quinta-feira, 31 de julho de 2008

Bibliografia.





.CHAUÍ, Marilena. Simulacro e poder. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2006
.COSTA, Caio Túlio. “Por que a nova mídia é revolucionária”. Líbero IX, n. 18, dez. 2006, pp. 19-30.
.HUXLEY, Aldous. Admirável mundo novo. 2ª. edição, Rio de Janeiro; Globo, 2001.
.ORWELL George. 1984. 29ª. edição, São Paulo: Editora Nacional, 2003
.MACHADO, Arlindo. A televisão levada a sério. 1ª. edição, São Paulo: SENAC, 2000.
.TOSCANI, Oliviero. A publicidade é um cadáver que nos sorri. 2ª. edição, Rio de Janeiro: Ediouro, 1996.
.CASTELL, Manuel. A galáxia da Internet: reflexões sobre a sociedade, os negócios e a sociedade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.
.MORAES, Dênis de (org.). Por uma outra comunicação. Rio de Janeiro: Record, 2004.
.RAMONET, Ignacio. A tirania da comunicação. Petrópolis, Vozes, 1999.
.KUNSCH, Dimas A. “Comprehendo, ergo sum: epistemologia complexo-compreensiva e reportagem jornalística”. Communicare 5, n. 1, 1º semestre 2005, pp. 43-54.
.BAUMAN, Zygmunt. Modernidade Líquida. 1ª. edição, Rio de Janeiro: Jorge Zahar,2001
.MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. 2ª. edição, São Paulo: Cortez, Brasília: Unesco, 2000.
.KLEIN, Naomi. “Marcas globais e poder corporativo”. In: MORAES, Dênis de. Por uma outra comunicação. 2ª. Edição. Rio de Janeiro/São Paulo: Record, 2004, págs. 173-186.
.Barber, Benjamin R. “Cultura MacWorld’. In: Moraes, Denis de. Por uma outra comunicação. 2. Edição. Rio de Janeiro/São Paulo: Record, 2004, págs. 41-56.
.Lima, Venício A. de (org). A mídia nas eleições de 2006. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2007.
.Jornal Nacional: A notícia fa história. 12ª. Ed. Revista
.Barbero, Jesús Martín. “Globalização comunicacional e transformação cultural”. In: Martín Moraes, Denis de (org)” Por uma outra comunicação. 2 Edição. Rio de Janeiro/São Paulo: Record, 2004, págs. 57-86.
•KELLNER, Douglas. A cultura da mídia. Bauru, SP: Edusc, 2001.
•MORIN, Edgar. A cabeça bem-feira: repensar a reforma, reformar o pensamento. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001.
.KLEIN,Naomi.Sem Logo: a tirania das marcas em um planeta vendido,Rio de Janeiro: Record,2002.

MEUS PROFESSORES.




Agradeço muito ao meu estimado professor e aos colegas da classe por tudo que aprendi.
Confesso que iniciei essa disciplina achando que conhecia muito sobre o poder da mídia e a influência dela na sociedade. Das ingerências no telejornalismo da área de marketing, anunciantes, do próprio proprietário ou ainda de políticos e governantes.
Foram anos sofrendo para ser o mais ético possível. Levar a informação democraticamente e até brigando dentro de redações por essa causa.
Achei que teria muitas experiências para revelar. Nada disso.
Logo na primeira aula percebi que estava errado quando o professor Dimas expôs a frase: TODO PONTO DE VISTA É A VISTA OU VISÃO A PARTIR DE UM PONTO! Uma reflexão de que pontos de vistas diferentes é ponto de estudo. Também de cara aprendi que a visão epistêmica nos leva a estudar o comportamento do poder que a mídia pode ou não exercer, nada pode ser considerado como certo ou errado, mas obter diversas formas de perspectiva e que promova reflexão.
E para me colocar no devido lugar de aluno, sempre um aluno compartilhando, outra bomba:
Menos portanto e mais talvez...
Menos conceitos e mais noções...
Menos verdades e mais aproximações possíveis
Menos certezas e mais buscas.

Nunca tinha tido um aprendizado tão grande numa sala de aula desde minha época de faculdade. Com tanta interatividade e conhecimento dessa turma que me ajudou muito.
Aprendi a aprender.
Obrigado.

MODERNIDADE LÍQUIDA. VELOZ. LEVE. VORAZ.. VIVER E VOAR COMO A BORBOLETA.





"Voar suavemente traz contentamento. Voar sem direção provoca estresse.", (Zygmunt Bauman)

Como enfatisar esse momento da vida para se esquecer da morte?
A vida se empurra com a barriga? Ou em holografias, com ou sem consciência?
O tempo não nos dá conta do tempo que procuramos para viver.
Onde encontrar sabedoria nessa modernidade para viver o tempo livre? Como voar suavemente sem a velocidade peculiar de nosso tempo?
O stress está sempre nos rondando a mente, após a praia num findi ou uma noite de amor.
Ver , ver e ver. Inundações de imagens, sufoco de ilustrações, espetáculos.
O que nos diz ou toca nossos sentidos esse mundo que passa diante de nós, em todos os lugares, instantâneo?
E o medo do vazio?
Tempo veloz, fluído.
Intangível e voraz.
Vivemos uma geração que se amolda ou é mutante.
Fazer, fazer, fazer, mais.
Será a velocidade um Deus?
Mundo da modernidade, como os líquidos, vamos nos caracterizando por uma incapacidade de manter a forma.
Zygmunt e o medo líquido, uma metáfora para compreender nosso mundo...Uma sociedade cada vez mais imediatista , o valor está onde não se toca. Onde encontrar a liberdade?
Entre o ontem e o hoje, líquido é algo que se adapta a forma de uma vasilha, do copo. Fluidez é o nosso tempo, ou leveza, leve.
Nada mais sólido, pesado rígido.Ford.
Hoje Bills Gates.
A leveza do dinheiro e não das tradições, territórios , ostentações.
Valores e a temperatura ambiente mudam a todo momento. E ao mesmo tempo.
Hoje o poder é leve e se esconde, não se sabe de onde vem, quem é, onde ele está.
É o dono da marca, fluída.
“A comunicação não é mais pós moderna, mas líquida e nela conceitos e interesses se amoldam ao sabor das ondas aos altos e baixos e às discrepâncias das profundezas para exibir uma superfície plana, que cobre extensivamente todo o planeta com seu abraço afago”.(Zygmunt Bauman). O Poder do Mercado.
O quê a Mídia nos esconde? Nos mostra?
È nebulosa e ativa, presente e invisível, predominante e ambígua.
Onipresente, onisciente ou onipotente? Sempre complexa.
Consumo líquidos velozes e virtuais. Compulsivamente. Desejo a MARCA, já que ela "é mais que o produto". Serei doentio? Me escondo de um possível vazio?
Ritmo acelerado, tempo se torna escasso. Quero meu espaço.
Como viver nessa dicotomia entre o ócio saudável e a frenesi da produtividade que me é exigida ?
Instituições, referências estilos de vida mudam antes que tenham tempo de se solidificarem; costumes, hábitos e verdade 'auto-evidentes' .
Como voar como a leveza da borboleta na nossa mente e espírito sem o stress coagulado da modernidade no coração ?

O Poder da Publicidade.




"A publicidade não vende felicidade, ela gera depressão e angústia. Cólera e frustração.! Oliviero Toscani

Não há como estudar ou analisar Mídia no mundo globalizado sem tentarmos compreender os sentidos, as mensagens cognitivas da publicidade, especialmente numa era de hiperconsumismo. A publicidade coexiste na comunicação e cultura de consumo de massa e é fundamental não somente como função comercial, mas também para promover o debate de conceitos, ideais e diferentes discursos, muitas vezes, os dos próprios políticos ou governantes.
A publicidade, ao contrário dessa afirmação de Oliviero, também pode, como deve, se utilizar da criatividade para a educação e consciência de cidadania.

Refletimos muito sobre essa questão na sala de aula com a apresentação das idéias contidas no livro " A Publicidade é um cadáver que nos sorri", do italiano Oliviero Toscani, responsável por uma verdadeira revolução e choque no meio publicitário ao criar campanhas para a Benetton , especialmente em Outdoor.
Hoje no Brasil se discute muito a liberdade da publicidade nos meios de comunicação. Não apóio nenhum tipo de censura, porém é preciso rever campanhas mosntruosas de consumo de cervejas (uma porta aberta para os jovens entrarem de cabeça no alcoolismo e outras drogas) ou aquelas que influenciam crianças ao consumo exagerado.

Destaco para reflexão do tema o "Processo de Nuremberg Da Publicidade", criado por Oliviero:
Crime de malversação de somas colossais
Crime de inutilidade social
Crime de mentira
Crime contra a inteligência
Crime de persuasão oculta
Crime de adoração às bobagens
Crime de exclusão e de racismo
Crime contra a paz civil
Crime contra a linguagem
Crime contra a criatividade
Crime de pilhagem

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Marcas e o valor Virtual. A Modernidade da Velocidade.Da Tecnologia e a Sociedade de Consumo.

Entrevista concedida pelo cientista João A. Zuffo. Fundador e coornedador geral do Sistemas de Laboratórios Integráveis-USP


“assim, para eles, o que conta é o tempo, mais do que o espaço que lhes toca ocupar; espaço que, afinal, preenchem apenas ‘por um momento’ (Modernidade Líquida – Zygmunt Bauman 2001, p. 8.Ed. Zahar).

Ao comentar sobre a obra de Aldous Huxley, " Admirável Mundo Novo", o cientista fala sobre mídia, sociedade pós moderna e a necessidade e liberdade da internet aberta, horizontal, sem censuras prévias como Meio de se obter informações e democracia.
Empregos tendem a desaparecer, mas não o trabalho. O dinheiro torna-se de baixa circulação.
Na era da chamada "modernidade líquida", as mensagens na velocidade de imagens, fotos, videos, etc, criam uma "entidade etéria" , lúdica ,de perdas de valores e fugidia.O valor das marcas é virtual.
Segundo o cientista, o principal fator para essas mudanças na sociedade mundial é a extrema e densa taxa de crescimento das telecomunicações, que se desenvolve cerca de 78 por cento ao ano.

Agenda Setting e Espiral do Silêncio




A Teoria do Agendamento ou Agenda-setting foi elaborada por Maxwell McCombs e Donald Shaw, em 1972. A mídia determina a pauta para a opinião pública ao destacar determinados temas e preterir, ofuscar ou ignorar outros tantos.
Eu mesmo participei efetivamente desse "artifício" para manter minhas reportagens e pautas em evidência, sem com isso saber que contribuia para a mídia com a qual trabalhasse manter a intensidade de cobertura do fato e a relevância deste para o público. Essa relação ocorre repetidamente. Muitos receptores às vezes nem se dão conta do porquê estão tão envolvidos com determinado assuntos "polêmicos".
Casos populares como o assassinato da menina Isabella, o envolvimento do jogador Ronaldinho com travestis ou até assuntos de interesse políticos pautam a agenda da sociedade, ou até vice-versa.A mídia passa a ser pautada pelo crescente interesse de determinado assuntos.
Um bom exemplo:Com a cobertura da morte da menina Isabella Nardoni, no dia 5 de abril, a audiência dos telejornais cresceu até 46% na primeira quinzena do mês em relação ao mesmo período de março -é também o caso do "Brasil Urgente", da Band. A informação é da coluna Outro Canal, de Daniel Castro, na Folha de São Paulo.A audiência do "Balanço Geral", da Record, cresceu 25%. Ao caso Isabella também foram atribuídas as consecutivas lideranças da Record no período matutino.No "Jornal Nacional", a cobertura chegou a ocupar 15 minutos e 20 segundos na edição da terça-feira (15/4), o equivalente a 37% do telejornal. A Globo mobilizou 18 repórteres, oito produtores e 20 cinegrafistas para cobrir o caso. Eles fizeram plantões permanentes em casas de parentes de Isabella e em delegacias.
Enfim, aconteceu tudo que as duas partes, telespectadores e mídia, queriam. Cobertura repetitiva e agendamentos solicitados.

Espiral do Silêncio. Basicamente segue uma linha: "Eu me calo porque todo mundo está falando outra coisa". O grande problema é que com esse comportamento não se gera cidadania.O termo Espiral do Silêncio foi utilizado pela pesquisadora alemã Noelle-Neumann, as pessoas tendem a esconder opiniões contrárias à ideologia majoritária. Se acharem que suas opiniões podem não ter receptividade optam pelo silêncio. Os meios de comunicação por sua vez, tendem a priorizar as opiniões dominantes, isto é, aquelas a que tem maior acesso, consolidando-as e contribuindo para a formação de uma minoria isolada.Há uma grande relação com a teoria da Agenda Setting,onde as informações são veiculadas na mídia como aquilo que devemos discutir ou pensar, ajudando a manter assim o status quo.

PORQUÊ A IMPRENSA NÃO É MAIS O CHAMADO "QUARTO PODER"? E O PODER DO CIDADÃO?



No livro "A TIRANIA DA COMUNICAÇÃO", Editora Vozes,(1999),Ignácio Ramonet faz uma enorme crítica aos meios de comunicação que não têm ética, aos que manipulam o que é noticiado, aos que vulgarizam seus programas a fim de conquistar o maior número de espectadores.
O que mais me chamou a atenção, entre outros temas, é a idéia do que para ele seriam os verdadeiros três poderes constituídos na sociedade atual:O primeiro poder; a Economia. Segundo poder; o Mediático e Terceiro poder; o Politico.E não, como sempre soubemos, o Legislativo, o Judiciário e o Executivo.
O chamado Quarto Poder, da imprensa ou jornalismo, não existiria mais como um interlocutor da sociedade, mas apenas "embutido" no controle dos conglomerados midiáticos. São eles que difundem ou determinam ideologias, o que é ou não necessário para o cidadão.Por exemplo, quando todos os meios de comunicação afirmam um acontecimento como verdadeiro, mesmo que seja falso, como duvidar desta verdade?

No meu entendimento, a representatividade da cidadania nunca esteve tão ameaçada. Pois na verdade, o Poder Político está intimamente (e talvez cúmplice) ligado ao poder do Mercado e das grandes Mídias.
Há a necessidade de repensarmos jornalismo e o papel do comunicador num mundo cada vez mais digitalizado e com informações instantâneas como no caso das redes de internet.Para o espectador existe a ilusão de que ver é compreender, e todo acontecimento deve ter imagens. E essa concepção suscita o interesse por cenas violentas e sensacionais.
Repensar quem fala, como fala? Sob qual influência estamos sendo informados?
A real importância para o crescimento da noção de direitos civis e cidadania neste país.

"FORA DO MERCADO NÃO HÁ SALVAÇÃO"-PROF.DR. DIMAS KÜNSH


No novo paradigma comunicacional o que vale, e é mais importante, é a felicidade de acesso ao consumo e às novidades.
O grande discurso hoje é o da mídia, da globalização, é o Mercado. MERCADO...MERCADO...É O TEMPLO PARA SEDUÇÃO!

O prof. propõe um olhar crítico. "O Mundo virou um shopping center, onde as necessidades antes do estado estão nas mãos privadas. A saúde, a educação, a aposentadoria, etc.
O Mercado "virou" uma espécie de DEUS, daí a frase: Fora do Mercado não há Salvação.
E ainda questiona: Cidadania é consumir?
Qual consequência de termos que ser consumidores para nos sentirmos cidadãos? Consumir marcas e bens, talvez um meio ou lugar onde se procure o amor, a felicidade.
Esse "estado de coisas" leva ao hiperconsumismo nos dias de hoje.

Na Centralidade Do Mercado, a mídia perpetua a globalização.
Agentes econõmicos globais figuram-se entre as 300 maiores empresas não financeiras do mundo.
O consumo na sociedade envolve o cidadão a uma idéia de identidade ou Pertencimento.Consumidores de diferentes "nichos" ou "tribos".
"Os consumidores passam a ser classificados em função de estilos de vida e gostos comuns, que se superpõem às identidades clássicas".
"Para o sistema globalizado não compensa desregionalizar. É preciso manter a regionalidade."
Nas estratégias de regionalização dos conglomerados é fundamental conhecer seu consumidor, o jeito pelo qual se relaciona com o mundo e atingí-lo com determinados estímulos.Para que ele não se sinta isolado ou apenas "another brick in the wall".

As grandes corporações sabem como conquistar a pré-disposição ao consumo e a fidelização das marcas.
" O desafio consiste em adaptar estratégias mercadológicas regionais e locais".
O que gera certa ambiguidade, pois " as corporações assimilam alguns predicados regionais mas, em momento algum, renunciam à idéia de atrair o público de massa com programações padronizadas, requisito indispensável para sua sustentação". (anotações de aula)

Cultura MacWorld. Consumo Logo Existo.




MTV(Music Television) MacDonald's e Disneylãndia...ícones da cultura americana ou verdadeiros cavalos de Tróia dos Estados Unidos imiscuindo-se nas culturas das outras nações.(Cultura MacWorld-Benjamin R. Barber)

McWorld é uma América que se projeta em um futuro moldado por forças econômicas, tecnológicas e ecológicas que exigem integração e uniformização, não importando os regionalismos de outras culturas em qualquer país.

Além da estrutura de um mercado unificado essa "teoria" exige o domínio ou hegemonia da moeda e do idioma. (Tem Disneylândia até em francês) A globalização contribui para esse processo. E torna universal o dólar e o inglês.

“Os bens da nova cultura mundial são tanto as imagens quanto as formas materiais, tanto uma estética quanto uma gama de produtos. É uma cultura reduzida ao estado de mercadoria.” – Pág. 43 – Por uma outra comunicação – Benjamin R. Barber

A publicidade ou a videologia (ou audio visuais como filmes famosos e estilo de vida americano)mantém um estado de mercadorias permanente e até subjetivo nas sociedades. Videologia é mais fluida que a ideologia política tradicional. Seus valores não são impostos por governos coercitivos ou sistemas educativos autoritários- apóia-se especificamente no poder da informação e da tecnologia.
As multinacionais invadem fronteiras e com o domínio da informação transformam gostos em matérias primas para serem consumidas.
Derrubar barreiras e implantar ideais espalhados pelo mundo a partir do que é importante para a economia e ideologia americana.Persegue o cidadão para que consuma sempre mesmo que não tenha dinheiro, mas que pelo menos sonhe com as mesmas necessidades de posse.

Canibalização da Midia e Conglomerados


Prometeus. The Media Revolution

Este video é apenas um exemplo do Poder dos conglomerados midiáticos que crescem com seus tentáculos "absorvendo" empresas menores por todo o planeta e que acabam dominando os bens simbólicos.Com empresas do mercado financeiro esse sistema de canibalização não é diferente.
O "domínio da produção simbólica". A mídia está nas mãos de duas dezenas de conglomerados, com receitas entre 6 e 35 bilhões de dólares. Elas veiculam dois terços das informações e dos conteúdos culturais disponíveis no planeta.
Para o antropólago francês Georges Balandier, " a cultura das corporações reveste-se dos meios que permitem ao grande sistema mundial exercer seus efeitos até sobre as pequenas circunstâncias da vida cotidiana".

No mundo, os maiores conglomerados midiáticos são:Cinco nos EUA, um na Alemanha e outro no Japão. (Deve-se levar em conta que aos sete maiores inclue-se hoje na América do Norte o Poder do Google.)
• Time Warner - Revista Time e estúdios Warner Brothers
• Disney - Michael Eisner e TV ABC
• Vivendi-Universal
• Viacom
• Bertelsmann
• Sony
• News Corp - Rupert Murdoch, The Times e TV Fox
• Turner - Ted Turner, CNN e Cartoon Network
E no Brasil:
• Organizações Globo - Rede Globo, jornais O Globo, Extra e Diário de São Paulo
• Grupo RBS-Sirotsky - TV RBS e jornal Zero Hora
• Grupo Estado - O Estado de São Paulo e Rádio Eldorado
• Grupo Folha da Manhã - Folha de S.Paulo e provedor UOL

terça-feira, 29 de julho de 2008

A Leveza e o Prazer das marcas.



Apple é a empresa de maior impacto sobre consumidores do mundo, afirma pesquisa

A marca Apple tem o maior impacto sobre os consumidores mundiais, enquanto a marca Microsoft e o valor de marca dos Estados Unidos como nação são vistos como os que mais precisam de reconstrução, de acordo com pesquisa divulgada pela revista online brandchannel.com.
A revista solicitou aos seus leitores que identificassem as marcas com o maior impacto sobre suas vidas, e que dissessem como elas afetam o comportamento dos consumidores e sua visão do mundo. Os quase dois mil profissionais e estudantes que votaram selecionaram a Apple como vencedora por maioria esmagadora. A criadora do iPod e do computador Macintosh triunfou em seis categorias, entre as quais "marca mais inspiradora" e "aquela sem a qual os consumidores dizem não poder viver."

A Microsoft, maior produtora de software do mundo, também saiu vencedora, mas recebeu a dúbia distinção de marca com a qual os participantes mais gostariam de discutir, e a que eles mais gostariam de reformular. Nessa categoria, a marca EUA ficou em segundo lugar.

Um dos mais surpreendentes resultados da pesquisa foi o fato de que poucos dos respondentes, de 107 países, acreditam que exista alguma coisa como uma marca "verde". O resultado surge apesar de milhões de dólares investidos por algumas das maiores empresas do mundo para se apresentarem ao mundo como ecologicamente corretas.


www.reuters.com

Marcas Globais e Poder Corporativo.



Sem Logo: A tirania das marcas em um planeta vendido.
Naomi Klein

Em 1992, a Nike pagou 20 milhões de dólares a Michael Jordan para estampar o rosto do rei do basquete nas propagandas de seu mais novo tênis. A quantia fica ainda mais impressionante quando se descobre que é muito superior do que a que a empresa pagou a todo o conjunto de 30 mil trabalhadores indonésios.Naomi Klein constrói formulações reveladoras sobre o reino das marcas: aponta os efeitos negativos do marketing na cultura, no trabalho e nas escolhas do consumidor, mostrando como multinacionais convertem o mundo em uma oportunidade de mercado. Logotipos e marcas são o que temos mais próximo de uma linguagem internacional: a maior parte dos seis bilhões de habitantes da Terra pode identificar o símbolo do McDonald's ou da Coca-Cola. No universo globalizado, gerenciar imagens e associações por meio das quais o consumidor se relaciona com um produto se tornou a chave do sucesso.

HOMO CONSUMAM- Edgar Morin
"Somos na verdade mais desejados pelos produtos de que nós mesmos o desejamos!

Hoje a indústria tem mais produtos semelhantes ou iguais, mesmices. A idéia é investir na marca para se ganhar muito mais. Com isso há produtos para todos os gostos, para vender e satisfazer. Vendem as idéias e se consome o produto para conquistar almas, fiéis.Devemos nos sentir "em casa", "dentro da marca".
Para Naomi Klein, Marca é na verdade uma busca espiritual dentro do mundo corporativo que as empresas estão tentando transcender a partir do mundo terreno.

Novo Sistema de Classe no Mundo Corporativo
-Proprietários intelectuais das marcas ( as grandes corporações)
-Empresas fornecedoras (fabricam os produtos)
- Uma vasta e mundial agência de trabalhadores
Existe uma espécie de "cisão" - mundo da ( marca) imagem e mundo da produção. Ou seja, se investe mais no símbolo para conquistar almas e corações.

Google é eleito a marca mais valiosa do mundo, US$86,057 em segundo lugar está a General Eletric US$ 71,379 seguida da gigante da informática Microsoft com US$ 70,887.Fonte Brandz Top 100.

Epistemologia, Complexus, Comprehendere



Logo no ínicio dos estudos da disciplina Mídia e Poder aprendi uma frase que jamais esquecerei depois de muitos anos trabalhando em telenoticiário, talvez um telecabresco.Uma nova proposta, um novo ponto de vista para tratar mídia e poder.
Primeiramente:TODO PONTO DE VISTA É A VISTA OU VISÃO A PARTIR DE UM PONTO! Uma reflexão de que pontos de vistas diferentes é ponto de estudo.
Dois paradigmas foram propostos para busca de compreensão.
Compreender vs. Explicar. Afinal somos filhos ou vítimas dos paradigmas das certezas e conceitos.Isso pode ser superado? O que é que nós fazemos com a mídia? Afinal MÍDIA É MEIO : Está no meio, é instrumento, é ferramenta. A visão epistêmica nos leva a estudar o comportamento do poder que a mídia pode ou não exercer, nada pode ser considerado como certo ou errado, mas obter diversas formas de perspectiva e que promova reflexão.

Menos portanto e mais talvez...
Menos conceitos e mais noções...
Menos verdades e mais aproximações possíveis
Menos certezas e mais buscas.

Entramos na Visão Multiperpectiva: a utilização de "uma ampla gama de estratégias textuais e críticas para interpretar, criticar e desconstruir as produções culturais em exame" (Kellner, 2001:129)
Esse conceito se inspira no perpectivismo de Nietzshe, segundo o qual toda interpretação é necessariamente mediada pela perspectiva de quem a faz, trazendo, portanto, em seu bojo, inevitavelmente, pressupostos, valores, preconceitos e limitações. Para evitar a unilateridade e a parcialidade, devemos aprender como empregar várias perpectivas e interpretações a serviço do conhecimento (Nietzshe)

COMPLEXUS.Uma rede conectada, nós. fios. Causas podem ser múltiplas. Atitude compreenssiva. O que é tecido em conjunto: o que une, faz dialogar distindos saberes.
CONTRA:
O dogmatismo, A idéia de causa e efeito, O reducionismo é aquilo que pega um aspecto da realidade, um recorte, reduzir o todo as suas partes e parte não é o todo, partes-conjunto, não é a soma. O pensamento da certeza, O racionalismo.
A Favor: Da complexidade e compreensão, Da idéia de saberes plurais, Da ética: o para
quê. Não trabalhar com dualismos: certo, errado, feio, bonito, etc.

Comprehenderecomprehendere: Complexidade também , integrar, abraçar, sentido. Compreender= ser compreenssível. Jamais explicar.Sem arrogância no saber, respeito ao diferente.
Há necessidade de termos que passar da compreensão para uma idéia de quem compreende, é compreensível e assim compreende melhor o mundo. É um ponto espistêmico- gera um melhor estado de consciência
FUGIR DA "LÓGICA DE GUERRA" QUE IMPREGNA TODO O CONHECIMENTO