação transformam gostos em matérias primas para serem consumidas.
Derrubar barreiras e implantar ideais espalhados pelo mundo a partir do que é importante para a economia e ideologia americana.Persegue o cidadão para que consuma sempre mesmo que não tenha dinheiro, mas que pelo menos sonhe com as mesmas necessidades de posse.

Canibalização da Midia e Conglomerados


Prometeus. The Media Revolution

Este video é apenas um exemplo do Poder dos conglomerados midiáticos que crescem com seus tentáculos "absorvendo" empresas menores por todo o planeta e que acabam dominando os bens simbólicos.Com empresas do mercado financeiro esse sistema de canibalização não é diferente.
O "domínio da produção simbólica". A mídia está nas mãos de duas dezenas de conglomerados, com receitas entre 6 e 35 bilhões de dólares. Elas veiculam dois terços das informações e dos conteúdos culturais disponíveis no planeta.
Para o antropólago francês Georges Balandier, " a cultura das corporações reveste-se dos meios que permitem ao grande sistema mundial exercer seus efeitos até sobre as pequenas circunstâncias da vida cotidiana".

No mundo, os maiores conglomerados midiáticos são:Cinco nos EUA, um na Alemanha e outro no Japão. (Deve-se levar em conta que aos sete maiores inclue-se hoje na América do Norte o Poder do Google.)
• Time Warner - Revista Time e estúdios Warner Brothers
• Disney - Michael Eisner e TV ABC
• Vivendi-Universal
• Viacom
• Bertelsmann
• Sony
• News Corp - Rupert Murdoch, The Times e TV Fox
• Turner - Ted Turner, CNN e Cartoon Network
E no Brasil:
• Organizações Globo - Rede Globo, jornais O Globo, Extra e Diário de São Paulo
• Grupo RBS-Sirotsky - TV RBS e jornal Zero Hora
• Grupo Estado - O Estado de São Paulo e Rádio Eldorado
• Grupo Folha da Manhã - Folha de S.Paulo e provedor UOL

terça-feira, 29 de julho de 2008

A Leveza e o Prazer das marcas.



Apple é a empresa de maior impacto sobre consumidores do mundo, afirma pesquisa

A marca Apple tem o maior impacto sobre os consumidores mundiais, enquanto a marca Microsoft e o valor de marca dos Estados Unidos como nação são vistos como os que mais precisam de reconstrução, de acordo com pesquisa divulgada pela revista online brandchannel.com.
A revista solicitou aos seus leitores que identificassem as marcas com o maior impacto sobre suas vidas, e que dissessem como elas afetam o comportamento dos consumidores e sua visão do mundo. Os quase dois mil profissionais e estudantes que votaram selecionaram a Apple como vencedora por maioria esmagadora. A criadora do iPod e do computador Macintosh triunfou em seis categorias, entre as quais "marca mais inspiradora" e "aquela sem a qual os consumidores dizem não poder viver."

A Microsoft, maior produtora de software do mundo, também saiu vencedora, mas recebeu a dúbia distinção de marca com a qual os participantes mais gostariam de discutir, e a que eles mais gostariam de reformular. Nessa categoria, a marca EUA ficou em segundo lugar.

Um dos mais surpreendentes resultados da pesquisa foi o fato de que poucos dos respondentes, de 107 países, acreditam que exista alguma coisa como uma marca "verde". O resultado surge apesar de milhões de dólares investidos por algumas das maiores empresas do mundo para se apresentarem ao mundo como ecologicamente corretas.


www.reuters.com

Marcas Globais e Poder Corporativo.



Sem Logo: A tirania das marcas em um planeta vendido.
Naomi Klein

Em 1992, a Nike pagou 20 milhões de dólares a Michael Jordan para estampar o rosto do rei do basquete nas propagandas de seu mais novo tênis. A quantia fica ainda mais impressionante quando se descobre que é muito superior do que a que a empresa pagou a todo o conjunto de 30 mil trabalhadores indonésios.Naomi Klein constrói formulações reveladoras sobre o reino das marcas: aponta os efeitos negativos do marketing na cultura, no trabalho e nas escolhas do consumidor, mostrando como multinacionais convertem o mundo em uma oportunidade de mercado. Logotipos e marcas são o que temos mais próximo de uma linguagem internacional: a maior parte dos seis bilhões de habitantes da Terra pode identificar o símbolo do McDonald's ou da Coca-Cola. No universo globalizado, gerenciar imagens e associações por meio das quais o consumidor se relaciona com um produto se tornou a chave do sucesso.

HOMO CONSUMAM- Edgar Morin
"Somos na verdade mais desejados pelos produtos de que nós mesmos o desejamos!

Hoje a indústria tem mais produtos semelhantes ou iguais, mesmices. A idéia é investir na marca para se ganhar muito mais. Com isso há produtos para todos os gostos, para vender e satisfazer. Vendem as idéias e se consome o produto para conquistar almas, fiéis.Devemos nos sentir "em casa", "dentro da marca".
Para Naomi Klein, Marca é na verdade uma busca espiritual dentro do mundo corporativo que as empresas estão tentando transcender a partir do mundo terreno.

Novo Sistema de Classe no Mundo Corporativo
-Proprietários intelectuais das marcas ( as grandes corporações)
-Empresas fornecedoras (fabricam os produtos)
- Uma vasta e mundial agência de trabalhadores
Existe uma espécie de "cisão" - mundo da ( marca) imagem e mundo da produção. Ou seja, se investe mais no símbolo para conquistar almas e corações.

Google é eleito a marca mais valiosa do mundo, US$86,057 em segundo lugar está a General Eletric US$ 71,379 seguida da gigante da informática Microsoft com US$ 70,887.Fonte Brandz Top 100.

Epistemologia, Complexus, Comprehendere



Logo no ínicio dos estudos da disciplina Mídia e Poder aprendi uma frase que jamais esquecerei depois de muitos anos trabalhando em telenoticiário, talvez um telecabresco.Uma nova proposta, um novo ponto de vista para tratar mídia e poder.
Primeiramente:TODO PONTO DE VISTA É A VISTA OU VISÃO A PARTIR DE UM PONTO! Uma reflexão de que pontos de vistas diferentes é ponto de estudo.
Dois paradigmas foram propostos para busca de compreensão.
Compreender vs. Explicar. Afinal somos filhos ou vítimas dos paradigmas das certezas e conceitos.Isso pode ser superado? O que é que nós fazemos com a mídia? Afinal MÍDIA É MEIO : Está no meio, é instrumento, é ferramenta. A visão epistêmica nos leva a estudar o comportamento do poder que a mídia pode ou não exercer, nada pode ser considerado como certo ou errado, mas obter diversas formas de perspectiva e que promova reflexão.

Menos portanto e mais talvez...
Menos conceitos e mais noções...
Menos verdades e mais aproximações possíveis
Menos certezas e mais buscas.

Entramos na Visão Multiperpectiva: a utilização de "uma ampla gama de estratégias textuais e críticas para interpretar, criticar e desconstruir as produções culturais em exame" (Kellner, 2001:129)
Esse conceito se inspira no perpectivismo de Nietzshe, segundo o qual toda interpretação é necessariamente mediada pela perspectiva de quem a faz, trazendo, portanto, em seu bojo, inevitavelmente, pressupostos, valores, preconceitos e limitações. Para evitar a unilateridade e a parcialidade, devemos aprender como empregar várias perpectivas e interpretações a serviço do conhecimento (Nietzshe)

COMPLEXUS.Uma rede conectada, nós. fios. Causas podem ser múltiplas. Atitude compreenssiva. O que é tecido em conjunto: o que une, faz dialogar distindos saberes.
CONTRA:
O dogmatismo, A idéia de causa e efeito, O reducionismo é aquilo que pega um aspecto da realidade, um recorte, reduzir o todo as suas partes e parte não é o todo, partes-conjunto, não é a soma. O pensamento da certeza, O racionalismo.
A Favor: Da complexidade e compreensão, Da idéia de saberes plurais, Da ética: o para
quê. Não trabalhar com dualismos: certo, errado, feio, bonito, etc.

Comprehenderecomprehendere: Complexidade também , integrar, abraçar, sentido. Compreender= ser compreenssível. Jamais explicar.Sem arrogância no saber, respeito ao diferente.
Há necessidade de termos que passar da compreensão para uma idéia de quem compreende, é compreensível e assim compreende melhor o mundo. É um ponto espistêmico- gera um melhor estado de consciência
FUGIR DA "LÓGICA DE GUERRA" QUE IMPREGNA TODO O CONHECIMENTO

sexta-feira, 9 de maio de 2008

E lá vem o plin plin...........


Pressionado pela Rede Globo, governo Lula suprime um fuso horário
Influência da família Marinho foi determinante para que o Congresso aprovasse lei que transformará a vida de grandes populações

Eduardo Sales de Lima
da Redação

Alteração provoca
impactos na saúde
O Brasil passará a ter três fusos horários, e não quatro, como hoje. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou lei que adianta em uma hora os relógios do Acre e de parte do Amazonas e do Pará. O motivo, no entanto, não diz respeito a uma necessidade de Estado ou a uma reivindicação da população local, mas sim aos interesses econômicos da Rede Globo. A mudança tampouco foi precedida de um debate com os principais interessados.

No dia 20 de abril, entrou em vigor portaria determinando que as emissoras de televisão adaptem sua programação aos fusos horários vigentes no país. Apenas quatro dias depois, o presidente Lula aprovou a lei. O senador acreano Tião Viana (PT), autor do projeto que originou a lei 11.662/08, argumenta que a medida pretende “facilitar o transporte aéreo, as comunicações e a integração com o sistema financeiro nacional”. Porém, de acordo com Diogo Moysés, do coletivo Intervozes de Comunicação, a diminuição do número de fusos no Brasil está intimamente ligada a uma pressão exercida pelas Organizações Globo.

Pela portaria 1.220/07 – aprovada no começo de 2007, mas que teve sua aplicação adiada por diversas vezes –, as TVs precisam alterar suas transmissões devido à classificação indicativa dos programas de acordo com as diferentes faixas etárias. Para entender. Com duas horas a menos em relação a Brasília, a novela das “oito” da Globo passa às 19 horas no Acre. Porém, nesse horário, muitas pessoas com menos de 14 anos (que é a classificação indicativa do programa) estão predispostas a assistir a trama.

Se a Globo se predispusesse a obedecer as normas da portaria, teria, no mínimo, duas possibilidades, segundo Diogo Moysés. Uma delas seria adequar a novela das “oito" às crianças de 10 anos. A outra seria readequar as grades da região Norte. “Mas eles (Globo) se recusam a fazer isso”, garante.

Sobre o protagonismo da Globo, Moysés é categórico: “o motor da pressão foi exclusivamente dela; as outras emissoras já tinham se comprometido a adequar sua programação à classificação indicativa”. Segundo o membro do Intervozes, essas redes não teriam que fazer grandes mudanças na grade, simplesmente precisariam deixar a grade um pouco mais light em determinados horários.




Futebol sagrado

Nas últimas semanas, a Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abert) encomendou ao Ibope uma pesquisa, pois queria comprovar que os cidadãos dos Estados afetados pela lei 11.620/08 seriam contra a adequação da programação ao fuso horário. A iniciativa falhou quase que totalmente: a maior parte dos entrevistados apoiou o respeito à classificação indicativa.

A única reação negativa da população se deu em virtude do “cumprimento das regras” mencionadas pela pesquisa, às quais impediriam a transmissão a vivo dos jogos de futebol. Segundo o Intervozes, a pergunta foi colocada de forma descontextualizada, pois, jornalismo e eventos ao vivo podem ser transmitidos em qualquer horário. Assim, o fato de a Globo atrasar a exibição dos jogos nessas regiões nas quartas-feiras foi uma opção da emissora.

“Foi uma chantagem explícita. Ela simplesmente adiou toda a programação, fazendo com que o jogo não fosse mais transmitido ao vivo”, afirma Moysés, que atesta ser a novela, que antecede o jogo, o real problema. “É óbvio que ninguém quer ver VT de jogo”, pondera.
Fonte:Brasil de Fato

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Banco Mundial critica imprensa no Brasil.

BOLSA-IMPRENSA
.
Em sua permanente tentativa de desqualificar o governo Lula e suas ações, a imprensa cria expressões e adjetivos que de tanto serem repetidos viram argumentos fáceis para os críticos de plantão. Um exemplo é o uso da palavra bolsa antecedendo qualquer tipo de ação, preferencialmente negativa, em associação explícita ao Bolsa Família, principal programa social do governo.

A tentativa nada sutil é de associar a expressão a tudo que é ruim, eleitoreiro, clientelista, aproveitando alguns adjetivos lançados contra o programa. O Bolsa Família torna-se, assim, a matriz de uma série de “desvios”, que a imprensa passa a chamar de Bolsa Ditadura, Bolsa Fraude e outros.

Valendo-se da vulgarização do termo, poderíamos concluir que recente estudo do Banco Mundial, que classifica o Bolsa Família como programa exemplar a ser reproduzido em outros países, sugere a criação de um Bolsa Imprensa. Isto é, um programa financiado pelo governo destinado a esclarecer aos jornalistas o que parecem não compreender.

Ao analisar a cobertura de seis jornais brasileiros sobre o programa, desde 2001, incluindo aí programas de transferência de renda do governo Fernando Henrique Cardoso, o Banco Mundial concluiu que a imprensa nem sempre diferencia problemas causados por fraudes e irregularidades burocráticas dos gerados por desconhecimento de regras ou erros em formulários. Avaliam os técnicos do banco que isso dá aos leitores uma impressão equivocada sobre a natureza dos desafios do programa.

Para reparar tais percepções, os representantes do banco sugeriram ao ministério do Desenvolvimento Social “campanhas e cursos para que os jornalistas adotem os termos técnicos no tratamento das irregularidades dos programas”.

É difícil imaginar a imprensa brasileira com modéstia para aceitar tal proposição, considerando o processo sistemático de desqualificar o programa e o acompanhamento feito pelo governo. O estudo do Banco Mundial mostra a predileção da imprensa brasileira pelos desvios do Bolsa Família em detrimento de eventuais imperfeições. E acrescenta que as críticas ao programa aumentaram sensivelmente após 2003, quando começa o governo Lula. Durante o governo FHC, os relatos de fraudes e problemas de controle do programa ocupavam 10% das matérias e chegaram a 50% no governo Lula, em 2004.

Observa o documento do Banco Mundial que nos anos seguintes, com o aperfeiçoamento dos mecanismos de controle, a porcentagem caiu pra menos de 26% dos artigos em 2006. Poderia-se dizer que a imprensa cumpriu seu papel, não fossem as tentativas de encontrar novas irregularidades, como o uso dos benefícios para comprar eletrodomésticos.

Além de representarem melhora de vida para os beneficiários, que não precisam permanecer condenados à indigência e ao trabalho braçal ad eternum, os eletrodomésticos, muitas vezes, também significam mais uma fonte de renda. A vice-presidente do Banco Mundial, Joy Phumaphi, que esteve em Brasília mês passado, não viu problema na destinação dos recursos dada pelos beneficiários e contou o caso de um grupo de órfãos que comprou uma tevê com o dinheiro que recebia de um programa social do governo de Botswana. Quando foram ver as crianças para estudar o caso, descobriram que elas cobravam ingressos da vizinhança para assistir TV e os mais velhos usavam a arrecadação para fazer cursos por correspondência.

A criatividade popular pode servir de exemplo para a imprensa, que deveria ir mais aos confins atingidos pelo Bolsa Família do que criticá-lo com base em dados estatísticos. A informação sobre a compra de eletrodomésticos partiu do IBGE e um terço das notícias sobre irregularidades do programa tem como fonte o próprio governo. Segundo o relatório do Banco Mundial, pouco mais de um quarto das notícias foram geradas por investigação da própria imprensa.

Reuters
Mair Pena neto

terça-feira, 6 de maio de 2008

Quem não quer dar uma mordidinha nessa suave fruta.



Apple é a empresa de maior impacto sobre consumidores do mundo, afirma pesquisa

A marca Apple tem o maior impacto sobre os consumidores mundiais, enquanto a marca Microsoft e o valor de marca dos Estados Unidos como nação são vistos como os que mais precisam de reconstrução, de acordo com pesquisa divulgada pela revista online brandchannel.com.
A revista solicitou aos seus leitores que identificassem as marcas com o maior impacto sobre suas vidas, e que dissessem como elas afetam o comportamento dos consumidores e sua visão do mundo. Os quase dois mil profissionais e estudantes que votaram selecionaram a Apple como vencedora por maioria esmagadora. A criadora do iPod e do computador Macintosh triunfou em seis categorias, entre as quais "marca mais inspiradora" e "aquela sem a qual os consumidores dizem não poder viver."

A Microsoft, maior produtora de software do mundo, também saiu vencedora, mas recebeu a dúbia distinção de marca com a qual os participantes mais gostariam de discutir, e a que eles mais gostariam de reformular. Nessa categoria, a marca EUA ficou em segundo lugar.

Um dos mais surpreendentes resultados da pesquisa foi o fato de que poucos dos respondentes, de 107 países, acreditam que exista alguma coisa como uma marca "verde". O resultado surge apesar de milhões de dólares investidos por algumas das maiores empresas do mundo para se apresentarem ao mundo como ecologicamente corretas.


Fonte: www.reuters.com

sábado, 3 de maio de 2008

Um incrível sonho de uma garota de apenas 16 anos.

Será que ela tem noção de Cultura Macworld ou Modernidade Líquida:

Cheguei à estação de metrô subterrânea no shopping Bourboun e fui em direção à praça de alimentação. Quando estava indo, me perdi e de repente estava em um grande salão de quatro paredes onde havia vários stands de várias marcas diferentes. Havia stands da Sansung onde um cara convidava a nos vermos a si mesmos em uma grande tela de celular. Havia também um stand da claro, onde tinha celulares caros e bonitos que chamavam a atenção.
Eu que estava morrendo de fome, queria sair daquele lugar, mas não encontrava saída. Resolvi então perguntar ao segurança, um homem alto, negro, que disse para mim que não havia saída daquele lugar, que ali estávamos confinados a ver todas as novidades do mundo do consumo e que estávamos ali para consumir.
Naquele momento, fiquei indignada com essa descoberta e, para mim, tinha que haver uma maneira de sair daquele lugar desesperador, onde eu olhava as pessoas e as via tão tomadas pelo consumo, maravilhadas com o mundo do consumo.
De repente surgiu outra escada rolante, que na verdade era uma esteira rolante que só descia e levava para outro salão imenso onde havia mais stands. Um deles era stand da Disney, com computadores de alta tecnologia, onde as pessoas se divertiam freneticamente, maravilhadas com aquelas tecnologias avançadas. Avistei, então, uma grande porta toda lacrada, onde dava para ver o lado de fora um jardim, me senti dentro de uma bolha. Corri em direção à porta e me deparei novamente com outro segurança, igual ao primeiro. Perguntei novamente como eu fazia para sair daquele lugar desesperador e ele me disse que era melhor eu ir perguntar no stand do pet-shop. Quando passei pelo segurança, vi que ele era um avatar, que ele não era de verdade. Aquilo me causou mais desespero, a minha vontade de sair daquele mundo onde você era obrigado a ter a idéia de consumismo na cabeça, só aumentava e me deixava mais inconformada como o sistema capitalista acaba com qualquer pessoa, como ele faz as pessoas se tornarem fúteis.
Cheguei então no stand do pet-shop. Havia uma moça com um cachorro branco no colo. Perguntei a ela onde era a saída e ela me disse que não tinha como sair, que eu iria ter que entrar nesse mundo consumidor. Aquilo para mim era inaceitável, eu tinha de qualquer jeito sair daquele lugar horrível, indigno dos princípios da vida, da cultura.
Tive então a idéia de ir até a esteira e tentar subi-la para poder encontrar uma maneira de sair. Comecei a subir, mas a esteira não deixava, ela me jogava de volta para aquele lugar onde tudo era brilhante e grande, que deixava as pessoas encantadas ao ver aquelas tecnologias, um lugar que nos obrigava a pensar em grandes marcas, consumo, moda, consumo, tecnologia, CONSUMO!! Quando então meu celular começou a tocar e aquele som, que vinha de um aparelho tecnológico, de uma marca de celulares que desenvolve celulares brilhantes, de uma operadora onde a tecnologia 3G permite nos comunicar, não só através da voz, mas também através da imagem, aquele som, que me acordou, desse terrível sonho que tive.

Julia Decloedt Soares

quinta-feira, 24 de abril de 2008

A saída do Poder de bush na capa da Veja.Alguém acredita em papai noel?


PL 29..briga de tubarões. Mercado de TV por assinatura e da indústria do audiovisual

O texto aqui postado é longo, porém importante para esclarecimento .Apenas não se percebe onde há os reais interesses do consumidor ou a participação da sociedade.Como é difícil entender a distância entre nosso Congresso Nacional e a natureza da democracia."Podres Poderes".É bom mesmo lembrar do nosso velho Caetano.

TELA VIVA NEWS

O debate entre diferentes setores interessados no PL 29/2007 (projeto que cria novas regras para o setor de TV paga) realizado em Comissão Geral na Câmara dos Deputados pode ser resumido na frase do presidente da Abrafix, José Fernandes Pauletti: "parece que todos estão igualmente descontentes ou igualmente contentes com o projeto". Ou seja, cada grupo de pressão que participou das discussões com o relator da matéria, deputado Jorge Bittar (PT/SP) tem uma queixa, mas de certa forma o projeto também dá a cada um dos grupos alguma vantagem.

Prós

Entre os mais satisfeitos estão as empresas de telecomunicações, que buscam no projeto a abertura do mercado de TV por assinatura. Durante a comissão geral, as teles não fizeram nenhuma crítica. Informalmente, as empresas de telecomunicações dizem que o projeto poderia se resumir a um artigo, eliminando a vedação existente na Lei do Cabo, mas entendem que não seria possível fazer isso sem discutir um projeto mais convergente.

Contras

Entre os mais insatisfeitos estão justamente os operadores de TV por assinatura e os programadores, sobretudo os internacionais, que atacam duramente a proposta. A ABTA reclama de intervencionismo, autoritarismo e expropriação, para citar apenas alguns dos argumentos.

Supresa

Durante a comissão geral, o que se viu foi que pelo menos um programador nacional, o grupo Bandeirantes, que apoiava o PL 29/2007 de maneira veemente, agora está bem mais crítico ao texto, sob a alegação de que teriam sido feitas muitas concessões favoráveis ao modelo da Globo, em prejuízo dos demais grupos produtores de conteúdos. Os produtores independentes de conteúdos estão satisfeitos com o passo dado pelo projeto. Acreditam que é um importante marco histórico.

Confirma algumas das manifestações realizadas durante a Comissão Geral (por ordem alfabética):


* Alexandre Annenberg (ABTA): "O PL 29 não mostra um único caminho para fomentar a competição. O consumidor estará a mercê das redes monopolistas. E de outro lado ele introduz o retrógrado modelo de cotas. As reservas de mercado jamais foram capazes de estimular a qualidade. Os produtores querem estímulo, fomento incentivo. Nós da TV por assinatura temos o maior interesse em oferecer conteúdo nacional e estamos dispostos a utilizar o que pagamos para o Fust na forma de fomento. São mais de R$ 60 milhões. A cota não garante qualidade. Além disso, o poder dado à Ancine atenta contra a liberdade de expressão e é típica de regimes totalitários. É o projeto da Ancinav de novo. Por fim, o PL 29 amplia o número de canais obrigatórios a serem levados por empresas de TV por assinatura, e isso se chama expropriação."

* Bráulio Ribeiro (Intervozes): "O PL 29/2007 marca o início da atualização do marco regulatório, mas aqui os interesses econômicos impediram o desenvolvimento de uma Lei Geral de Comunicações. A versão atual é restrita e o impacto é duvidoso em um cenário de grande concentração e pouca concorrência. O PL 29 vem da demanda das teles, que estavam entrando no mercado de TV por assinatura. O PL 29 não promove a desagregação de rede. A manutenção da verticalização se verifica. Já as cotas são fundamentais. A campanha da ABTA e ABPTA é imoral e ilegal. Mas a flexibilização das cotas gera impacto tímido. A base digital da Net, por exemplo, já está de acordo com o PL e, portanto, não acrescenta nada. A proposta de um fundo de fomento e mais a política de cotas são grandes conquistas. Temos uma sensação de frustração, não porque o PL piore a legislação, mas porque a legislação se submete a interesses privados".

* Carlos Alkimin (ABPTA): "A obrigatoriedade de distribuição de canais brasileiros aumentará o custo e diminuirá a base. O aumento do poder da Ancine também é preocupante. O PL 29/2007 concede à Ancine poderes delegados ao Congresso Nacional. Por isso somos contra. Os programadores internacionais investiram R$ 146 milhões em programação brasileira. O PL 29 trará aumento de preço ao usuário, custo da produção, queda da qualidade e ampliação da intervenção do estado em uma atividade privada. A base de assinantes deve cair".

* Ércio Zilli (Acel): "A atualização do arcabouço legal, somado a um ambiente de previsibilidade e segurança regulatória é fundamental. A Acel também acha positiva a intenção de conceder estímulos à produção. Quanto à forma desses estímulos, a melhor forma é a multiplicidade de canais de distribuição. O que é crítico é a forma como está tratada a Condecine, impondo um novo tributo às empresas de telecomunicações. Mesmo que se reduza o Fistel na mesma proporção, trata-se de um novo tributo. A base de cálculo para a Condecine é idêntica à do Fistel, o que cria uma grande distorção para a telefonia móvel, que paga por usuário. Hoje já pagamos 90% do Fistel, e seremos os maiores contribuidores da Condecine. Inclusive usuários do pré-pago terão que pagar, e é improvável que tenham algum benefício. Achamos que a prestação de serviços não deve ser fato gerador da Condecine".

* Evandro Guimarães (Abert): "A TV aberta existe baseada no modelo federativo, composto por redes nacionais e complementação de programações regionais. Nossa alerta e preocupação é que o testo final não se esqueça de que é precioso o dispositivo que permite às emissoras localmente instaladas estejam no ar na mesma ordem seqüencial em que competem, não prejudicando o modelo de TV aberta, que inclusive leva a propaganda eleitoral gratuita aberta em cada localidade. O modelo da TV brasileira é a soma dos locais".

* Fernando Dias (ABPI-TV): "O parlamento brasileiro está diante de um momento importante. Houve um grande e benéfico efeito do PL 29/2007, que foi apresentar ao Brasil o setor de produção independente, que até aqui não tinha sequer direito ao trabalho, dada a estrutura verticalizada da indústria. Inacreditável que apenas 31,5% dos conteúdos dos canais seja brasileiro. Até hoje, nossa saída tem sido o aeroporto. Exportar é importante, mas quando o mercado interno está dominado. O PL 29 é um marco, um momento histórico. O texto não é o ideal e nenhuma das partes sai inteiramente satisfeita, mas é um grande passo".

* João de Deus (Abrafix): "O setor de telecom fez o maior investimento em infra-estrutura do país e universalizou o serviço telefônico. Outros setores têm liberdade de fazer todos os serviços, mas as empresas de telecomunicações não. Chegou o momento de sanar essa incorreção na Lei do Cabo. Esse projeto pode não ser o PL dos sonhos mas é um grande avanço".

* Johnny Saad (Abra): "O tema que temos aqui é muito importante para o nosso país. Mas confesso que fiquei triste quando li essa última versão. As negociações mudaram de tal forma o projeto de forma que ele ficou prejudicado. Temos que lutar para ter 50% da programação na mão de brasileiro, e não na mão de um grupo. Hoje temos um entrave, um único grupo que controla a distribuição. Nossos canais só entram na NeoTV. Também acho estranho que radiodifusores não possam entrar no setor de telefonia. Temos que falar espanhol para poder comprar empresas de telecomunicações? Por que isso? As empresas de cabo ficaram completamente desprotegidas. Não gosto de cotas, mas acho que pode realmente ser um incentivo a produção. Se pegarmos metade dos canais não teremos produtoras para fazer, mas pode ser aos poucos. O projeto tem que ser melhorado, mais discutido e mais aprofundado, como no começo".

* José Fernandes Pauletti (Abrafix): "O mundo mudou, a tecnologia evoluiu e as regras têm que se adaptar. Esse é um primeiro passo, nossa posição é de apoio e queremos que esse projeto seja aprovado o mais rapidamente possível. Tenho certeza que ele não atende a todos os participantes e interessados plenamente, mas é um primeiro passo. Todos estão igualmente descontentes ou igualmente contentes com o projeto".

* José Luiz Soter (FNDC): " Vemos no PL 29/2007 vários pontos positivos, mas também deficiências estruturais. Como positivos, apontamos tratamento de uma regulamentação dispersa em um único marco. O impedimento de exclusividade sobre eventos relevantes também é importante. Só isso nas leva a dar o nosso apoio. Mas tem pontos negativos, como a falta de limites ao capital estrangeiro na distribuição e a falta de dispositivos de regionalização"

* Luis Cuza (TelComp): "Queremos que o projeto exija da Anatel 30 dias para apresentar um plano de plano de execução dos princípios do Decreto 4.733/2003 e que em 180 dias apresente propostas para desagregação, modelo de custos, revenda e separação funcional. Também queremos que a prestação dos serviços audiovisuais de acesso condicionado só sejam feitos pelas teles em suas próprias redes".

* Márcio Moraes (Associação Brasileira de Cinema de Animação): "O projeto é de extrema importância, pois foi um sistema de cotas que fez com que o cinema americano surgisse há 100 anos. O que falta é espaço para exibir. Estamos ávidos para que esse projeto seja aprovado".

* Neusa Risette (NeoTV): "A NeoTV reconhece a relevância do projeto. Defendemos a livre concorrência, o fomento à produção e respeito à legislação vigente. Ao invés de obrigar, o projeto deveria incentivar. Deveria prever benefícios tributários para quem levasse mais conteúdo nacional. Sobre a legislação vigente, a crítica vai sobre a possibilidade de cobrar do operador a retransmissão dos canais de TV aberta. É importante que o PL 29 zele para que as operadoras possam dar continuidade à prestação dos serviços, com isonomia e estímulo à competição"

* Paulo Rufino (Congresso Brasileiro de Cinema): "O PL 29 deve ser saudado por abrir espaço para a produção independente. Somos signatários da convenção de diversidade cultural da Unesco e agora temos a ferramenta para honrar esse compromisso. Ficar sem cotas é ficar com uma única cota de 100% aos conteúdos internacionais".

* Sayonara Leal (Lapcom/UnB): "É importante abrir o mercado e importante fomentar a produção. Mas achamos que o projeto atende mais a interesses privados do que públicos. Há uma forte regulação de um serviço prestado em regime privado que chega a 5% da população deixando de fora a TV aberta que atende a toda a população. Esperamos um projeto de lei amplo". Samuel Possebon - TELA VIVA News

Política de comunicações
Bittar defende votação do PL 29 na próxima semana
23/04/2008, 19h30
A Comissão Geral realizada nesta quarta-feira, 23, para debater o PL 29/2007 - que trata do mercado de TV por assinatura e da indústria do audiovisual - expôs a existência de setores ainda descontentes com a proposta costurada pelo deputado Jorge Bittar (PT/RJ), relator da matéria na Comissão de Ciência e Tecnologia. Mesmo com críticas vindas das empresas de TV por assinatura e ressalvas por parte dos radiodifusores, a intenção do relator continua sendo deliberar sobre o projeto na comissão o mais rápido possível.
A agenda divulgada hoje por Bittar prevê que a primeira tentativa de votação seja na próxima terça-feira, 29, em sessão marcada para o período da tarde.
Como na quinta-feira subseqüente será feriado - 1º de maio, Dia do Trabalho - há dúvidas se existirá quórum para realizar a votação. Além da falta de vários deputados por conta da proximidade do feriado, pesa contra a possibilidade de votação na próxima semana o fato de que a comissão quer ter um quórum alto para apreciar a matéria.
Bittar acredita que existe acordo em torno do projeto, mas concorda que só vale a pena colocar o texto em votação com um número representativo de deputados na comissão. "No fundamental, o projeto tem apoio. Estou tentando construir uma visão republicana", explicou o deputado. Com relação às críticas que ainda restam por parte de alguns setores, o relator argumenta que boa parte dos questionamentos está superada na versão mais recente do substitutivo.

Rebatendo a ABTA

Um exemplo seria a reclamação recorrente da ABTA contra a cota de canais nacionais nos pacotes comercializados que, segundo a associação, irá resultar em uma redução na oferta atual das TVs por assinatura e representa uma política anacrônica. Na opinião de Bittar, a implantação de um teto para a aplicação da cota (de 10 canais) tornou a argumentação improcedente. "Anacrônico é o discurso da ABTA, que reflete a opinião de quem não leu a nova proposta", protestou.

Ainda terminativo

Bittar insiste que o PL 29/2007 mantenha-se terminativo, o que significa que não há necessidade da proposta passar pela votação do Plenário da Câmara dos Deputados. A preocupação novamente é com o tempo de análise da proposta. "O grande problema é que, se chega no Plenário, a matéria vai ficar adormecida na pilha de projetos em análise. E aí não se sabe mais quando será votado", argumenta. O entendimento do relator é que a Comissão Geral realizada hoje serviu também como uma alternativa à apreciação do Plenário, na medida em que dá visibilidade ao debate da proposta.
Mantendo-se terminativo, o PL 29/2007 precisaria passar ainda pela Comissão de Constituição e Justiça após ser aprovado pela Comissão de Ciência e Tecnologia. Sendo validado pelas duas comissões, o texto seguirá direto ao Senado Federal.

Hipótese do plenário

Ainda assim, nada impede que os deputados façam um requerimento para levar a proposta ao Plenário. Neste caso, é preciso a adesão de, ao menos, 10% dos parlamentares (52 deputados) para solicitar a votação. Apesar de Bittar defender a tese de que a proposta deve passar apenas pelas comissões, há quem discorde dessa análise.
O deputado Miro Teixeira (PDT/RJ) apóia publicamente que a proposta seja analisada no Plenário, dada sua relevância. Idealizador da Comissão Geral sobre o tema realizada hoje, Teixeira deu indícios em seu discurso durante a solenidade de que tentará recolher as assinaturas necessárias para retirar o caráter terminativo do projeto. "É temerário que uma lei como esta fique restrita à apreciação da comissão temática. O Plenário representa a diversidade. Esse (a realização da Comissão Geral) foi o primeiro movimento para trazer a matéria a Plenário", declarou. Mariana Mazza - TELA VIVA News

Política de comunicações
Must carry e afiliadas viram foco de disputa no PL 29
23/04/2008, 20h40
Um dos principais focos de conflito do PL 29/2007 tem sido a questão da distribuição dos sinais das emissoras de radiodifusão por meio das redes de TV por assinatura, ou melhor, dos futuros prestadores do serviço audiovisual de acesso condicionado, previstos no projeto. A proposta do relator Jorge Bittar (PT/RJ) é que a distribuição seja obrigatória no caso dos sinais analógicos e negociada no caso dos sinais digitais. Ou seja, as emissoras de TV podem cobrar pela distribuição dos sinais digitais. Por outro lado, empresas de DTH, por exemplo, podem distribuir os sinais nacionais das redes de TV. Há várias posições a respeito.
Evandro Guimarães, vice-presidente de relações institucionais das organizações Globo e diretor da Abert, defende, em nome da associação, a preservação do modelo federativo da radiodifusão. Defende que os operadores de TV paga, em qualquer tecnologia, só distribuam os sinais das geradoras locais. É o que nos EUA foi denominado "local into local". Da forma como está o PL 29, nada impede que uma empresa que opere por satélite feche com uma grande rede de TV a distribuição do sinal nacional.
Por outro lado, os operadores de TV por assinatura não querem a possibilidade de cobrança pelos sinais das emissoras de TV. Alegam que hoje o modelo da TV paga está baseado nessa distribuição gratuita, e que esse é um direito do consumidor, já que a TV aberta é gratuita por natureza.
A questão da distribuição dos sinais da TV aberta é um dos pontos para os quais são esperadas mudanças no relatório do deputado Jorge Bittar, que já anunciou que só vai alterar o texto se for plenamente convencido de que existe um problema, o que ainda não aconteceu. Samuel Possebon - TELA VIVA News

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Que tal uma semana sem TV? Você aguenta?



O Desligue a TV é uma campanha para conscientizar a opinião pública sobre os males do excesso de televisão no cotidiano. Nossa proposta não é banir o meio de comunicação por completo, mas discutir o seu uso e colaborar com a divulgação e criação de atividades alternativas.

Baseado na iniciativa internacional TV Turnoff Network, o seu foco principal é a Semana Mundial, que acontece sempre nos últimos sete dias de Abril, nos países participantes. Trata-se de uma semana dedicada a outras vivências.

A importância da televisão é um fato, em especial na nossa sociedade em que, na maioria das vezes, é a única fonte de informação e entretenimento. A proposta não é baní-la dos lares brasileiros e, sim, discutir sua utilização. É preciso lutar por uma comunidade que perceba novamente os encantos da convivência e se conscientizem a respeito dos números alarmantes da quantidade de horas que as pessoas passam em frente à tela. O Desligue a TV defende a utilização do conteúdo da televisão como a escolha de um livro em uma livraria ou de um DVD em uma locadora. O conteúdo deve ser escolhido e não “zapeado”, pois essa é a grande prática de sustentabilidade para uma TV de baixa qualidade. Além disso, o excesso de televisão acarreta em uma exposição enorme aos comerciais e ao "merchandising”, levando as pessoas a um consumismo desenfreado, um menor engajamento cívico e um declínio da socialização".

De Ana Lucia Villela, Presidente do Instituto Alana.

"Os movimentos relacionados à qualidade da programação televisiva tem como foco o gerador de conteúdo. Nós, do Desligue a TV, queremos atingir quem recebe: o telespectador. As pessoas assistem uma programação de baixa qualidade, muitas vezes, pelo hábito de estar em frente a TV ou com ela sempre ligada. A partir do momento em que você discute o seu excessivo uso, apresentando alternativas de uma vida fora da tela, o usuário se torna mais seletivo e essa seleção é um instrumento valiosíssimo para a melhora da qualidade da programação da TV brasileira".

De Marcos Nisti, Coordenador do Desligue a TV



http://www.desligueatv.com.br/

domingo, 20 de abril de 2008

Um livro didático?



O livro é de fevereiro.
Fala sobre a podridão e pobreza da chamada nova mídia, em especial a impressa no UK.Usa uma analogia de que a terra seria plana, segundo a mídia e todos acreditam.Já há muito debate e críticas pelo mundo.Só sei até aqui...tenho mais é que ler.
http://www.flatearthnews.net/

Sobre Nick Davies
Nick Davies, foi nomeado Jornalista do Ano, Repórter do Ano e Feature Escritor do Ano pelas suas investigações em crime, drogas, a pobreza e outras questões sociais. Centenas de jornalistas têm assistido a sua masterclass sobre as técnicas de investigação em denúncias.Jornalista desde 1976 é, atualmente, um freelance, que trabalha regularmente como correspondente especial para o The Guardian.Ele também faz documentários; era um ex-on-screen repórter da World Numa acção.Seus quatro livros incluem White Lies (sobre um racista e erros judiciários no Texas) e Dark Heart (sobre a pobreza na Grã-Bretanha). Ele foi o primeiro vencedor do prêmio Martha Gellhorn por relatar o seu trabalho de investigação sobre a falta de escolas e recentemente ganhou o prêmio de Jornalismo europeu pelas suas investigações e trabalho sobre drogas e política.

Cara pálida nunca ouve mãe terra.Viva o índio.




Realidades, a intolerância e derrotas sofridas, nossa dívida para com as tribos, racismo, demarcações de terras injustas...mais um dia de índio.
Essa carta escrita por um cacique em 1.855 está mais viva do que nunca... Sacred Spirit.O clipe desta música da Sacred Spirit e a carta que o Cacique Seattle enviou ao presidente dos EUA

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Espetacular








Com a cobertura da morte da menina Isabella Nardoni, 5, a audiência dos telejornais cresceu até 46% na primeira quinzena deste mês em relação ao mesmo período de março --é o caso do "Brasil Urgente", da Band. A informação é da coluna Outro Canal, de Daniel Castro, na Folha desta sexta-feira.A audiência do "Balanço Geral", da Record, cresceu 25%. Ontem, o programa tinha em seu cenário uma cama, como se fosse a de Isabella. Já o "Fala que Eu Te Escuto", da Igreja Universal, "reconstituiu" o crime com atores.

Ao caso Isabella também são atribuídas as consecutivas lideranças da Record no período matutino.

No "Jornal Nacional", a cobertura chegou a ocupar 15 minutos e 20 segundos na edição da última terça-feira (15), o equivalente a 37% do telejornal. A Globo mobilizou 18 repórteres, oito produtores e 20 cinegrafistas para cobrir o caso. Eles fazem plantões permanentes em casas de parentes de Isabella e em delegacias.
Fonte FSP

Pergunto eu.Quantas "barricadas" serão necessárias entre jornalistas, comoção, polícia, judiciário e a nossa mídia?

terça-feira, 15 de abril de 2008

Nostradamus na Web



Web anuncia catástrofe para 2012

Os criadores de uma rede de computadores que garante ser capaz de cruzar informações e predizer os rumos das bolsas e mercados afirmam ter descoberto também que podem prever outros acontecimentos, como aconteceu nos ataques de 11 de setembro, e agora crêem que outra catástrofe deve acontecer em quatro anos.

Muitos sites na Internet têm data e hora para o fim do mundo, o qual não estaria muito distante. Projetos de "redes bots" (rede de computadores sob controle de um hacker) prevêem que em 2012 ocorrerá uma catástrofe sem precedentes na história da humanidade, de acordo com informações do Terra Chile.

Esta intrigante tecnologia surgiu no fim dos anos noventa, quando a Internet começava a se popularizar. Entre diferentes sistemas, o principal é o Web Bot Project, cujo objetivo inicial era programar um método conhecido como web spidering para navegar na rede, buscando palavras ou números que poderiam relacionar-se e, desse modo, prever uma alta ou baixa de ações na bolsa de valores.

O mesmo tipo de técnica é comumente usado por mecanismos de busca para automatizar e melhorar os processos de pesquisa na Internet. O problema é que ela é utilizada hoje também para bots malignos e atividades fraudulentas. O objetivo de quem os cria é que os usuários acessem as redes bot e, sem saber, baixem um código malicioso. O conteúdo de sites é copiado para ser usado em fraudes phishing, envio de spam e ataques DDoS (ataques distribuídos de negação de serviço).

Segundo o Web Bot Project, as redes bots não apenas são capazes de anunciar movimentos futuros da bolsa, mas também acontecimentos de outro tipo. Em julho de 2001, o Web Bot Project informou que um fato ocorreria nos Estados Unidos, modificando os rumos da política mundial. Em 11 de setembro do mesmo ano, grupos terroristas derrubaram as Torres Gêmeas de Nova York e atacaram o Pentágono em Washington. Agora o mesmo Web Bot Project detectou que outro fato de conseqüências devastadoras pode ocorrer em 2012, mas não determina que tipo de acontecimento seria este.
Fonte: AP

segunda-feira, 14 de abril de 2008

EUA e a sobrevivência dos jornais impressos na era da internet

“O século 21 não é tempo para ser uma empresa de jornal tradicional”. Esse argumento foi o ponto de partida para o desenvolvimento de um relatório lançado em fevereiro deste ano, nos Estados Unidos.
A versão 2.0 do projeto Newspaper Next, organizada pelo Instituto de Imprensa Norte-Americano, tem uma certeza: ou os jornais se adaptam ao mundo online ou quebrarão. E a razão é simples: não haverá investimento em publicidade para quem não se mexer rapidamente.

O relatório é uma espécie de guia de sobrevivência para sair dessa sinuca de bico. Conheça abaixo os detalhes do projeto.
Premissa
O estudo se apóia em conceitos de marketing para pregar que as empresas que editam jornais devem se adequar àquilo que a sociedade da era digital necessita e espera. Não é à toa que o terceiro — e conclusivo — capítulo do é intitulado Maximizing Online Revenue (Maximizando as Receitas Online).

Caindo
Principal fonte de receita, a venda de espaços publicitários está em queda livre nos impressos. Em 1990, os jornais chegavam às bancas com 25% dos investimentos em mídia nacional. Hoje respondem por menos de 17% do ad share (participação nas receitas obtidas com venda de anúncios).

Subindo
A internet respondia por 3% até 2004. Hoje está perto dos 8% e já trava empate técnico com a TV a cabo e o rádio. Crescimento similar ao da internet só foi registrado na história dos Estados Unidos no início dos anos 50, quando a televisão saltou do nada para a casa dos 15% em menos de 10 anos.

Saída
A proposta é encontrar nichos de mercado e desenvolver produtos e serviços online, como jornais, guias, redes sociais, comunitárias e projetos wiki (como a Wikipédia) para novos públicos, principalmente os não-leitores.

Ferramentas
O guia sugere foco em comunidades, interação, debates e formação de redes de interesses comuns a partir de formatos e canais eficazes, com preços variados para atender classes sociais diversas.

Aplicação
Cerca de 4 mil executivos e gerentes de jornais foram treinados em workshops no projeto para usarem as ferramentas, conceitos e processos propostos no estudo. O relatório em inglês funciona como um guia, baseado nos mesmos conceitos dos treinamentos.

Estudos de caso
Mesmo sem a presença de gigantes como o New York Times, os 24 estudos de caso conseguem mostrar com eficácia o processo de organização e de financiamento de novos produtos, todos desenvolvidos durante a pesquisa. A apresentação de cada case é composta de: público-alvo, clientes corporativos, pesquisa, financiamento, indicadores e lições aprendidas.

OBS:Outro dia perguntei ao entregador de jornais aqui de casa se tinha diminuído o seu trabalho.Ele disse que faz esse serviço há dez anos e teme pelo seu emprego.

domingo, 6 de abril de 2008

Aldous Huxlei e o nosso cientista João A.Zuffo.Um Novo admirável mundo Novo.

O professor João Antonio Zuffo, do Laboratório de Sistemas Integráveis (LSI) da Universidade de São Paulo, acaba de lançar o livro de ficção científica "Flagrantes da Vida no Futuro".Ficção científica mas com base na evolução normal das tecnologias e da comunicação.Genética, robótica, casa e carro inteligente.Super impacto das imagens que chegarão a resolução de 500 milhões de pixels iguais a do ser humano.Sistemas holográficos.Ver um jogo de futebol sob o ângulo da visão do juiz em tempo real.Avatar pessoal em tempo real numa conferência mundial....e muito mais.Imperdível uma entrevista com o professor Zuffo, fundador e coordenador geral do Laboratório de Sistemas Integráveis (LSI), da Escola Politécnica da USP.


Blog Renato Cruz

Evento.NewsCamp e a Mídia....uma grande "desconferência".Vale participar.

No dia 12 de abril acontece em São Paulo a segunda edição do NewsCamp, uma desconferência sobre Jornalismo. Assim como a Ciranda de Textos, o NewsCamp também teve sua origem na Lista Jornalistas da Web.
Quem não puder ir até São Paulo para participar do evento pode acompanhar a "desconferência virtual". Desde o final de março, rola blogosfera afora o "Esquenta do NewsCamp!". A idéia é a de se fazer postagens sobre temáticas que se gostaria ver sendo discutidas no evento, como uma forma de se preparar para as discussões que por lá serão travadas. Além de servir como um ótimo aperitivo do que vai acontecer por lá, também é uma forma interessante de fazer com que pessoas que, como a gente, não terão como estar presentes, também possam participar das discussões.
Sam Shiraishi, do Nossa Via, colocou em pauta a discussão sobre nova e velha mídia, além de comentar um pouco sobre as especificidades do meio online. No post, ela sugere a idéia de que uma mídia absorve a outra, e que a nova geração de jornalistas estaria mais preparada para enfrentar essas mudanças. A partir disso, a Ceila Santos, lá no blog do NewsCamp, sugeriu que a discussão fosse continuada...
Dentro dessa perspectiva, talvez fosse ser interessante discutir no NewsCamp, também, a questão das novas ferramentas para comunicação na web, e no que elas podem influenciar na prática do Jornalismo. Será que o Twitter poderá acabar com o impresso? Será que joguinhos e entretenimento serão a grande tendência do online? As empresas jornalísticas que ficarem de fora das redes sociais terão condições de sobreviver?
As possibilidades de interação entre os meios de comunicação e a sociedade, através das ferramentas da Web, devem ser vistas como uma extensão do jornalismo "tradicional" - um avanço, um complemento. Por exemplo, as contribuições que podem ser feitas nos espaços destinados aos comentários de alguns veículos podem influenciar na pauta desses mesmos veículos. Além disso, os links que alguns sites estão utilizando para blogs que comentam suas notícias através da ferramenta trackback também provocam pequenas mudanças no modo como encaramos as notícias. Este é o caso, por exemplo, dos jornais Público, de Portugal, e La Vanguardia, da Espanha (e muitos outros sites europeus) que utilizam a ferramenta Twingly para disponibilizar de forma automática links das postagens de blogs que fazem referência àquela notícia. A CNN.com usa a tecnologia do Sphere para linkar para posts de blog (conforme comentado pelo Thassius). No Brasil, a própria Agência Brasil já faz algo parecido, listando as notícias "mais blogadas" em sua página inicial (como lembrado pelo Gustavo D'Andrea). Então, o leitor mais apurado, que procura ver a discussão e repercussão daquela informação na blogosfera, poderá acompanhar as opiniões das pessoas que estão escrevendo e fazendo referência àquele texto. Ou seja, a notícia online já não termina mais na última palavra do texto, mas pode ser apenas o primeiro passo rumo à discussão sobre um tema, que pode ser comentado por qualquer pessoa que possua um blog, ou então, gerar discussões em redes sociais ou servir de pretexto para diálogos no Twitter.
O leitor tem outras formas de interagir com a notícia votando nas que ele julgar melhor, dando de certa forma o seu aval àquela informação. Uma outra forma, porém mais passiva, de voto, seria o seu simples acesso, pois há sites que disponibilizam em suas home pages listas das notícias mais acessadas, que podem acabar influenciando nos clics dos visitantes. Antes, quando se comprava um jornal impresso, as manchetes eram definidas exclusivamente pela redação dos jornais. Agora, o leitor passa a poder influenciar nas manchetes que irão para a capa num simples clicar. Com isso, tem-se conhecimento instantâneo e imediato do que está sendo mais lido pelos visitantes do site, e, mesmo que ainda sejam influenciados pelas manchetes sugeridas pela redação, há a possibilidade de uma notícia que foi julgada de pouca importância para a capa ir parar na página inicial.
Essas são algumas sugestões de assuntos que também poderiam ser abordados lá no NewsCamp. E também daria para discutir no que a interconexão em tempo real poderia contribuir para a prática jornalística - será que a web e suas ferramentas não abriria a possibilidade de construção de redações descentralizadas e produção colaborativa à distância de conteúdo?
Como participar do Esquenta do NewsCamp:
1- Faça um post sobre aquilo que considera relevante discutir no NewsCamp
2- Envie o link do post para ceilasan@gmail.com com Assunto Esquenta do NewsCamp
3-Coloque a tag NewsCamp junto com o tema escolhido por você neste post
4- Publique seu post no seu blog até dia 10 de abril
http://newscamp.wordpress.com/

sábado, 5 de abril de 2008

A rede deve ser livre até para campanhas políticas no Brasil?

PROIBIÇÃO DE CAMPANHA NA INTERNET É INCONSTITUCIONAL E EXAGERADA
Um parecer técnico da assessoria do TSE, que quer proibir o uso livre da Internet nas eleições, traz a absurda conclusão: "o que não é previsto [na legislação eleitoral] é proibido". Pois é exatemente o contrário, o que a lei não proibe é permitido. Imagine se prevalecer esta idéia da assessoria do TSE? Estaremos vivendo na sociedade do Minority Report. Você poderá ser culpado de algo que a lei não proibe. É o princípio Kafkiano aplicado. Inclusive, para ser aplicável tal afirmação violaria o princípio de que a lei só retrocede a favor do réu. Ninguém pode ser condenado por um ato que não era ilegal no momento em que foi praticado.

O mais estranho e absurdo é o TSE legislar sobre eleições. Quem deve legislar é outro Poder. Para ter a devida isenção e distância das disputas políticas, o Judiciário não deveria violar o princípio de Montesquieu. Quem julga não pode definir a lei. Quem legisla não pode julgar. Dizer que proibir a propaganda na Internet, a rede mundial de computadores, é um ato administrativo, uma mera regulamentação da Lei Eleitoral, é um pouco descabido. Não acha?

Outra aberração é dizer que se alguém criar uma comunidade no orkut de um candidato, esse candidato será responsabilizado e poderá ser cassado. Imagine! Os adversários de uma candidatura poderão se divertir a valer. Basta simplesmente fazer uns perfis falsos e criar comunidades pró-fulano. Pronto, fulano será cassado. O pior. Fulano recorrerá contra esta decisão absurda e desmoralizará a inaplicável resolução. Quando um código é exagerada serve tão somente a aplicação arbitrária.

Como disse Marcelo Tas, o TSE deveria incentivar o debate democrático. Deveria incentivar as manifestações usando os inúmeros recursos da rede, a maioria absoluta gratuitos. Dizer que o TSE quer coibir o poder econômico é desconhecer totalmente o funcionamento da rede. Ao contrário, ao bloquear o uso de recursos gratuitos (orkut, blogs, Flickr, videologs, youtube, myspace, facebook, twitter, e tantos outros que os técnicos do TSE pretendem controlar) a resolução do TSE privilegia o uso de recursos pagos. Um absurdo.

Por fim, será que os Ministros perceberam o exagero da Resolução? Com ela está proibido o uso de e-mails e listas de discussão. Como cidadão, eu quero interferir nas leis que terei que seguir. Onde foi realizado o debate público desta resolução que chega a legislar sobre o uso de uma rede transnacional? Acho que é hora da OAB e dos juristas defenderem o estado de direito e o princípio da divisão de poderes.
Blog do Sergio Amadeu

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Millôr

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Eram os jornalistas astronautas?



O colapso da razão ética
Por Venício A. de Lima em 1/4/2008

O que leva um jovem profissional ou um aluno de pós-graduação a considerar "normal" que uma empresa de comunicação se alie a um governo ou aos interesses de um poderoso grupo de anunciantes e que seu jornalismo deliberadamente omita, distorça e manipule informações?
Por que as constatações de que "todos fazem do mesmo jeito", "se não fizer assim não sobrevive", "esse é o jogo jogado" etc. se tornam suficientes para que profissionais se ajustem inteiramente ao "sistema"?
Por que se considera que as empresas de comunicação "são empresas como quaisquer outras", "seu objetivo é ter lucro" e para isso "devem fazer o que for necessário que se faça ou ficarão fora do mercado"?
Por que os códigos de ética profissional são desconhecidos ou solenemente ignorados como documentos "fora da realidade" cuja aplicação levaria ao fracasso profissional e da empresa?
Por que esses jovens não se consideram parte do problema – "é assim que funciona" – e consideram "ingênuos" os que eventualmente se sentem indignados e buscam caminhos para alterar a situação?
Essas, por óbvio, não são questões novas e, certamente, não se restringem ao campo profissional das Comunicações. E, exatamente por essa razão, são questões que não podem ser ignoradas e sobre as quais temos o dever de retornar sempre.

Qual a diferença?

Em seu Jornalismo na era virtual: ensaios sobre o colapso da razão ética (Editora Perseu Abramo/Unesp, 2005), Bernardo Kucinski chama a atenção para o fato de que os jovens jornalistas rejeitam a possibilidade de uma ética"porque isso está em conflito com seus valores fundamentais, acima de tudo os valores individualismo e tolerância". Lembra também que...

"...o desemprego estrutural (...) fez da competição com o próprio companheiro uma necessidade de sobrevivência. (...) Nesse ambiente, as éticas socialmente constituídas cederam espaço a uma ética de cada indivíduo. (...) É também uma ética de muitos direitos e poucos deveres. Cada um tem o dever de pensar antes de tudo em si mesmo, em seu projeto de vida. Uma ética em que o dever é definido como negação do social, como celebração da individuação ética".

As ponderações de Kucinski certamente nos ajudam a compreender o que está acontecendo com os jovens estudantes e profissionais. É algo que vai muito além do próprio campo das Comunicações e – correndo o risco de parecer moralista – tem a ver com os valores e práticas que dominam o nosso tempo de pensamento único e capitalismo globalizado.

A impressão que muitas vezes se tem, no entanto, é que enfrentamos no Brasil questões que já foram experimentadas, debatidas e, sobretudo, superadas em outras democracias capitalistas há várias gerações.

Qual deve ser o compromisso básico norteador da formação dos jovens que buscam tornar-se jornalistas profissionais? O que diferencia uma empresa de comunicação de outra empresa qualquer? Qual é o paradigma dentro do qual o jornalismo deve ser avaliado?

Complexidades contemporâneas

Joseph Pulitzer, dono de jornal, modelo de jornalista e "pai" da famosa Columbia School of Journalism nos EUA, escreveu sobre formação profissional em 1904:

"É a idéia de trabalhar para a comunidade, não para o comércio, não para si próprio, mas primariamente para o público, que precisa ser ensinada. A Escola de Jornalismo é para ser, em minha concepção, não somente `não-comercial´ mas anticomercial". ("The College of Journalism", North American Review, cit. por J. Scheuer in The Big Picture, 2008)

Na edição anterior deste Observatório tratei aqui das conclusões do relatório da Hutchins Commission publicadas pela primeira vez em 1947 ("O velho (novo) paradigma faz 61 anos"). A prevalência do paradigma da responsabilidade social de jornalistas e empresários de comunicação foi celebrada pelos membros da Hutchins Commission e tem sido muitas vezes confirmada por decisões judiciais nos Estados Unidos ao longo dos últimos 60 anos.
Atravessamos no Brasil um período de profundas transformações que implicará importantes mudanças estruturais, regulatórias e em relação à natureza mesma do sistema de comunicações. Dessas transformações vai surgir um novo perfil (já em construção) de profissional e uma nova correlação de forças entre os principais atores do setor.
O que literalmente assusta e perturba aqueles que temos responsabilidades na formação de profissionais do setor e na observação da mídia é que essas transformações estejam a ocorrer dentro de um profundo "vazio ético", como diz Kucinski.

Fazer nascer uma nova ética profissional que leve em conta as complexidades contemporâneas talvez se constitua em um dos principais desafios do campo das Comunicações nos próximos anos.

Tablóides Games.Mais uma indústria da mídia de entretenimento.



Separação do casal virou joguinho em flash

Para mim é mais uma buzzword. Caso contrário, daqui a pouco, vai ter categoria para tudo que é tipo de jogo.
Tabloid Games são games que têm como referência escândalos envolvendo celebridades. Seria como uma subcategoria de newsgames.
O mais recente é um que você tem que ajudar Heather Mills a separar-se de Paul McCartney. Outro famoso, no entanto mais antigo, é o Escape Paris, no qual você auxilia Paris Hilton, na época presa, a sair da cadeia.
Tiago Doria

Jornalismo é isso..........

Do ombudsman da Folha de S.Paulo, Mário Magalhães:

"Jornalismo crítico não é enumerar declarações críticas de uns contra os outros, mas mostrar a vida como ela é e desconfiar do poder – de todos os poderes".