quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Ginga na TVD Brasil

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Porque os projetos de mídias sociais falham?

Mesmo focada apenas na Europa – precisamente em 12 países – uma pesquisa realizada pelo instituto alemão Brand Science pode prover alguns insights importantes.


Nos últimos 7 meses, eles acompanharam diversos projetos de mídias sociais voltados para o mercado Europeu, em busca de entender porque a maioria deles parece não atender as expectativas. Nem da agência, muito menos do cliente.
O estudo está resumido na apresentação abaixo. Mas os pontos principais são:


- 81% das empresas pesquisadas não possui uma estratégia clara de mídia sociais
- 73% dos projetos de mídias sociais precisaram demonstrar retorno financeiro depois de apenas 12 meses
- 72% acreditam que mídia social precisa ser viral
- 68% desconhecem a regra 90-9-1 na internet, que diz: 90% da pessoas são apenas consumidoras de conteúdo (não contribuem), 9% edita ou modifica conteúdo e apenas 1% cria conteúdo.
- 84% medem a performance de um projeto de mídias sociais com métricas tradicionais
- 37% acham que mídia social significa compra de mídia
- E apenas 11% possui um guideline de social media
Um ponto especial fala que 53% das empresas caem na armadilha-geek, mostrando o “Second Life” como exemplo. Você deve se lembrar dessa época.

Brainstorm9

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Questões importantes sobre Interatividade na TV Digital.

Risco de monopólio do Ginga

Publicado por Valdecir Becker  iTV - Interactive TV

O professor Luiz Fernando, da PUC-Rio, vem a tempos mostrando sua preocupação em relação ao andamento das implementações de Ginga no mercado brasileiro. A mais recente foi a entrevista para o IDG NOW, onde ele manifesta a preocupação com a falta de competividade e a possível imposição de um padrão de interatividade não aderente à norma brasileira.

Há três anos tinha pelo menos quatro empresas desenvolvendo o Ginga-NCL. Hoje temos apenas uma empresa oferendo o Ginga completo, com NCL e Java. A partir do momento que não existe concorrência, a norma elaborada pelo Fórum e ABNT perde o significado. Em vez do mercado se adequar a norma, para que todas as aplicações executem de maneira idêntica em todos os receptores, as aplicações precisam se adequar à implementação.
Como resultado, duas consequências imediatas. Primeira: fazer aplicações não é um processo simples. O que era para ser um mercado amplo, com ferramentas públicas e gratuitas, ficou restrito a pouquíssimas empresas. Não há ferramenta aberta ou gratuita que permita desenvolver e testar aplicações comerciais para o Ginga-J. Mesmo aplicações em NCL, testadas pela PUC-Rio e avalizadas como estando em conformidade com a norma, não são executadas nas versões Ginga Full do mercado.
Segunda consequência: as aplicações que estão no ar foram desenvolvidas para uma plataforma específica, o que significa que não executam nas outras. Se hoje o telespectador quiser ver todas as interatividade no ar, precisa de pelo menos dois receptores diferentes.
Nos últimos meses conversei com engenheiros de várias empresas que me garantiram que a versão do Ginga da LG, primeira que entrou no mercado, não segue a norma do ISDB-T em vários aspectos. Isso faz com que aplicações simples, feitas em NCL, não sejam executadas adequadamente.
A única forma de resolver isso é com uma suíte de testes, que homologue as implementações. Mas essa está distante. O Fórum do SBTVD ainda está criando um grupo de trabalho para cuidar do tema. Os resultados desse grupo de trabalho devem aparecer em alguns meses.
Outra opção seria comprar uma suíte já desenvolvida, ou transformar a homolagação em serviço. Pelo menos duas empresas manifestaram interesse em oferecer este serviço. O problema, neste caso, é o conflito de interesses, pois uma delas estaria homologando e testando a sua própria implementação.

Resumindo: problemas a vista.


TV conectada substitui interatividade na Europa

Todas as residências conectadas com banda larga, redes IPTV oferecendo 120 canais por 20 Euros mensais, conteúdo baixado da internet com a mesma experiência e qualidade da TV em broadcast. O que parece distante aos nossos olhos é realidade em vários países europeus, como a Finlândia, que sediou, em junho, a décima edição do EuroITV, principal evento de TV digital, interatividade e vídeo on line do mundo.
Esse acesso amplo à internet mudou costumes, hábitos e exigências do público, com reflexos diretos no mercado de televisão. A TV analógica faz parte do passado, assim como a interatividade, que, para muitos, foi uma experiência desastrosa. O EuroITV mostrou que a TV aberta e unidirecional pode estar com os dias contados, perdendo espaço para conteúdos personalizados e majoritariamente sob demanda. Pelo menos em países com ampla penetração da banda larga.
As pesquisas em televisão na Europa estão voltadas para a TV on line, também chamada de TV conectada e broadband TV. O foco é a TV social, com recursos de comunicação interpessoal incorporados aos receptores. A interatividade através de software embarcado no receptor (caso do Ginga no Brasil), é tratada como modelo ultrapassado e, com exceção da Inglaterra, como um modelo sem sucesso.
Confira o artigo na íntegra na última edição da Revista Produção Profissional, nas páginas 84 a 90.


Exemplo de mensagem de erro após o carregamento da aplicação de interatividade.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

A "Balela" da interatividade na TV Aberta!!!

Ligada à internet, tevê começa a ficar interativa


Aparelho ligado à banda larga concorre com a interatividade da TV aberta, que começa a ser trabalhada pelas emissoras
Marili Ribeiro e Renato Cruz - O Estado de S.Paulo




A disputa de audiência entre emissoras de TV e internet começa a acontecer numa tela só. Aparelhos com serviços interativos, que se conectam à banda larga, começam a ser mais comuns no varejo, com televisores de fabricantes como a Samsung e a LG. Ao mesmo tempo, as emissoras apostam no Ginga, software de interatividade da TV aberta, que, pelo menos por enquanto, está disponível somente em dois aparelhos da LG.
São dois modelos bem distintos de interatividade. No televisor conectado, a informação vem pela internet, de parceiros selecionados pelo fabricante. No aparelho com Ginga, os serviços interativos são transmitidos via ar pela emissora de TV, juntamente com a programação.
"O espectador ainda está se acostumando a usar a internet na TV", afirma Marcio Portella Daniel, diretor da Samsung, empresa que lançou modelos interativos no ano passado. Esses aparelhos não têm um navegador de internet. Os espectadores escolhem os serviços por meio de ícones parecidos com os que existem nos celulares inteligentes.
Para Fernanda Summa, gerente da LG, a TV aberta interativa e a TV com banda larga são produtos que se complementam. "Uma coisa não vai matar a outra", diz. "Os serviços interativos podem aumentar a audiência dos programas de TV."
As emissoras de televisão querem usar a interatividade para evitar que o telespectador saia da frente do aparelho. Ou que a escapadinha fique reduzida à visita ao toalete.
Desde a chegada da transmissão digital, há dois anos, a promessa da chamada interatividade na tevê está no ar. E assim permaneceu. Agora, com a chegada às lojas dos televisores com o software de interatividade Ginga, as desculpas acabaram.
"A interatividade vai além de uma novidade para atrair atenção do público e poder agregar valor ao negócio da televisão", reconhece Roberto Franco, diretor de tecnologia da Rede SBT. "Vamos oferecer mais informações, fazendo com que o público não tenha que levantar para conferi-las no computador".
Reter audiência, perdida para universo de ofertas online, tem sido uma tarefa árdua os programadores de entretenimento nas televisão aberta.
Mercado. Como a indústria lucra mais vendendo TVs com conversores embutidos, não tem havido muito investimento para desenvolver e vender conversores com o Ginga. Sendo assim, o recurso da interatividade fica restrito a um público limitado. O cálculo é que não existam mais do que 100 mil aparelhos com a funcionalidade no mercado. E como diz Franco, só vai ganhar relevância quando atingir massa crítica, o que pode levar até três anos. No Brasil, 96% da população já tem televisor em casa. Terá que haver troca dos atuais equipamentos.
O diretor de engenharia da TV Globo, Raymundo Barros, não tem pressa em acelerar esse processo. Conta que acompanha as discussões de como isso será feito há três anos dentro do fórum da TV digital.
A preocupação, nunca assumida abertamente é evitar ônus ao atraente mercado anunciante da televisão aberta, que fica com quase 60% da verba publicitária investida em veículos de comunicação no Brasil. Criar facilitadores para a internet pode fazer com que anunciantes deixem os intervalos comerciais por outras formas de anúncios.
"Nossa maior preocupação é garantir a interatividade em rede, para as 33 emissoras digitais afiliadas", explica Barros. "Trata-se de uma operação complexa e diferente de um site. Não basta pôr no ar. É uma ferramenta de comunicação que vai oferecer na tela da TV um aplicativo interativo. Se o aparelho não é interativo, não acontece nada. Mas nos modelos que são interativos, ao ser apertado no controle remoto vai surgir na tela o sinal que aciona a tecla interatividade."


No caso da Rede Globo, a janela que permite ao telespectador obter informações adicionais sobre o que acontece na tela aparece na lateral. "Há todo um grafismo integrado, por exemplo, ao adotado na linguagem da atual novela Passione, que é que já oferece a interatividade. Ao acessá-lo, o telespectador terá detalhes do capítulo perdido, ou poderá responder a enquetes sobre o desenvolvimento da novela." Na maior rede de televisão brasileira a opção foi pelo aplicativo individual para cada programa.

Estratégia. Já no SBT, a opção foi diferente, como explica Franco. "A partir de vários grupos de pesquisa com mais de 20 pessoas cada, fomos descobrindo quais as demandas que tiram os telespectadores da frente da telinha e desenvolvemos aplicativos para suprir essas necessidades", diz ele. "A maioria levanta para ver no computador dados sobre meteorologia, resultados de jogos e as últimas notícias". No SBT, a opção foi oferecer no primeiro clique a informação pura. Se o telespectador quiser mais detalhes, terá que dar um segundo clique e poderá obter mais informações sobre a novela em cartaz, como a sinopse.

Na hora em que é pressionada tecla de acesso à interação, aparece a primeira tela que oferecem as respostas mais comuns dos telespectadores da emissora. "De todos as emissoras que estão desenvolvendo o sinal para interatividade, só o SBT já o coloca à disposição por 24 horas", conta ele. Isso é possível porque a emissora escolheu a metodologia mais simples. O próximo passo, que está em estudo, será o de integrar essa interação com às mídias sociais e, futuramente, promover comércio eletrônico.