Comunicação e Mobilidade
Carnet De Notes
Saindo agora da editora o livro "Comunicação e Mobilidade. Aspectos socioculturais das tecnologias móveis de comunicação no Brasil, pela EDUFBa, Salvador, 2009 (ISBN - 978-85-232-0658-1, organizado por André Lemos e pelo Fabio Josgrilberg com textos de Eduardo Pellanda, Sérgio Amadeu, Gilson Schwartz, Fernando Firmino, Lucas Bambozzi, Lucia Santaella, Fernanda Bruno, além dos organizadores. O livro deve estar em breve nas livrarias.
Abaixo texto da orelha e o sumário do livro:
O livro Comunicação e Mobilidade - Aspectos Socioculturais das Tecnologias Móveis no Brasil, organizado por André Lemos (UFBA/CNPq) e por Fábio Josgrilberg (Metodista, SP), oferece ao leitor uma coleção de artigos que traçam um panorama completo e atual da comunicação móvel no Brasil. Os artigos abordam diversas temáticas relevantes para a compreensão complexa do fenômeno, como a relação das tecnologias móveis de comunicação com o corpo, a cidade, a vigilância, a arte, o jornalismo, as mídias locativas e a inclusão digital. Os artigos foram originalmente publicados em inglês na revista eletrônica canadense "Wi - Journal of Mobile Media" (http://wi.hexagram.ca), em julho de 2009, e é a primeira contribuição brasileira no campo a ter uma projeção internacional.
A obra está inserida no contexto atual da computação móvel e ubíqua, oferecendo ao leitor uma visão geral do impacto das redes sem fio e dos telefones celulares no Brasil. Escrito pelos mais importantes pesquisadores do tema na área das ciências sociais aplicadas no país, o livro faz uma radiografia das múltiplas apropriações dos dispositivos móveis mostrando a sua influência nas relações sociais, econômicas, políticas e culturais. Comunicação e Mobilidade é leitura obrigatória para pesquisadores, estudantes de graduação e interessados em compreender os rumos e as perspectivas das tecnologias de comunicação móvel e seus usos no Brasil.
Sumário
Apresentação......................................................................................................07
André Lemos, Fabio Josgrilberg
Comunicação móvel no contexto brasileiro.....................................................11
Eduardo Campos Pellanda
Redes municipais sem fio: o acesso à Internet e a nova agenda da cidade......19
Fabio B. Josgrilberg
Espectro aberto e mobilidade para a inclusão digital no Brasil...........................37
Sérgio Amadeu da Silveira
Identidade, valor e mobilidade: Motoboys em São Paulo.....................................51
Gilson Schwartz
Tecnologias móveis como plataformas de produção no jornalismo.......................69
Fernando Firmino da Silva
Arte e Mídias locativa no Brasil........................................................................89
André Lemos
Aproximações arriscadas entre site-specific e artes locativas............................109
Lucas Bambozzi
Revisitando o corpo na era da mobilidade...............................................................123
Lucia Santaella
Vídeo-vigilância e mobilidade no Brasil...................................................................137
Fernanda Bruno
Sobre os autores...........................................................................................................153
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Jornalismo colaborativo - leitor manda noticias ou fotos no aplicativo para iPhone.
A nova versao do aplicativo para o iPhone do jornal inglês Telegraph tem uma nova funçao - transformar cidadaos comuns em divulgadores de notícias. Clicando no botao ‘Report’, o usuário pode enviar uma foto ou texto relatando um fato que mereça ser publicado. De acordo com o site da publicação, pode ser desde a foto de uma celebridade, o testemunho de um ato heróico ou imagens em 1ª mao de algum evento. Para promover a novidade, o Telegraph lançou até um concurso - está selecionando uma história enviada via iPhone por dia para sair no telegraph.co.uk. O autor ganha 100 libras em bônus para gastar na iTunes. A notícia é do Editors Weblog.
Fonte: Blue Bus
Fonte: Blue Bus
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
Google agora é em tempo real.
O Google mais uma vez está revolucionando a web, agora, ele tem pesquisa em tempo real, que absorve conteúdo de blogs, sites, portais e até mesmo do twitter. Alem de noticias, ele também mostra tudo que está acontecendo agora, perto de você, na sua cidade, na sua rua, naquela rodovia, em fim, em todo lugar.
Segundo o blog Mashable, em breve ele também vai integrar conteúdo de outras redes socias, como Facebook e MySpace.
O recurso ainda não está disponível para todos, mas segundo o próprio o Google, estará no ar para todos nos próximos dias.
Veja o vídeo mostrando como funciona o recurso:
Segundo o blog Mashable, em breve ele também vai integrar conteúdo de outras redes socias, como Facebook e MySpace.
O recurso ainda não está disponível para todos, mas segundo o próprio o Google, estará no ar para todos nos próximos dias.
Veja o vídeo mostrando como funciona o recurso:
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Nicholas Negroponte e A Vida Digital.
Após transcrever o post anterior, do Blog Trezentos, senti a necessidade de reler algumas páginas de uma das obras que considero de extrema importância. O livro A Vida Digital, de Nicholas Negroponte, diretor do Media Lab. do Massachusetts Institute of Technology. Leitura essencial e além da ciência da computação. É esclarecedora e muito divertida sobre a revolucao na tecnologia da informacao.
No epílogo do livro ("Uma era de otimismo"), o autor cita os problemas, dúvidas e as virtudes do mundo digital. Como problemas, Negroponte lembra-se do vandalismo digital, da pirataria, da invasão de privacidade e da queda dos empregos com a automatização. Como dúvidas, a incapacidade do mundo digital de resolver a questão da vida e da morte e a fome. E como virtudes, a quebra de fronteiras pelos bits, a descentralização, a globalização, a harmonização (empresas trabalhando juntas, por exemplo), a capacitação (em conseguir informação) e que tudo isso estará nas mãos dos jovens.
"Os impérios monolíticos de meios de comunicação estão se dissolvendo em uma série de indústrias de fundo de quintal. Os atuais barões das mídias irão se agarrar a seus impérios centralizados amanhã, na tentativa de mantê-los. As forças combinadas da tecnologia e da natureza humana acabarão por impor a pluralidade com muito mais vigor do que quaisquer leis que o congresso possa"
Editora: Companhia das Letras
Autor: NICHOLAS NEGROPONTE
Ano: 1995
No epílogo do livro ("Uma era de otimismo"), o autor cita os problemas, dúvidas e as virtudes do mundo digital. Como problemas, Negroponte lembra-se do vandalismo digital, da pirataria, da invasão de privacidade e da queda dos empregos com a automatização. Como dúvidas, a incapacidade do mundo digital de resolver a questão da vida e da morte e a fome. E como virtudes, a quebra de fronteiras pelos bits, a descentralização, a globalização, a harmonização (empresas trabalhando juntas, por exemplo), a capacitação (em conseguir informação) e que tudo isso estará nas mãos dos jovens.
"Os impérios monolíticos de meios de comunicação estão se dissolvendo em uma série de indústrias de fundo de quintal. Os atuais barões das mídias irão se agarrar a seus impérios centralizados amanhã, na tentativa de mantê-los. As forças combinadas da tecnologia e da natureza humana acabarão por impor a pluralidade com muito mais vigor do que quaisquer leis que o congresso possa"
Editora: Companhia das Letras
Autor: NICHOLAS NEGROPONTE
Ano: 1995
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Fechem o seu conteúdo e descubram quantas vezes nós iremos visitá-los…
Do Blog Trezentos
Isso mesmo. A grande imprensa comandada por Keith Rupert Murdoch deve fechar o seu conteúdo. Globo, Folha e Estadão parecem que irão aderir a Declaração de Hamburgo, uma espécie de grito de guerra de um segmento da velha indústria de intermediação contra a circulação gratuita de informação noticiosa.
Querem endurecer as leis de copyright para tentar evitar que as pessoas compartilhem as notícias que estão em seus portais. Querem impedir a existência de agregadores de notícias e provavelmente irão bloquear todos os RSS.
Por que tanto desespero?
Porque a Internet afetou os gatekeepers e seus modelos de negócios. Porque a Internet acelerou a velocidade de circulação da informação e permitiu que pessoas comuns disputassem com poderosos editores o que poderia ser noticiado. A diversidade de fontes e a queda na credibilidade dos grandes grupos jornalísticos ocorre simultaneamente ao aumento de reputação de diversos blogueiros e sites colaborativos. Além disso, as redes sociais digitais aparecem e crescem também como fonte de notícias.
Resultado: maior diversidade de fontes, maior pulverização das audiências e maior disperção das verbas publicitárias.
Hoje, se reunirmos 5 blogueiros de destaque e observarmos o número diário de seus visitantes únicos, perceberemos que tal soma ultrapassará o número de leitores de qualquer impresso diário brasileiro, excetuando os jornais de São Paulo (por enquanto).
O ecossistema midiático mudou. Murdock acha que tem força para bloquear as redes digitais. No seu manifesto, está escrito: “Universal access to websites does not necessarily mean access at no cost. We disagree with those who maintain that freedom of information is only established when everything is available at no cost.” Ou seja, querem voltar ao velho mundo da cobrança por conteúdo. Ótimo. Fechem logo o acesso aberto às suas empresas.
Em breve, os empresários de comunicação que buscam produzir notícias sérias e de qualidade perceberão que se tiverem um portal informativo aberto e ágil serão replicados, retwittados, copiados e atrairão um fluxo crescente de leitores. John Perry Barlow já havia avisado: a força da economia digital está no relacionamento e não na propriedade. Murdock só é bom em um ambiente verticalizado e autoritário, por isso, odeia as redes digitais.
Murdock não deve ter lido nem mesmo o prólogo do livro Free, de Chris Anderson. Se tivesse lido, talvez aprendesse com o exemplo do Monty Python que aumentou 23.000% a venda de seus produtos depois que os liberou (em alta resolução) em seu canal no Youtube.
Declaração de Hamburgo
Isso mesmo. A grande imprensa comandada por Keith Rupert Murdoch deve fechar o seu conteúdo. Globo, Folha e Estadão parecem que irão aderir a Declaração de Hamburgo, uma espécie de grito de guerra de um segmento da velha indústria de intermediação contra a circulação gratuita de informação noticiosa.
Querem endurecer as leis de copyright para tentar evitar que as pessoas compartilhem as notícias que estão em seus portais. Querem impedir a existência de agregadores de notícias e provavelmente irão bloquear todos os RSS.
Por que tanto desespero?
Porque a Internet afetou os gatekeepers e seus modelos de negócios. Porque a Internet acelerou a velocidade de circulação da informação e permitiu que pessoas comuns disputassem com poderosos editores o que poderia ser noticiado. A diversidade de fontes e a queda na credibilidade dos grandes grupos jornalísticos ocorre simultaneamente ao aumento de reputação de diversos blogueiros e sites colaborativos. Além disso, as redes sociais digitais aparecem e crescem também como fonte de notícias.
Resultado: maior diversidade de fontes, maior pulverização das audiências e maior disperção das verbas publicitárias.
Hoje, se reunirmos 5 blogueiros de destaque e observarmos o número diário de seus visitantes únicos, perceberemos que tal soma ultrapassará o número de leitores de qualquer impresso diário brasileiro, excetuando os jornais de São Paulo (por enquanto).
O ecossistema midiático mudou. Murdock acha que tem força para bloquear as redes digitais. No seu manifesto, está escrito: “Universal access to websites does not necessarily mean access at no cost. We disagree with those who maintain that freedom of information is only established when everything is available at no cost.” Ou seja, querem voltar ao velho mundo da cobrança por conteúdo. Ótimo. Fechem logo o acesso aberto às suas empresas.
Em breve, os empresários de comunicação que buscam produzir notícias sérias e de qualidade perceberão que se tiverem um portal informativo aberto e ágil serão replicados, retwittados, copiados e atrairão um fluxo crescente de leitores. John Perry Barlow já havia avisado: a força da economia digital está no relacionamento e não na propriedade. Murdock só é bom em um ambiente verticalizado e autoritário, por isso, odeia as redes digitais.
Murdock não deve ter lido nem mesmo o prólogo do livro Free, de Chris Anderson. Se tivesse lido, talvez aprendesse com o exemplo do Monty Python que aumentou 23.000% a venda de seus produtos depois que os liberou (em alta resolução) em seu canal no Youtube.
Declaração de Hamburgo
A internet prejudica as relações sociais?
Por Alex Primo
Essa é uma das perguntas que mais escuto de jornalistas. Acho muito curioso, pois a questão traz um interessante paradoxo: nunca se interagiu tanto e talvez nunca se tenha escrito tantas missivas, então como a tecnologia pode ter nos afastado uns dos outros?
A coleção de "amigos" no orkut e o gabar-se pelo alto volume de seguidores no Twitter não seria um sinal de que hoje se valoriza mais a quantidade de conexões do que a qualidade dos laços sociais?
Essas e outras tantas questões me incentivaram a estudar a amizade e sua atualização em tempos de cibercultura. Esse será o tema de minha fala semana que vem no III Simpósio da ABCiber (Associação Brasileira de Pesquisadores em Cibercultura).
É justamente nesse contexto que fiquei muito satisfeito ao receber o link para esta interessante palestra do TED sobre relações sociais mediadas por computador. Apesar de grandes listas de contatos (no MSN, orkut, Twitter, etc.), as pessoas de fato interagem ativamente com um pequeno punhado de pessoas. Vale a pena assistir esta curta palestra de Stefana Broadbent.
Essa é uma das perguntas que mais escuto de jornalistas. Acho muito curioso, pois a questão traz um interessante paradoxo: nunca se interagiu tanto e talvez nunca se tenha escrito tantas missivas, então como a tecnologia pode ter nos afastado uns dos outros?
A coleção de "amigos" no orkut e o gabar-se pelo alto volume de seguidores no Twitter não seria um sinal de que hoje se valoriza mais a quantidade de conexões do que a qualidade dos laços sociais?
Essas e outras tantas questões me incentivaram a estudar a amizade e sua atualização em tempos de cibercultura. Esse será o tema de minha fala semana que vem no III Simpósio da ABCiber (Associação Brasileira de Pesquisadores em Cibercultura).
É justamente nesse contexto que fiquei muito satisfeito ao receber o link para esta interessante palestra do TED sobre relações sociais mediadas por computador. Apesar de grandes listas de contatos (no MSN, orkut, Twitter, etc.), as pessoas de fato interagem ativamente com um pequeno punhado de pessoas. Vale a pena assistir esta curta palestra de Stefana Broadbent.
sábado, 7 de novembro de 2009
Cidadania e Redes digitais. Muito controle e falsa liberdade.
O Seminário Cidadania e Redes Digitais promovido pela Faculdade Cásper Líbero nos dias 4 e 5 de novembro contou com a presença de pesquisadores, estudiosos em comunicação digital e profissionais do exterior e do Brasil. Um dos momentos mais importante foi o debate sobre SOCIEDADE DE CONTROLE, BIOPODER E ANONIMATO entre LAYMERT GARCIA DOS SANTOS (UNICAMP) SERGIO AMADEU DA SILVEIRA (FCL) e ALEXANDER GALLOWAY (NYU). Reproduzo na íntegra entrevista com o professor da Universidade de Nova York, Alexander Galloway.
Do IDG Now!
Você se sente totalmente satisfeito quando navega pela internet amparado pelo conceito de livre expressão e movimentação? Quando abre seu navegador, Alexander Galloway, professor do departamento de cultura e comunicação da Universidade de Nova York, não divide da mesma certeza.
No sentido inverso à expressão e mobilização sem limites na internet, Galloway vê controles em ambientes digitais por meio da dominação de certas tecnologias (a altíssima penetração do TCP/IP, por exemplo, é preocupante, argumenta) e analisa a mudança na hierarquia após a popularização da web.
Em visita ao Brasil para participar do segundo seminário Cidadania e Redes Digitais, promovido pela Faculdade Cásper Líbero, Galloway destrinchou também a nova postura de resistência que deve acompanhar a quebra da hierarquia vertical, praticada até então por grandes corporações, governos e igrejas.
A filosofia hacker, defende, tenta explorar falhas em sistemas para que, dentro deles, descentralizem a inevitável formação de centros de poder em uma mídia que, teoricamente, daria a todos a mesma capacidade de expressão e movimentação.
Nesta entrevista concedida ao IDG Now!, Galloway também equipara o poderio de empresas responsáveis pela infra-estrutura técnica ao de governos e detalha a nova topologia da hierarquia online.
Ao contrário do senso comum da liberdade irrestrita da internet, você argumenta que os ambientes digitais são altamente controlados. Porque?
Bom, eu acho que é livre no sentido de movimentos livres, de abertura. O problema é que não acho que abertura e livre movimentação e expressão são incompatíveis com controle e organização. O que tento explorar nos meus escritos é como entendemos a organização do sistema que não se apóia na repressão, na disciplina ou na punição de indivíduos para estabelecer (relações de) poder ou controle. (Interessa-me) como podemos entender o cenário atualmente, um no qual abertura é permitida e promovida, transparência é permitida e promovida e expressão livre do indivíduo é permitida e promovida, mas, ainda assim, temos uma estrutura altamente organizada e controlada.
Que poder os protocolos têm no controle desta organização?
Geralmente abordo três perspectivas distintas do poder: o comercial, que tem muito poder especialmente no século 20; o poder governamental ou jurídico; e o poder técnico da infra-estrutura, algo sobre a qual não se fala muito, particularmente após o aumento na importância das redes nas três últimas décadas do século 20. Minha opinião é que a infra-estrutura técnica é um ator atualmente tão importante a ser considerados como os poderes corporativo, comercial ou governamental.
Que tipo de tecnologias são as mais relevantes neste controle?
Bom, acho que os protocolos de internet. É o tipo de linguagem mais singular e influente por causa da taxa extremamente alta de adoção no mundo. Por exemplo, o TCP/IP é a tecnologia que atingiu o maior grau de padronização e penetração que qualquer outra. Nenhum computador conectado à internet no planeta não faz parte deste conjunto.
Esta alta adoção não é boa, já que padroniza o acesso e impede o conflito entre dezenas de tecnologias proprietárias?
Sim. Existem vantagens e repercussões positivas disto. Mas acho que toda entidade singular, uniforme e única envolve perigos e conseqüências diretas. Para lhe dar uma analogia na história mundial, houve muitos casos de impérios, como o romano ou o britânico, em que sistemas operavam por uma padronização universal cujos efeitos negativos acabaram sendo a eliminação de especificadas e diferenças regionais.
Na modernidade, por exemplo, podemos fazer uma óbvia análise do desaparecimento de linguagens similar aos problemas ecológicos que estamos sofrendo agora e que trazem novas ameaças. Impérios são sedutores e trazem benefícios, mas também podem ser bastante sangrentos e destrutivos.
No livro “The Exploit” (editado pela University of Minnesota Press, sem edição para o português), você defende a importância de uma “resistência subversiva à rede” que poderia deslocar o controle central exercido sobre as redes. Como funciona este tipo de resistência?
Um conceito sobre o qual falei com Eugene Thacker (co-autor do livro) é um que vem da comunidade hacker, o do “explorar”. A noção básica é que, em ordem para intervir em um ambiente conectado, a resistência não é a melhor lugar para se ir. Talvez o melhor lugar para ir é, ao invés de parar, se aproveitar da máquina, explorando falhas ou problemas específicos ou características que compõem o sistema.
Ou seja, não construir uma máquina contrária para rivalizar com a original?
Sim, muito embora isto também seja um caminho. Um modelo antigo seria quebrar, travar ou sabotar a máquina pelo seu equipamento, em um movimento de resistência semelhante aos ludistas, por exemplo.
Nossa proposta é que, em um ambiente digital em rede, essas técnicas não são nada efetivas, já que redes distribuídas são construídas para evitarem bloqueios como este de maneira muito fácil e rápida. Se você constrói um muro, então a rede cria um caminho alternativo naturalmente, sem qualquer problema.
Nossa sugestão é “ok, vamos pensar em uma forma de agir politicamente que use se aproveite das características da rede”. Por isto preferimos teorias como a da aceleração à da resistência, em que você pressiona o sistema além das suas capacidades ao invés de debilita-lo ou restringi-lo.
Redes digitais se apóiam na criação de movimento. Se você tenta pará-lo, ela simplesmente desvia e te ignora. A questão é como você participa e fica em movimento. Talvez você tenha que se movimentar mais rapidamente ou de maneira diferente.
Isto quer dizer que, num ambiente de redes digitais, somos livres para que façamos o que quisermos, mas sempre sob vigilância alheia?
Sim. A transição de (Michel) Foulcault (filósofo francês que atrelava a punição ao cerceamento da liberdade) para (Gilles) Deleuze (também filósofo francês que defendia a liberdade humana controlada) é uma maneira perfeita de entender esta mudança histórica. Deleuze se foca no período moderno na maioria do seu trabalho, analisando as grandes instituições da modernidade, como a escola e o hospital, por exemplo, tendo como principal linha de condução a disciplina.
Ele admite que a proposta de Foucault é correta, mas defende que houve mudanças no século 20, principalmente nas noções de disciplina, repreensão e proibição que guiam o comportamento dos indivíduos. Essencialmente, ele abre caminho para um sistema que explora o contrário – em vez de disciplinar o corpo, você o libera.
Em vez da repressão do subconsciente, temos agora uma espécie de estágio neoliberal de expressão livre do indivíduo. E a palavra que Deleuze usa para personificar estas mudanças é controle, não mais disciplina.
O exemplo que ele usa é da rodovia: você pode se movimentar muito rápido e ir para onde quiser. Ainda assim, se você analisa uma estrada, é um sistema técnico altamente organizado e controlado: você tem que parar em certos momentos, respeitar a divisão de faixas, não pode bater nas outras pessoas...
Na era das redes digitais, a hierarquia morreu?
Acho que sim. No sentido clássico de hierarquia, no formato de uma pirâmide, explorado por instituições como a igreja, a maioria dos governos e as corporações. Talvez dizer que está totalmente morto seja muito extremo já que estes modelos antigos são muito resistentes. Concordo que, como instituições que se posicionam como líderes da sociedade, o conceito deu espaço para um em rede mais horizontal e não hierarquizado.
E uma das maiores importâncias das redes, fácil de ser esquecido, é que elas podem ser horizontais e rizomáticas, mas também têm sua própria tipologia. Elas podem acomodar tanto um centro de poder como uma distribuição rizomática. Você pode ter o Google, que é uma entidade incrivelmente central e controladora, mas faz seu dinheiro ao monetizar as diferentes formas da rede.
Palestrantes do evento:
Tim Wu (Columbia Law School)
Demi Getschko (PUC-SP)
Carlos Afonso (CGI.br)
Javier Bustamante Donas (Universidad Complutense Madrid)
Jomar Silva (ODF Alliance)
Eugênio Bucci (ECA-USP)
Langdon Winner (Rensselaer Polytechnic Institute)
Ronaldo Lemos (FGV-RJ)
Giuseppe Cocco (UFRJ)
Carlos Cecconi (W3C Brasil)
Henrique Antoun (UFRJ)
José Murilo Junior (Digital.br)
Fabio Botelho Josgrilberg (Metodista)
Franklin Coelho (Pirai Digital/UFF)
João Brant (Intervozes)
Laymert Garcia dos Santos (UNICAMP)
Sérgio Amadeu da Silveira (Faculdade Cásper Líbero)
Alexander Galloway (NYU)
Realização:
Grupo de Pesquisa e Comunicação, Tecnologia e Cultura de Rede
Coordenadoria de Pós-Graduação da Faculdade Cásper Líbero
Fórum da Cultura Digital Brasileira / MINC / RNP
Do IDG Now!
Você se sente totalmente satisfeito quando navega pela internet amparado pelo conceito de livre expressão e movimentação? Quando abre seu navegador, Alexander Galloway, professor do departamento de cultura e comunicação da Universidade de Nova York, não divide da mesma certeza.
No sentido inverso à expressão e mobilização sem limites na internet, Galloway vê controles em ambientes digitais por meio da dominação de certas tecnologias (a altíssima penetração do TCP/IP, por exemplo, é preocupante, argumenta) e analisa a mudança na hierarquia após a popularização da web.
Em visita ao Brasil para participar do segundo seminário Cidadania e Redes Digitais, promovido pela Faculdade Cásper Líbero, Galloway destrinchou também a nova postura de resistência que deve acompanhar a quebra da hierarquia vertical, praticada até então por grandes corporações, governos e igrejas.
A filosofia hacker, defende, tenta explorar falhas em sistemas para que, dentro deles, descentralizem a inevitável formação de centros de poder em uma mídia que, teoricamente, daria a todos a mesma capacidade de expressão e movimentação.
Nesta entrevista concedida ao IDG Now!, Galloway também equipara o poderio de empresas responsáveis pela infra-estrutura técnica ao de governos e detalha a nova topologia da hierarquia online.
Ao contrário do senso comum da liberdade irrestrita da internet, você argumenta que os ambientes digitais são altamente controlados. Porque?
Bom, eu acho que é livre no sentido de movimentos livres, de abertura. O problema é que não acho que abertura e livre movimentação e expressão são incompatíveis com controle e organização. O que tento explorar nos meus escritos é como entendemos a organização do sistema que não se apóia na repressão, na disciplina ou na punição de indivíduos para estabelecer (relações de) poder ou controle. (Interessa-me) como podemos entender o cenário atualmente, um no qual abertura é permitida e promovida, transparência é permitida e promovida e expressão livre do indivíduo é permitida e promovida, mas, ainda assim, temos uma estrutura altamente organizada e controlada.
Que poder os protocolos têm no controle desta organização?
Geralmente abordo três perspectivas distintas do poder: o comercial, que tem muito poder especialmente no século 20; o poder governamental ou jurídico; e o poder técnico da infra-estrutura, algo sobre a qual não se fala muito, particularmente após o aumento na importância das redes nas três últimas décadas do século 20. Minha opinião é que a infra-estrutura técnica é um ator atualmente tão importante a ser considerados como os poderes corporativo, comercial ou governamental.
Que tipo de tecnologias são as mais relevantes neste controle?
Bom, acho que os protocolos de internet. É o tipo de linguagem mais singular e influente por causa da taxa extremamente alta de adoção no mundo. Por exemplo, o TCP/IP é a tecnologia que atingiu o maior grau de padronização e penetração que qualquer outra. Nenhum computador conectado à internet no planeta não faz parte deste conjunto.
Esta alta adoção não é boa, já que padroniza o acesso e impede o conflito entre dezenas de tecnologias proprietárias?
Sim. Existem vantagens e repercussões positivas disto. Mas acho que toda entidade singular, uniforme e única envolve perigos e conseqüências diretas. Para lhe dar uma analogia na história mundial, houve muitos casos de impérios, como o romano ou o britânico, em que sistemas operavam por uma padronização universal cujos efeitos negativos acabaram sendo a eliminação de especificadas e diferenças regionais.
Na modernidade, por exemplo, podemos fazer uma óbvia análise do desaparecimento de linguagens similar aos problemas ecológicos que estamos sofrendo agora e que trazem novas ameaças. Impérios são sedutores e trazem benefícios, mas também podem ser bastante sangrentos e destrutivos.
No livro “The Exploit” (editado pela University of Minnesota Press, sem edição para o português), você defende a importância de uma “resistência subversiva à rede” que poderia deslocar o controle central exercido sobre as redes. Como funciona este tipo de resistência?
Um conceito sobre o qual falei com Eugene Thacker (co-autor do livro) é um que vem da comunidade hacker, o do “explorar”. A noção básica é que, em ordem para intervir em um ambiente conectado, a resistência não é a melhor lugar para se ir. Talvez o melhor lugar para ir é, ao invés de parar, se aproveitar da máquina, explorando falhas ou problemas específicos ou características que compõem o sistema.
Ou seja, não construir uma máquina contrária para rivalizar com a original?
Sim, muito embora isto também seja um caminho. Um modelo antigo seria quebrar, travar ou sabotar a máquina pelo seu equipamento, em um movimento de resistência semelhante aos ludistas, por exemplo.
Nossa proposta é que, em um ambiente digital em rede, essas técnicas não são nada efetivas, já que redes distribuídas são construídas para evitarem bloqueios como este de maneira muito fácil e rápida. Se você constrói um muro, então a rede cria um caminho alternativo naturalmente, sem qualquer problema.
Nossa sugestão é “ok, vamos pensar em uma forma de agir politicamente que use se aproveite das características da rede”. Por isto preferimos teorias como a da aceleração à da resistência, em que você pressiona o sistema além das suas capacidades ao invés de debilita-lo ou restringi-lo.
Redes digitais se apóiam na criação de movimento. Se você tenta pará-lo, ela simplesmente desvia e te ignora. A questão é como você participa e fica em movimento. Talvez você tenha que se movimentar mais rapidamente ou de maneira diferente.
Isto quer dizer que, num ambiente de redes digitais, somos livres para que façamos o que quisermos, mas sempre sob vigilância alheia?
Sim. A transição de (Michel) Foulcault (filósofo francês que atrelava a punição ao cerceamento da liberdade) para (Gilles) Deleuze (também filósofo francês que defendia a liberdade humana controlada) é uma maneira perfeita de entender esta mudança histórica. Deleuze se foca no período moderno na maioria do seu trabalho, analisando as grandes instituições da modernidade, como a escola e o hospital, por exemplo, tendo como principal linha de condução a disciplina.
Ele admite que a proposta de Foucault é correta, mas defende que houve mudanças no século 20, principalmente nas noções de disciplina, repreensão e proibição que guiam o comportamento dos indivíduos. Essencialmente, ele abre caminho para um sistema que explora o contrário – em vez de disciplinar o corpo, você o libera.
Em vez da repressão do subconsciente, temos agora uma espécie de estágio neoliberal de expressão livre do indivíduo. E a palavra que Deleuze usa para personificar estas mudanças é controle, não mais disciplina.
O exemplo que ele usa é da rodovia: você pode se movimentar muito rápido e ir para onde quiser. Ainda assim, se você analisa uma estrada, é um sistema técnico altamente organizado e controlado: você tem que parar em certos momentos, respeitar a divisão de faixas, não pode bater nas outras pessoas...
Na era das redes digitais, a hierarquia morreu?
Acho que sim. No sentido clássico de hierarquia, no formato de uma pirâmide, explorado por instituições como a igreja, a maioria dos governos e as corporações. Talvez dizer que está totalmente morto seja muito extremo já que estes modelos antigos são muito resistentes. Concordo que, como instituições que se posicionam como líderes da sociedade, o conceito deu espaço para um em rede mais horizontal e não hierarquizado.
E uma das maiores importâncias das redes, fácil de ser esquecido, é que elas podem ser horizontais e rizomáticas, mas também têm sua própria tipologia. Elas podem acomodar tanto um centro de poder como uma distribuição rizomática. Você pode ter o Google, que é uma entidade incrivelmente central e controladora, mas faz seu dinheiro ao monetizar as diferentes formas da rede.
Palestrantes do evento:
Tim Wu (Columbia Law School)
Demi Getschko (PUC-SP)
Carlos Afonso (CGI.br)
Javier Bustamante Donas (Universidad Complutense Madrid)
Jomar Silva (ODF Alliance)
Eugênio Bucci (ECA-USP)
Langdon Winner (Rensselaer Polytechnic Institute)
Ronaldo Lemos (FGV-RJ)
Giuseppe Cocco (UFRJ)
Carlos Cecconi (W3C Brasil)
Henrique Antoun (UFRJ)
José Murilo Junior (Digital.br)
Fabio Botelho Josgrilberg (Metodista)
Franklin Coelho (Pirai Digital/UFF)
João Brant (Intervozes)
Laymert Garcia dos Santos (UNICAMP)
Sérgio Amadeu da Silveira (Faculdade Cásper Líbero)
Alexander Galloway (NYU)
Realização:
Grupo de Pesquisa e Comunicação, Tecnologia e Cultura de Rede
Coordenadoria de Pós-Graduação da Faculdade Cásper Líbero
Fórum da Cultura Digital Brasileira / MINC / RNP
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Google Dashboard. O quê eles realmente sabem sobre você?
Não é novidade que nossos atos na internet sempre deixam rastros. Um imenso banco de dados se torna disponível na rede sobre nossos interesses, preferências, gostos, etc. Uma espécie de "vigilância" contra o "aparente" anonimato e "liberdade" que fundamentou os pricípios da evolução das relações entre pessoas num mundo conectado desde a criação ou invenção do World Wide Web (www) pelo inglês Tim Berners-Lee. Mas a realidade atualmente nos mostra o perigo de sermos monitorados, seja por empresas ou governos. Querem nos impor leis para "garantir" os diretos do copyright, ou nos apavoram com "crimes" de pedofilia, quando na verdade a intenção é cada vez mais descobrir nosso registro de identidade. Ou invadir a privacidade dos cidadãos. O Google sempre se mostrou "libertário", com o único objetivo de construir e expandir o conhecimento humano e sem "pretensões" de "dominar o mundo". Acreditar totalmente nisso não é muito sensato. Cada clic que damos nesse "oráculo" aumenta seu poder. Há poucos anos hackers (lembrando sempre que crackers são os "piratas do mal" e hackers são do bem e os que realmente alimentam a rede com inovações tecnológicas baseadas na concepção de liberdade dos anos 60 e não as empresas, como é comum de se imaginar) inventaram um site para evitar que o Google "domine o mundo": O Scroogle, que "controla" o google. Tem proteção, faz uma capa e simula um usuário e passa para um servidor e desaparece para o google. Evita que o site de busca mais acessado do paneta saiba quem você é e que está trabalhando gratuitamente para ele, apesar de tentar te rastrear rapidamente.É só entrar , fazer a busca dentro do google como um usuário estranho, rápido e desaparecer.Você deve permanecer pouco tempo antes que o próprio google descubra. E o scroogle também é colaborativo.
Esse é apenas um entre vários exemplos da cautela e preocupação sobre como evitar deixar tantos rastros na internet que poderão se voltar, de certa forma, e por meio de conceitos mercadológicos e políticos, contra nós mesmos.
Mas o Google, sabendo dessas manifestações e críticas ainda tenta se mostrar transparente. Criou o The Google Dashboard , que "permite" que você tenha aceso ao seu próprio armazenamento de informações dentro dele ou "resumo dos dados armazenados", uma página que contém as estatísticas e informações sobre seus perfis nos serviços da empresa e seus hábitos de busca. É uma maneira simples e resumida de saber tudo o que o Google sabe sobre você. Acredito que a proposta é mais interessante na teoria do que na prática.
A página é dividida por serviço e possui links bem evidentes relacionados às políticas de privacidade e segurança, para tentar diminuir as reclamações. Portanto, cuidado. As pessoas que usam Gmail, Busca, Blogger, Agenda, Docs, Reader, Friend Connect, Talk, Tasks, Orkut, iGoogle, Youtube e Picasa podem ficar um pouco assustadas. Não deixa de ser uma tentativa de "mostrar" aos usuário os seus próprios direitos. Nada mais. Ou seja: nenhuma informação disponibilizada pelo “novo” serviço é exatamente nova.
Link: Mashable: http://mashable.com/2009/11/05/google-privacy-dashboard/
Para entender melhor esse serviço e tirar suas conclusões veja vídeo abaixo:
Esse é apenas um entre vários exemplos da cautela e preocupação sobre como evitar deixar tantos rastros na internet que poderão se voltar, de certa forma, e por meio de conceitos mercadológicos e políticos, contra nós mesmos.
Mas o Google, sabendo dessas manifestações e críticas ainda tenta se mostrar transparente. Criou o The Google Dashboard , que "permite" que você tenha aceso ao seu próprio armazenamento de informações dentro dele ou "resumo dos dados armazenados", uma página que contém as estatísticas e informações sobre seus perfis nos serviços da empresa e seus hábitos de busca. É uma maneira simples e resumida de saber tudo o que o Google sabe sobre você. Acredito que a proposta é mais interessante na teoria do que na prática.
A página é dividida por serviço e possui links bem evidentes relacionados às políticas de privacidade e segurança, para tentar diminuir as reclamações. Portanto, cuidado. As pessoas que usam Gmail, Busca, Blogger, Agenda, Docs, Reader, Friend Connect, Talk, Tasks, Orkut, iGoogle, Youtube e Picasa podem ficar um pouco assustadas. Não deixa de ser uma tentativa de "mostrar" aos usuário os seus próprios direitos. Nada mais. Ou seja: nenhuma informação disponibilizada pelo “novo” serviço é exatamente nova.
Link: Mashable: http://mashable.com/2009/11/05/google-privacy-dashboard/
Para entender melhor esse serviço e tirar suas conclusões veja vídeo abaixo:
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Pesquisa indica que a idade média do usuário do Facebook é 33 anos. Do twitteiro, 31.
Dezenove por cento dos usuários de internet afirmam que usam o Twitter, Facebook ou outro serviço parecido para compartilhar e receber informaçoes. É o que revela pesquisa da Princeton Survey Research International, indicando crescimento de 8% das mídias sociais em comparaçao com dados de abril deste ano e dezembro de 2008. Os resultados do estudo, que entrevistou cerca de 2 mil adultos, correspondem às expectativas de sites como o Twitter - que espera reunir 25 milhoes de usuários até o fim do ano e 100 milhoes até o final de 2010. A pesquisa também concluiu que os usuários do Facebook estao ficando mais velhos - a média de idade é de 33 anos (em maio de 2008 era 26), enquanto que, para o Twitter, é de 31.
Notícia do Media Guardian
Notícia do Media Guardian
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
Convite. Seminário de TVD - UFPE
Do blog ITV-Interactive tv, administrado pelo professor Valdecir Becker e Günter Herweg e patrocinado pela ITV Produções Interativas, empresa especializada em treinamentos e desenvolvimentos para o novo mercado da interatividade na televisão.
Vergonha!!! Falta de recursos pode deixar São Paulo de fora da Confecom.
Confecom
Telaviva:
Com o início das etapas nacionais nesta semana, mais um assunto polêmico surgiu nas discussões da comissão organizadora nacional da Confecom. Diversos estados têm feito apelos por recursos para a realização das conferências entre eles São Paulo. O estado mais rico da federação tem tido problemas em participar da conferência e quase não houve convocação estadual. A convocação acabou sendo feita pela Assembléia Legislativa do estado, que agora reclama não ter recursos para garantir a realização do encontro.
Por enquanto, não há qualquer disposição da comissão organizadora nacional de enviar verbas para o estado realizar o evento. O entendimento do presidente da comissão, o consultor jurídico do Ministério das Comunicações, Marcelo Bechara, é qu, quem convocou a conferência é o responsável por realizá-la. No caso de São Paulo, a responsabilidade é da Assembléia Legislativa.
O temor de que o estado acabe não realizando a etapa preliminar fez com que algumas entidades apelassem à comissão o envio de recursos. Mas, para Bechara, isso seria injusto com os outros estados que também estariam em dificuldades para realizar os eventos. "Não posso dar um tratamento especial a São Paulo e não atender os outros estados", afirmou.
Até o momento, apenas três estados receberão uma pequena ajuda financeira do governo federal para realizar a pré-conferência. São eles Tocantins, Rondônia e Santa Catarina. O motivo do tratamento diferenciado é simples: nesses três estados quem fez a convocação extraoficialmente foi a comissão nacional. Assim, o governo federal se sente responsável pela realização dessas etapas.
O estado do Amazonas passou pelo mesmo tipo de convocação nacional, mas no último dia do prazo o governo local fez uma convocação própria o que retirou a responsabilidade federal sobre a realização do evento. Tocantins, que passa por uma situação de instabilidade política com a troca do governador, também já sinalizou interesse em assumir o evento por meio da Assembléia Legislativa, mas a situação ainda não foi resolvida.
Caso algum estado deixe de fazer a etapa local, há uma previsão de indicação de delegados para que haja representatividade de todas as unidades da federação. Essa indicação garante uma participação simbólica de aproximadamente três representantes por segmento.
Telaviva:
Com o início das etapas nacionais nesta semana, mais um assunto polêmico surgiu nas discussões da comissão organizadora nacional da Confecom. Diversos estados têm feito apelos por recursos para a realização das conferências entre eles São Paulo. O estado mais rico da federação tem tido problemas em participar da conferência e quase não houve convocação estadual. A convocação acabou sendo feita pela Assembléia Legislativa do estado, que agora reclama não ter recursos para garantir a realização do encontro.
Por enquanto, não há qualquer disposição da comissão organizadora nacional de enviar verbas para o estado realizar o evento. O entendimento do presidente da comissão, o consultor jurídico do Ministério das Comunicações, Marcelo Bechara, é qu, quem convocou a conferência é o responsável por realizá-la. No caso de São Paulo, a responsabilidade é da Assembléia Legislativa.
O temor de que o estado acabe não realizando a etapa preliminar fez com que algumas entidades apelassem à comissão o envio de recursos. Mas, para Bechara, isso seria injusto com os outros estados que também estariam em dificuldades para realizar os eventos. "Não posso dar um tratamento especial a São Paulo e não atender os outros estados", afirmou.
Até o momento, apenas três estados receberão uma pequena ajuda financeira do governo federal para realizar a pré-conferência. São eles Tocantins, Rondônia e Santa Catarina. O motivo do tratamento diferenciado é simples: nesses três estados quem fez a convocação extraoficialmente foi a comissão nacional. Assim, o governo federal se sente responsável pela realização dessas etapas.
O estado do Amazonas passou pelo mesmo tipo de convocação nacional, mas no último dia do prazo o governo local fez uma convocação própria o que retirou a responsabilidade federal sobre a realização do evento. Tocantins, que passa por uma situação de instabilidade política com a troca do governador, também já sinalizou interesse em assumir o evento por meio da Assembléia Legislativa, mas a situação ainda não foi resolvida.
Caso algum estado deixe de fazer a etapa local, há uma previsão de indicação de delegados para que haja representatividade de todas as unidades da federação. Essa indicação garante uma participação simbólica de aproximadamente três representantes por segmento.
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Jornalismo cidadão. Fim do Soitu.es.
Um dos projetos informativos mais interessantes na web acabou. O site espanhol Soitu.es fechou apenas 22 meses depois do seu lançamento. Pelo meio ganharam dois prémios da Online News Association, um lugar no News Museum em Washington, e viram o seu design ser reconhecido pela Society of News Design.Foi interessante, intenso, arriscado, mas falhou. Inovação que nem sempre gera rentabilidade ou sobriviverão apenas projetos já ligados a grandes empresas midiáticas? Como "monetizar" o chamado jornalismo cidadão se, nesse caso, as principais moedas são reputação e influência? O grande desafio atual é combinar mídia nova e social com o antigo modelo de produção de informação?
A dificuldade está em sempre lembrar que colaboração e a atividade do jornalista profissional e vice-versa devem caminhar em conjunto. Sem sectarismos. Combinar conteúdo gerado por usuário junto a conteúdo gerado por profissionais. Afinal, o chamado "Jornalismo Colaborativo" sempre existiu, apenas de forma diferente da atual.
Há teorias ou lições sobre o encerramento do site Soitu.es:
1. Não depender de um uníco acionista (especialmente se for um banco) no caso: Grupo BBVA
2. Começar pequeno.
3. Não depender apenas de publicidade.
O iReport, da CNN se constituiu, assim, no melhor exemplo. Consegue inserir e contextualizar o material e as informações enviadas pelos telespectadores em sua agenda.
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Escada Piano...The Fun Theory.
The Fun Theory
http://www.rolighetsteorin.se/en/
CARNET DE NOTES
By, André Lemos. Especialista em estudos de Cultura de Rede.
Professor Associado da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia, Brasil. Doutor em Sociologia, Sorbonne (1995), Visiting Scholar da Universidade de Alberta e McGill University, Canadá (2007-2008). Coordenador do Grupo de Investigação Cibernética (UFBa / CNPq) e pesquisador nível 1 do CNPq. Membro do Prix Ars Electronica, Wi. Journal of Mobile Media e Canadian Journal of Communication Board. Este blog "caderneta" está online desde 1 de março de 2001.
Vejam como exemplo dessa dimensão locativa sonora essa "escada-piano" na Suécia para estimular as pessoas a se movimentarem. Segundo informações, o uso da escada aumentou em 66%. Dica do Macello Medeiros, que agradeço.
"Discutíamos ontem do GPC como os sons podem criar sentido de lugar. A discussão era sobre os dispositivos móveis tipo celulares e mp3. Bull já havia mostrado como, desde o walkman, esses dispositivos criam uma verdadeira trilha sonora para o mundo. Mais ainda é pouco explorado como esses dispositivos podem criar sentimentos de pertencimento a um lugar, vivências específicas no lugar em meio a mobilidade e a um suposto isolamento. Para além da força "isolante" dos mp3 players (que é supervalorizada e que deve ser pensada em termos de momentos - ninguém se torna um ser anti-social por usar dispositivos portáties de música, mas posso me isolar agora e não depois, etc.), devemos pensar em suas capacidades sociais (trocas de informações, compartilhamento de fones de ouvido, dicas de sites para baixar música), mas também em sua dimensão locativa, como marca de um lugar, como indexador que produz sentido espacial, mesmo em mobilidade - um som me lembra um lugar, estar em um lugar me lembra determinada música, um som em um lugar desperta determinadas emoções, etc..."
http://www.rolighetsteorin.se/en/
CARNET DE NOTES
By, André Lemos. Especialista em estudos de Cultura de Rede.
Professor Associado da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia, Brasil. Doutor em Sociologia, Sorbonne (1995), Visiting Scholar da Universidade de Alberta e McGill University, Canadá (2007-2008). Coordenador do Grupo de Investigação Cibernética (UFBa / CNPq) e pesquisador nível 1 do CNPq. Membro do Prix Ars Electronica, Wi. Journal of Mobile Media e Canadian Journal of Communication Board. Este blog "caderneta" está online desde 1 de março de 2001.
Vejam como exemplo dessa dimensão locativa sonora essa "escada-piano" na Suécia para estimular as pessoas a se movimentarem. Segundo informações, o uso da escada aumentou em 66%. Dica do Macello Medeiros, que agradeço.
"Discutíamos ontem do GPC como os sons podem criar sentido de lugar. A discussão era sobre os dispositivos móveis tipo celulares e mp3. Bull já havia mostrado como, desde o walkman, esses dispositivos criam uma verdadeira trilha sonora para o mundo. Mais ainda é pouco explorado como esses dispositivos podem criar sentimentos de pertencimento a um lugar, vivências específicas no lugar em meio a mobilidade e a um suposto isolamento. Para além da força "isolante" dos mp3 players (que é supervalorizada e que deve ser pensada em termos de momentos - ninguém se torna um ser anti-social por usar dispositivos portáties de música, mas posso me isolar agora e não depois, etc.), devemos pensar em suas capacidades sociais (trocas de informações, compartilhamento de fones de ouvido, dicas de sites para baixar música), mas também em sua dimensão locativa, como marca de um lugar, como indexador que produz sentido espacial, mesmo em mobilidade - um som me lembra um lugar, estar em um lugar me lembra determinada música, um som em um lugar desperta determinadas emoções, etc..."
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Do Broadcast ao Socialcast:Como as redes estão transformando o mundo dos negócios.
PARA BAIXAR
Sob a consultoria de Jorge Felix, com licença de uso creative commons e organização do Manoel Fernandes, da Revista Bites, foi lançado pela W3 Editora o livro Do Broadcast ao Social Cast.
“Fruto de uma inspiração coletiva”, como diz o próprio Manoel, foram reunidos pensamentos, idéias, visões e conceitos de vários autores convidados sobre “como as redes estão transdormando o mundo dos negócios”.
“Quando Coca-Cola, Microsoft, IBM, Wal-Mart, LG, Nokia, Editora Abril, Tecnisa e Rede Globo entram com disposição nesse universo [das redes sociais], vale a pena refletir por que outras marcas ainda não tiveram coragem para fazer o mesmo movimento.” Manoel Fernandes
No livro me encontro ladeado por alguns dos meu próprios grurus de mercado como Bruno Fiorentini [Yahoo], Caio Túlio Costa [Fac. Casper Líbero], Marcos Souza Aranha [iChimps], Alessandro Barbosa Lima [E-Life], Romeo Busarello [Tecnisa], Marcelo Coutinho [Ibope/FGV], Silvio Meira [CESAR] e o próprio Manoel Fernandes, dentre vários outros.
“Se levarmos em conta que uma marca é, na sua essência, uma informação sobre um produto (e/ou quem o consome), e que ela está sempre associada a um determinado conteúdo que pode ser digitalizado (uma foto, uma música, um comercial, etc), temos uma primeira pista para empresas que desejam ser bem-sucedidas no mundo do socialcast: a marca deve agir para aumentar o capital social de alguns integrantes da sua rede de consumidores potenciais. Os anunciantes podem fazer isto através de iniciativas que aumentem a capacidade de comunicação dos indivíduos, permitam a eles adquirir (e exibir) expertise, utilizem seu conhecimento para vencer competições ou desenvolver processos colaborativos que podem resultar em gratificações de ordem emocional altruística (a satisfação de ajudar os outros), emocional competitiva (o reconhecimento da sua capacidade), operacional (maneiras mais eficientes de realizarem atividades importantes para eles) e/ou financeira.” Marcelo Coutinho.
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Sob a consultoria de Jorge Felix, com licença de uso creative commons e organização do Manoel Fernandes, da Revista Bites, foi lançado pela W3 Editora o livro Do Broadcast ao Social Cast.
“Fruto de uma inspiração coletiva”, como diz o próprio Manoel, foram reunidos pensamentos, idéias, visões e conceitos de vários autores convidados sobre “como as redes estão transdormando o mundo dos negócios”.
“Quando Coca-Cola, Microsoft, IBM, Wal-Mart, LG, Nokia, Editora Abril, Tecnisa e Rede Globo entram com disposição nesse universo [das redes sociais], vale a pena refletir por que outras marcas ainda não tiveram coragem para fazer o mesmo movimento.” Manoel Fernandes
No livro me encontro ladeado por alguns dos meu próprios grurus de mercado como Bruno Fiorentini [Yahoo], Caio Túlio Costa [Fac. Casper Líbero], Marcos Souza Aranha [iChimps], Alessandro Barbosa Lima [E-Life], Romeo Busarello [Tecnisa], Marcelo Coutinho [Ibope/FGV], Silvio Meira [CESAR] e o próprio Manoel Fernandes, dentre vários outros.
“Se levarmos em conta que uma marca é, na sua essência, uma informação sobre um produto (e/ou quem o consome), e que ela está sempre associada a um determinado conteúdo que pode ser digitalizado (uma foto, uma música, um comercial, etc), temos uma primeira pista para empresas que desejam ser bem-sucedidas no mundo do socialcast: a marca deve agir para aumentar o capital social de alguns integrantes da sua rede de consumidores potenciais. Os anunciantes podem fazer isto através de iniciativas que aumentem a capacidade de comunicação dos indivíduos, permitam a eles adquirir (e exibir) expertise, utilizem seu conhecimento para vencer competições ou desenvolver processos colaborativos que podem resultar em gratificações de ordem emocional altruística (a satisfação de ajudar os outros), emocional competitiva (o reconhecimento da sua capacidade), operacional (maneiras mais eficientes de realizarem atividades importantes para eles) e/ou financeira.” Marcelo Coutinho.
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Google prepara ferramenta para buscar informações em redes sociais.
E-mail Imprima Comente Erros? DEL.ICIO.US GOOGLE BOOKMARKS FACEBOOK ... Após acordo com Twitter, Google anuncia que lançará Social Search nas próximas semanas para buscar informações de contatos em rede sociais.
O Google anunciou que está desenvolvendo uma nova ferramenta de busca, chamada Social Search, que procurará informações publicadas dentro das redes sociais em que o usuário está inscrito.
A informação foi divulgada pela vice-presidente de busca e experiência do usuário, Marissa Mayes, durante o evento Web 2.0 Summit, que acontece em São Francisco entre os dias 20 e 22 de outubro, segundo o blog TechCrunch.
O Social Share será lançado inicialmente dentro do Google Labs, onde o buscador apresenta tecnologias e serviços ainda em desenvolvimento que não estão preparados para o lançamento comercial.
O buscador usará como base informações customizadas no Google Profile, onde o usuário monta um cartão de visitas online, indicando redes sociais onde é inscrito, itens compartilhados no Google Reader, links para seu blog ou site e outros dados pessoais.
Ao cadastrar seu perfil no FriendFeed, por exemplo, o usuário verá resultados de seus contatos no serviço de agregação de conteúdo ao fazer buscas no serviço convencional do Google.
Mayer afirmou que é provável que a nova ferramenta funcione apenas com redes sociais cujos dados são abertos, o que, teoricamente, excluiria informações de redes como Orkut e Facebook caso o usuário não desse sua autorização.
Segundo a executiva, o Social Search será lançado nas próximas semanas.
No mesmo dia em que revelou o Social Search, o Google anunciou que fechou contrato com o Twitter para integrar o feed de mensagens do serviço de microblog nos resultados da sua busca.
Horas antes, a Microsoft anunciou acordo semelhante com o Twitter e já colocou no ar um serviço onde a tecnologia por trás do buscador Bing é usada para navegação nas mensagens curtas do Twitter.
Além do Twitter, a Microsoft anunciou acordo também com o Facebook para que atualizações publicadas pelo usuário, conhecidas como status dentro da rede social, sejam integradas aos resultados de busca do Bing.
Fonte: Redação do IDG Now!
O Google anunciou que está desenvolvendo uma nova ferramenta de busca, chamada Social Search, que procurará informações publicadas dentro das redes sociais em que o usuário está inscrito.
A informação foi divulgada pela vice-presidente de busca e experiência do usuário, Marissa Mayes, durante o evento Web 2.0 Summit, que acontece em São Francisco entre os dias 20 e 22 de outubro, segundo o blog TechCrunch.
O Social Share será lançado inicialmente dentro do Google Labs, onde o buscador apresenta tecnologias e serviços ainda em desenvolvimento que não estão preparados para o lançamento comercial.
O buscador usará como base informações customizadas no Google Profile, onde o usuário monta um cartão de visitas online, indicando redes sociais onde é inscrito, itens compartilhados no Google Reader, links para seu blog ou site e outros dados pessoais.
Ao cadastrar seu perfil no FriendFeed, por exemplo, o usuário verá resultados de seus contatos no serviço de agregação de conteúdo ao fazer buscas no serviço convencional do Google.
Mayer afirmou que é provável que a nova ferramenta funcione apenas com redes sociais cujos dados são abertos, o que, teoricamente, excluiria informações de redes como Orkut e Facebook caso o usuário não desse sua autorização.
Segundo a executiva, o Social Search será lançado nas próximas semanas.
No mesmo dia em que revelou o Social Search, o Google anunciou que fechou contrato com o Twitter para integrar o feed de mensagens do serviço de microblog nos resultados da sua busca.
Horas antes, a Microsoft anunciou acordo semelhante com o Twitter e já colocou no ar um serviço onde a tecnologia por trás do buscador Bing é usada para navegação nas mensagens curtas do Twitter.
Além do Twitter, a Microsoft anunciou acordo também com o Facebook para que atualizações publicadas pelo usuário, conhecidas como status dentro da rede social, sejam integradas aos resultados de busca do Bing.
Fonte: Redação do IDG Now!
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
CEO do Twitter diz que valor do seu negócio está na troca de informações e na mobilidade.
Os olhos da indústria de tecnologia da informação e Internet dos EUA estão voltados para o Twitter, a rede social que mais cresce no mundo, especialmente nos últimos 12 meses. Mas a grande questão é: o Twitter vai fazer dinheiro? Como? Essa foi a pergunta feita a Evan Williams, CEO da empresas desde o final de 2008, durante o Web 2.0 Summit, que acontece esta semana em São Francisco. Williams deu uma resposta evasiva e diplomática para a questão: "Hoje, estamos 97% dedicados a melhorar nossos serviços. Não estamos concentrados no modelo de negócios agora, para não perder o foco", disse o executivo. Mas ele deu dicas do que está sendo preparado nos outros 3% de "esforço" dos executivos do Twitter. "O Twitter não é uma rede social, é uma rede de informação, e muitas empresas o usam para informar seus consumidores. Podemos ganhar dinheiro aí", disse Williams. Ele também lembrou que a publicidade é uma possibilidade, e que não pensa em utilizar o padrão de uso de seus usuários para ganhar dinheiro. "Mas temos grupos de usuários que se comportam de maneira semelhante, e isso pode ser monetizado", disse.
Evan William ressaltou ainda que EUA, Reino Unido, Brasil, Indonésia, Japão e Índia são, hoje, os principais mercados para o Twitter. Ao final de sua apresentação, o executivo respondeu, com exclusividade, a algumas perguntas desse noticiário:
TI INSIDE - Vocês são muito populares no Brasil. Não temem que aconteça com o Twitter o que aconteceu com o Orkut e que uma invasão de brasileiros prejudique a estratégia global de vocês?
Evan Williams - Não olhamos isso de maneira negativa e os brasileiros são bem-vindos. Estamos crescendo muito lá e isso nos deixa felizes. O Orkut tem muitos brasileiros e isso não é necessariamente ruim.
TI INSIDE - Mas o Orkut não é forte em outros países como outras redes sociais.
Evan Williams - Mas isso definitivamente não é culpa dos brasileiros. O Twitter, de qualquer maneira, é mais balanceado. Fazer sucesso no Brasil não significa ser mal sucedido em outros países.
TI INSIDE - Você mencionou em sua apresentação que o Twitter não é uma rede social, mas uma rede de informação. O que significa isso?
Evan Williams - Significa que as pessoas não estão usando o Twitter necessariamente para falar entre si. Estão lá para dizer o que acontece. A forma como ele foi desenhado é para permitir que as pessoas tenham informações de quem elas conhecem e de quem elas não conhecem. Qualquer informação que se torne pública é rapidamente difundida.
TI INSIDE - Boa parte do acesso ao Twitter se dê através de redes móveis. Alguma chance de vocês obterem receitas de parcerias com as empresas de celular?
Evan Williams - Estamos muito animados com esse mercado móvel e achamos que há muito potencial.O Twitter tem mais valor para as pessoas se for acessível a qualquer momento. Receitas e lucro vêm de onde há mais valor, então essa é uma possibilidade, mas não é onde estamos concentrando esforços agora. Samuel Possebon, de São Francisco
Evan William ressaltou ainda que EUA, Reino Unido, Brasil, Indonésia, Japão e Índia são, hoje, os principais mercados para o Twitter. Ao final de sua apresentação, o executivo respondeu, com exclusividade, a algumas perguntas desse noticiário:
TI INSIDE - Vocês são muito populares no Brasil. Não temem que aconteça com o Twitter o que aconteceu com o Orkut e que uma invasão de brasileiros prejudique a estratégia global de vocês?
Evan Williams - Não olhamos isso de maneira negativa e os brasileiros são bem-vindos. Estamos crescendo muito lá e isso nos deixa felizes. O Orkut tem muitos brasileiros e isso não é necessariamente ruim.
TI INSIDE - Mas o Orkut não é forte em outros países como outras redes sociais.
Evan Williams - Mas isso definitivamente não é culpa dos brasileiros. O Twitter, de qualquer maneira, é mais balanceado. Fazer sucesso no Brasil não significa ser mal sucedido em outros países.
TI INSIDE - Você mencionou em sua apresentação que o Twitter não é uma rede social, mas uma rede de informação. O que significa isso?
Evan Williams - Significa que as pessoas não estão usando o Twitter necessariamente para falar entre si. Estão lá para dizer o que acontece. A forma como ele foi desenhado é para permitir que as pessoas tenham informações de quem elas conhecem e de quem elas não conhecem. Qualquer informação que se torne pública é rapidamente difundida.
TI INSIDE - Boa parte do acesso ao Twitter se dê através de redes móveis. Alguma chance de vocês obterem receitas de parcerias com as empresas de celular?
Evan Williams - Estamos muito animados com esse mercado móvel e achamos que há muito potencial.O Twitter tem mais valor para as pessoas se for acessível a qualquer momento. Receitas e lucro vêm de onde há mais valor, então essa é uma possibilidade, mas não é onde estamos concentrando esforços agora. Samuel Possebon, de São Francisco
terça-feira, 20 de outubro de 2009
BBC cria pós editor de mídia social.
A necessidade de um editor, avaliador ou moderador em mídias sociais trabalhando dentro de redações de telejornais é uma questão importante quando os meios Intenet e TVs se conectam. Não somente para "garimpar " pautas, mas efetivamente entender o que o receptor está querendo dizer, como ele pode contribuir e ainda a mediação entre debates e idéias para o jornalismo cidadão, de relevância social. Não se trata do jornalista acompanhar ou difundir apenas suas idéias no twitter, facebook etc. Mídias sociais, assim, se estendem a video-audio-image-slide-texto-sharing como YouTube, Vimeo, Flickr, Slideshare, Ning, SoundCloud, Scribd, Twitter, Wikipedia, Ask500People, RSS Readers, widgets e afins.
Veja aqui algumas possibilidades que podem nortear uma estratégia editorial em mídias sociais.
A BBC está a estabelecendo uma nova posição na sua redação do Reino Unido, na tentativa de se ajustar a um novo panorama midiático.
A redaçao da BBC vai contar agora com um novo funcionário - o editor de mídia social. A iniciativa faz parte de um esforço maior da BBC para se adequar ao novo cenário da mídia mundial, onde as redes sociais desempenham papel importante na geraçao e distribuiçao de conteúdo. A rede também está trabalhando no relançamento de seu website, que deve dar mais ênfase às novas mídias. Com as novidades, espera entender o que realmente funciona nesse novo panorama e com isso ficar mais próxima do seu público.
O editor, que irá trabalhar na redação do Reino Unido, irá ajudar a organização a aprender a explorar e navegar nos meios de comunicação social. "Como muitas organizações de notícias, estamos no início de algo muito emocionante", explicou Nic Newman, expert em mídias futuras da BBC, tecnologia e jornalismo."Reconhecemos que os meios de comunicação social desempenham um papel importante. Com a nova posição estamos coordenando as melhores práticas. Nós pensamos que a decisão de nomear um editor de meios de comunicação social é a melhor maneira de entender o que funciona".
No mês passado, verificou-se que o BBC está trabalhando em um relançamento do seu site com uma maior ênfase na rede social.
Fonte: The Guardian
Veja aqui algumas possibilidades que podem nortear uma estratégia editorial em mídias sociais.
A BBC está a estabelecendo uma nova posição na sua redação do Reino Unido, na tentativa de se ajustar a um novo panorama midiático.
A redaçao da BBC vai contar agora com um novo funcionário - o editor de mídia social. A iniciativa faz parte de um esforço maior da BBC para se adequar ao novo cenário da mídia mundial, onde as redes sociais desempenham papel importante na geraçao e distribuiçao de conteúdo. A rede também está trabalhando no relançamento de seu website, que deve dar mais ênfase às novas mídias. Com as novidades, espera entender o que realmente funciona nesse novo panorama e com isso ficar mais próxima do seu público.
O editor, que irá trabalhar na redação do Reino Unido, irá ajudar a organização a aprender a explorar e navegar nos meios de comunicação social. "Como muitas organizações de notícias, estamos no início de algo muito emocionante", explicou Nic Newman, expert em mídias futuras da BBC, tecnologia e jornalismo."Reconhecemos que os meios de comunicação social desempenham um papel importante. Com a nova posição estamos coordenando as melhores práticas. Nós pensamos que a decisão de nomear um editor de meios de comunicação social é a melhor maneira de entender o que funciona".
No mês passado, verificou-se que o BBC está trabalhando em um relançamento do seu site com uma maior ênfase na rede social.
Fonte: The Guardian
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
Let's Talk: Jornalismo e Mídia Social
Há momentos em que a mudança tecnológica se alcança com uma idéia. Agora é um momento, com os meios de comunicação social, de transformar a maneira como as pessoas recebem e compartilhar notícias e informações. Não faz muito tempo que o conceito de jornalismo é uma conversa.A indústria de conteúdos precisa aprender com o público consumidor que quer interagir mais e contribuir. A idéia é de que apenas comentários, e chats ao vivo ou cartas ao editor não reperesenta a realidade atual. Então, a partir da "audiência" ou público interagindo com blogs, fotos, vídeos, tweets, entre outras vária mídias sociais, partimos para uma nova reflexão sobre a expressão "cidadão" e "jornalista" se juntarem em uma união mediado pela tecnologia"
By Melissa Ludtke, Nieman Foudantion for Jornalism at Harvard.
There are times when technological change catches up with an idea. Now is such a moment, as social media transform how people receive and share news and information. Just a few years back the notion of journalism being a conversation, not a lecture, wasn’t embraced widely in an industry content to transmit what reporters learned to audiences expected to consume it. Comfort with that notion grew as online comments and live chats assumed a role that Letters to the Editor once held on their own, albeit with greater anonymity and often less civility. Then, from the “audience” spilled forth blogs and photos, videos and tweets. Soon, the words “citizen” and “journalist” were joined in a marriage brokered by technology and nurtured by convenience as news organizations shed staff yet still needed to produce “content.”
With talking and sharing so much a part of the Web’s ethos, it’s the job of journalists to adapt. This means using these social media tools in ways that add value to what they do. In some newsrooms, it’s a try-everything-see-what-works approach. In others, there’s a more deliberate strategy: Specific tools are employed to reach different goals. With each method, the most effective schooling usually comes from outside the newsroom. In recounting the social media learning curve at NewWest.Net, Editor Courtney Lowery writes: “When we turned off the Twitter link to the Facebook page, one of our readers wrote: ‘tweets are not fb status posts. glad you got it.’ Loud and clear.”
Examples abound in our collection of stories about ways journalists are using social media to interact with sources and consumers. Cautionary flags get raised in our multifaceted exploration of emerging ethical issues and how credibility is earned on the Web. As he illuminates key principles for digital media literacy, “We the Media” author Dan Gillmor asserts that “we’ll need to transform ourselves from passive consumers of media into active users. And to accomplish that, we’ll have to instill throughout our society principles that add up to critical thinking and honorable behavior.”
Social media can bring greater depth and breadth to journalists’ work. What’s curious, however, is how seldom the word “journalism” seems to surface in the numerous forums about digital media. In her Nieman Reports’ essay, Geneva Overholser, director of the University of Southern California’s Annenberg School of Journalism, observed this dynamic at her school’s “Beyond Broadcast 09” conference in June. “Never in the three days we were together did I once hear the word ‘journalism’ mentioned,” she writes. [While its] “values and practices might be evident, the term itself is absent.” In this issue, the term is present, experiences are shared, and intersections of social media and journalism emerge.
By Melissa Ludtke, Editor
Nieman Foudantion for Jornalism at Harvard
http://www.nieman.harvard.edu/reports.aspx
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
Seminário Cidadania e Redes Digitais. Imperdível.Dias 4 e 5 de Novembro.
O Seminário Cidadania e Redes Digitais tem o objetivo maior de expor e debater a relação entre a manutenção e a expansão da cidadania e as tecnologias da informação e comunicação. Buscará discutir o atual cenário de transformações na comunicação ocorridas das redes informacionais e suas relações ambivalentes com a expansão da cidadania, com a consolidação de uma esfera pública interconectada, explorando principalmente a perspectiva dos teóricos da sociedade da informação, da sociedade do controle e da biopolítica
As inscrições para o Seminário Cidadania e Redes Digitais estão abertas no site da Cásper Líbero. O Seminário é gratuito e fornecerá certificado de participação para quem assistir no mínimo 4 das seis mesas que acontecerão nos dias 4 e 5 de novembro.
*PROTOCOLOS, CÓDIGOS E O PRINCÍPIO DA NEUTRALIDADE NA REDE
Um dos pontos centrais do debate será a análise do princípio de neutralidade da rede em relação às possibilidades de discriminar os fluxos informacionais, reivindicado pelos controladores da infra-estrutura de conexão. A mesa pretende discutir as consequências para os cidadãos dos possíveis desdobramentos dos embates pelo controle da rede.
*COMMONS NA ESFERA PÚBLICA INTERCONECTADA
As redes digitais expandiram as práticas colaborativas, construindo um cenário de destaque para os espaços de produção do comum e alteraram a própria esfera pública. A partir de perspectivas distintas, o comum será analisado no contexto da comunicação e das estratégias de ampliação da participação política. A mesa pretende discutir as contradições que emergem das possibilidades de compartilhamento de bens culturais e de novas estratégias de ação social jamais vistas antes da Internet e o aumento das tentativas de bloqueio tecnológico e de enrijecimento das legislações de copyright.
*PODER COMUNICACIONAL, ECOSSISTEMA DIGITAL E REPUTAÇÃO
A tentativa da mesa será debater o conceito de Manuel Castells de poder comunicacional e suas diversas implicações. Buscará, ainda, confrontar tal perspectiva com a noção empregada por Benkler de ecossistema digital, bem como suas implicações para a produção e manutenção da credibilidade das informações compartilhadas na esfera pública interconectada.
*WEB SEMÂNTICA, INTERATIVIDADE E CIDADANIA
A mesa pretende debater as possíveis mudanças nos níveis médios de interatividade diante das possibilidades da web semântica, bem como a tendência dos seus impactos e consequências para a esfera pública e para a cidadania. A discussão também terá como eixo a análise das aplicações da Web Semântica, os componentes básicos necessários para a sua implementação e a viabilidade e potencial cidadão.
*UBIQUIDADE, MOBILIDADE E CIDADANIA
A mesa debaterá as possibilidades e limites da cidadania no ambiente de convergência tecnológica, dos computadores coletivos móveis, da emergência da computação ubíqua, pervasiva e senciente. Será debatido também o potencial de ampliação dos direitos em relação as mudanças no ambiente urbano presencial e no acesso permanente ao ciberespaço, a partir das redes wireless abertas e do Open Spectrum. As cooperativas de conexão wireless, a disseminação do acesso à Internet pelos aparelhos celulares também serão avaliadas.
*SOCIEDADE DE CONTROLE, BIOPODER E ANONIMATO
O avanço das redes digitais ampliam as ambivalências da era informacional que pode ser analisada não somente da perspectiva da liberdade comunicacional, mas também dos aparatos e diagramas que conformam uma sociedade de controle. A mesa debaterá os significados e as implicações da comunicação anônima diante dos mecanismo tecnológicos e institucionais de vigilância
Realização:
Grupo de Pesquisa e Comunicação, Tecnologia e Cultura de Rede
Coordenadoria de Pós-Graduação da Faculdade Cásper Líbero
Fórum da Cultura Digital Brasileira / MINC / RNP
Agenda
http://www.facasper.com.br/pos/seminario/agenda.html
Inscrições
http://201.33.97.11/NetVest/FichaInscricao.aspx?CodVest=663
Participantes:
Tim Wu (Columbia Law School)
Demi Getschko (PUC-SP)
Carlos Afonso (CGI.br)
Javier Bustamante Donas (Universidad Complutense Madrid)
Jomar Silva (ODF Alliance)
Eugênio Bucci (ECA-USP)
Langdon Winner (Rensselaer Polytechnic Institute)
Ronaldo Lemos (FGV-RJ)
Giuseppe Cocco (UFRJ)
Carlos Cecconi (W3C Brasil)
Henrique Antoun (UFRJ)
José Murilo Junior (Digital.br)
Fabio Botelho Josgrilberg (Metodista)
Franklin Coelho (Pirai Digital/UFF)
João Brant (Intervozes)
Laymert Garcia dos Santos (UNICAMP)
Sérgio Amadeu da Silva (Faculdade Cásper Líbero)
Alexander Galloway (NYU)
As inscrições para o Seminário Cidadania e Redes Digitais estão abertas no site da Cásper Líbero. O Seminário é gratuito e fornecerá certificado de participação para quem assistir no mínimo 4 das seis mesas que acontecerão nos dias 4 e 5 de novembro.
*PROTOCOLOS, CÓDIGOS E O PRINCÍPIO DA NEUTRALIDADE NA REDE
Um dos pontos centrais do debate será a análise do princípio de neutralidade da rede em relação às possibilidades de discriminar os fluxos informacionais, reivindicado pelos controladores da infra-estrutura de conexão. A mesa pretende discutir as consequências para os cidadãos dos possíveis desdobramentos dos embates pelo controle da rede.
*COMMONS NA ESFERA PÚBLICA INTERCONECTADA
As redes digitais expandiram as práticas colaborativas, construindo um cenário de destaque para os espaços de produção do comum e alteraram a própria esfera pública. A partir de perspectivas distintas, o comum será analisado no contexto da comunicação e das estratégias de ampliação da participação política. A mesa pretende discutir as contradições que emergem das possibilidades de compartilhamento de bens culturais e de novas estratégias de ação social jamais vistas antes da Internet e o aumento das tentativas de bloqueio tecnológico e de enrijecimento das legislações de copyright.
*PODER COMUNICACIONAL, ECOSSISTEMA DIGITAL E REPUTAÇÃO
A tentativa da mesa será debater o conceito de Manuel Castells de poder comunicacional e suas diversas implicações. Buscará, ainda, confrontar tal perspectiva com a noção empregada por Benkler de ecossistema digital, bem como suas implicações para a produção e manutenção da credibilidade das informações compartilhadas na esfera pública interconectada.
*WEB SEMÂNTICA, INTERATIVIDADE E CIDADANIA
A mesa pretende debater as possíveis mudanças nos níveis médios de interatividade diante das possibilidades da web semântica, bem como a tendência dos seus impactos e consequências para a esfera pública e para a cidadania. A discussão também terá como eixo a análise das aplicações da Web Semântica, os componentes básicos necessários para a sua implementação e a viabilidade e potencial cidadão.
*UBIQUIDADE, MOBILIDADE E CIDADANIA
A mesa debaterá as possibilidades e limites da cidadania no ambiente de convergência tecnológica, dos computadores coletivos móveis, da emergência da computação ubíqua, pervasiva e senciente. Será debatido também o potencial de ampliação dos direitos em relação as mudanças no ambiente urbano presencial e no acesso permanente ao ciberespaço, a partir das redes wireless abertas e do Open Spectrum. As cooperativas de conexão wireless, a disseminação do acesso à Internet pelos aparelhos celulares também serão avaliadas.
*SOCIEDADE DE CONTROLE, BIOPODER E ANONIMATO
O avanço das redes digitais ampliam as ambivalências da era informacional que pode ser analisada não somente da perspectiva da liberdade comunicacional, mas também dos aparatos e diagramas que conformam uma sociedade de controle. A mesa debaterá os significados e as implicações da comunicação anônima diante dos mecanismo tecnológicos e institucionais de vigilância
Realização:
Grupo de Pesquisa e Comunicação, Tecnologia e Cultura de Rede
Coordenadoria de Pós-Graduação da Faculdade Cásper Líbero
Fórum da Cultura Digital Brasileira / MINC / RNP
Agenda
http://www.facasper.com.br/pos/seminario/agenda.html
Inscrições
http://201.33.97.11/NetVest/FichaInscricao.aspx?CodVest=663
Participantes:
Tim Wu (Columbia Law School)
Demi Getschko (PUC-SP)
Carlos Afonso (CGI.br)
Javier Bustamante Donas (Universidad Complutense Madrid)
Jomar Silva (ODF Alliance)
Eugênio Bucci (ECA-USP)
Langdon Winner (Rensselaer Polytechnic Institute)
Ronaldo Lemos (FGV-RJ)
Giuseppe Cocco (UFRJ)
Carlos Cecconi (W3C Brasil)
Henrique Antoun (UFRJ)
José Murilo Junior (Digital.br)
Fabio Botelho Josgrilberg (Metodista)
Franklin Coelho (Pirai Digital/UFF)
João Brant (Intervozes)
Laymert Garcia dos Santos (UNICAMP)
Sérgio Amadeu da Silva (Faculdade Cásper Líbero)
Alexander Galloway (NYU)
Porquê é tão difícil organizar a I Conferência Nacional de Comunicação?
A I Conferência Nacional de Comunicação terá como tema “Comunicação: meios para a construção de direitos e de cidadania na era digital”. A demanda por uma Conferência Nacional de Comunicação já existe há tempos, a partir da análise de que a comunicação precisa estabelecer mecanismos democráticos de formulação, monitoramento e acompanhamento das políticas públicas para o setor. Em um quadro de ausência de um marco regulatório consistente, a construção das poucas políticas de comunicação existentes se dá, atualmente, sem a efetiva participação da sociedade. O ministério das Comunicações e empresários, tentaram esvaziar ao máximo a participação dos setores da sociedade civil por motivos óbvios. É inadmissível que nosso páis ainda não teve um debate nacional desde o início do século XX, coma chegada e crecimento das empresas de radiodifusão, e últimamente dos grandes conglomerados midiáticos. Na questão da saúde, por exemplo, as conferências existem há mais de uma década, com grande participação de setores da sociedade civil. E, de certa forma, se constituiu num avanço nas políticas públicas e na regulamentação para empresas privadas prestadoras de serviço.
Aqui mais um exemplo das dificuldades de se organizar a Confecom.
Quinta-feira, 08 de Outubro de 2009, 16h33
Fonte: Telaviva: Confecom
Costa confirma dificuldades das teles com Confecom
O ministro das Comunicações, Hélio Costa, confirmou nesta quarta, 8, que as empresas de telecomunicações teriam manifestado ao governo dificuldades de manterem sua participação na Conferência Nacional de Comunicação. Mas, segundo Hélio Costa, o governo vai trabalhar para tentar contornar essas dificuldades. O primeiro passo deve ser uma reunião entre os ministros envolvidos na Confecom (Hélio Costa, pelo Minicom; Luiz Dulci, pela Secretaria Geral; e Franklin Martins, pela Secretaria de Comunicação da Presidência) e a Telebrasil, para que os problemas da associação sejam colocados e contornados. Perguntado especificamente se há a possibilidade de as teles saírem da Confecom, Costa disse: "estamos trabalhando para que isso não aconteça".
Regresso
Hélio Costa também admitiu a possibilidade de a Abert voltar a participar da Confecom. "Não só podem voltar como eu acho que devem", declarou o ministro, mas não confirmou um pedido do governo às empresas representadas pela associação para que ajam nesse sentido.
Costa também explicou que a Confecom foi adiada em uma semana (para os dias 8, 9 e 10 de dezembro) por conta da agenda do presidente Lula, que estará em viagem internacional na semana anterior.
As empresas de telecomunicações podem ficar fora da Conferência Nacional de Comunicação (Confecom).
Segundo apurou este noticiário, o governo já foi informado sobre a intenção da Telebrasil de se desligar da conferência. As razões explicadas pela associação, que representa as teles, passam pela dificuldade de mobilizar os delegados para as etapas regionais da Confecom. A Telebrasil se deu conta de que não conseguiria mobilizar pessoal para participar, em condições de votar e atender aos requisitos do regimento, em todas as etapas estaduais. Seriam mais de 300 delegados que precisariam ser mobilizados em todas as plenárias, fora o trabalho dos coordenadores em 27 unidades da federação.
O número que foi apresentado ao governo como um custo estimado para esse esforço é da ordem de R$ 4,5 milhões. Comparativamente, esse montante é equivalente a mais da metade do custo total da conferência estimado e orçado pelo governo. Além disso, o modelo de mobilização baseado em delegados contratados poderia ser questionado pelas demais entidades participantes. Outro receio das teles é que boa parte dos delegados a serem mobilizados precisaria vir de empresas como provedores de acesso e operadores de SCM, que não necessariamente teriam as mesmas preocupações da cúpula da Telebrasil durante a Confecom. Essas empresas são as que têm maior capilaridade no mercado de telecomunicaões, mas quase sempre têm reivindicações antagônicas às posições das grandes concessionárias.
A movimentação de saída das teles é surpreendente porque surge em um momento em que o governo recebe sinais de que a Abert pode retornar à conferência. A entidade, que representa empresas de rádio e TV, teria sido cobrada pelo presidente Lula para participar da Confecom. Todos esses movimentos se somam ao adiamento da Confecom para os dias 8, 9 e 10 de dezembro determinado pelo Ministério das Comunicações.
Associados da Abert podem participar regionalmente da Confecom; Abra reclama de vetos
Ao mesmo tempo em que as empresas de telecomunicações começam a enfrentar dificuldades para viabilizar sua participação na Conferência Nacional de Comunicação, as empresas associadas à Abert podem retornar. Fontes próximas à associação confirmam que houve pedidos do governo nesse sentido. Esse noticiário apurou que, mais do que o pedido, o que houve foi uma cobrança direta do presidente Lula às empresas de radiodifusão ligadas à Abert para que não deixem de participar da conferência. De qualquer maneira, o trabalho que a Abert está fazendo, nesse momento, é tentar encontrar uma forma de que seus associados e as entidades regionais de radiodifusão participem das etapas regionais da Conferência Nacional de Comunicação. Essa costura está sendo feita principalmente em função da cobrança do governo.
Mas, segundo fontes próximas à Abert ouvidas por esse noticiário, uma eventual desistência das teles de participar do processo poderia mudar todo o jogo. Já a Abra (associação que representa Band e Rede TV!), que está na comissão organizadora da Confecom desde o começo do processo, tem manifestado ao governo muito incômodo com as etapas regionais. Segundo fontes próximas à Abra, na maior parte das conferências estaduais a entidade ainda não conseguiu indicar os delegados e estaria sendo preterida por representantes de outras empresas que nunca participaram da comissão organizadora nacional. Mariana Mazza e Samuel Possebon
Veja este artigo de Venicio A. de Lima
Overvatório da Imprensa
A ficha está caindo
Um dos maiores obstáculos – talvez o maior – à democratização das comunicações no Brasil tem sido a dificuldade histórica de grande parte da população em compreender a mídia como um poder e a comunicação como um direito. Estão aí incluídos amplos setores da sociedade civil organizada, inclusive, partidos políticos e organizações sindicais.
Enquanto as velhas oligarquias políticas e os grupos empresariais dominantes se tornaram os controladores das concessões públicas de radiodifusão e usaram este poder na articulação e defesa de seus interesses, a comunicação sindical, por exemplo, se consumia em disputas internas e ignorava o enorme potencial estratégico de construção unificada de uma mídia alternativa que buscasse romper a assimetria antidemocrática que historicamente tem constituído nosso espaço público.
Retomo essa obviedade para constatar que, uma série de fatores está provocando a mudança dessa realidade em nosso país.
Fatores de mudança
Pelo menos três fatores, dois estruturais e um conjuntural, merecem ser lembrados. O primeiro, certamente, é o crescimento – incontrolável, surpreendente e contraditório – da inclusão digital. Os dados do último relatório anual do Comitê Gestor da Internet, divulgado no final do mês de maio, revelam que cerca de 60 milhões de brasileiros, vale dizer, um terço de nossa população, já acessam a internet. E mais: o perfil predominante deste usuário se desloca das classes A e B para as classes C e D, isto é, para domicílios com renda entre três e cinco salários mínimos. Esse imenso contingente bate recordes mundiais mensais de tempo de navegação e de participação em redes sociais virtuais.
Um segundo fator é o sucesso da imprensa "popular" e regional. Ao contrário da grande mídia impressa tradicional, ela dá sinais impressionantes de vitalidade que, inclusive, justificam a importante reorientação na aplicação das verbas de publicidade oficial que vem sendo executada pela Secom e que tanto tem irritado os velhos "donos da mídia".
O terceiro fator é a realização da 1ª Confecom (Conferência Nacional de Comunicação), em dezembro próximo. Mesmo que ela venha a ocorrer sob o domínio dos velhos e ainda poderosos atores dominantes no setor de radiodifusão e de seus aliados no Congresso Nacional e no próprio governo, sua convocação tornou obrigatório o debate sobre a mídia e a importância estratégica da comunicação.
Ressonância na sociedade civil
Esses fatores têm provocado uma ressonância importante na sociedade civil. Depois de muitos anos, o campo sindical se deu conta de seu potencial comunicativo e iniciativas como a Rede Brasil Atual – uma revista, um portal de notícias e um programa de rádio – já são realidade. Portais alternativos de informação e análise se firmam no já concorrido ciberespaço. Um bom exemplo é o Portal Vermelho que bate sucessivos recordes de acesso. Várias outras iniciativas locais e regionais desse tipo estão em andamento.
Pipocam debates sobre a mídia e seu papel por todo país. Partidos políticos, importantes setores sindicais e as mais diversas entidades da sociedade civil organizada se preparam para participar – direta ou indiretamente – da 1ª Confecom. A polarização de interesses que já se revela claramente nas reuniões de sua Comissão Organizadora tem sido objeto de discussão em vários encontros e seminários.
Mídia como poder e comunicação como direito
Tudo isso significa que finalmente a comunicação está se transformando em objeto de discussão, isto é, está entrando na agenda pública, algo que a grande mídia sempre tentou boicotar em nosso país. Como poder singular que é, a mídia – e todos os outros poderes na democracia – precisa e deve ser regulada e estar sujeita à fiscalização em nome do interesse público. É assim que funciona nas principais democracias do planeta e é assim que deve funcionar aqui também. E isso, não há dúvida, só será possível quando a maioria da sociedade compreender a mídia como um poder e a comunicação como um direito.
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
IPTV. Qualidade e Interatividade.
IPTV (TV transmitida via protocolo de Internet ) é considerada um novo meio de transmissão de sinais televisivos. Este sistema, é realmente o que mais possibilita a plena interatividade. Muito além do que nos têm "vendido" com as promessas na implantação de TV Digital no Brasil.
A Web TV é transmitida pela internet pública, com acesso livre a todos, sem uma garantia na qualidade da transmissão, e os conteúdos são ligados a um site específico, o que é associado pelo navegador como uma informação daquela página. A Web TV pode ser assistida em um televisor, mas a qualidade da imagem é ruim e, por isso, é vista nas telas dos PC’S.
A TV Cultura diz ter IPTV, mas não se encaixa nos padrões necessários.
Por causa do prefixo de “Internet Protocol”, é comum confundir IPTV com televisão pela Internet. Não é novidade assistir vídeos pela rede. Portanto, a chamada WEB TV existe até mesmo antes do fenômeno Youtube.
No sistema IPTV, o conteúdo é enviado em streaming, com garantia de qualidade, e as informações são recebidas em um STB, set-top-box. Este processo de transmissão de conteúdo é fechado, se assemelhando a uma intranet institucional. depende de uma conexão Banda Larga (normalmente vendida junto com o serviço como parte integrante) de no mínimo 4 Mbps. A banda destinada ao IPTV não interfere na banda de internet.
A IPTV fornece audiovisual interativo em alta definição,possibilita ao usuário jogos multiplayers on-line, gravação de vídeos, telefonia, plena navegação na internet em banda larga, entre outras possibilidades denominadas de Central Audiovisual de Entretenimento, Educação e Informação (CAVEEI). A IPTV permite a educação interativa em tempo real. É uma tecnologia inclusiva e com várias utilizações, como gerenciamento de conteúdo de vídeo, entrega de TV Digital, filmes sob encomenda, e a possibilidade de assistir a uma programação anteriormente guardada. Existem outras alternativas bem interessantes na IPTV , como a possibilidade de se criar um sistema no qual, a pessoa pode atender ao telefone e ver com quem está falando, além da oportunidade de comprar um produto imediatamente a sua aparição em algum canal, filme, novela e programas do gênero.
No Brasil, este sistema ainda não é oferecido por conta de barreiras regulatórias, mas no resto do mundo a IPTV já é uma realidade. Na Europa e na Ásia, alguns países já contam com milhares de assinantes. China, Espanha e Bélgica são os países que possuem o maior número de pessoas que assinam o sistema de IPTV. Nos Estados Unidos, o dono da Microsoft, Bill Gates, se aliou a três grandes empresas de telefonia, SBC, Comcast e Verizon. Os investimentos já ultrapassam US$ 500 milhões, e a intenção do magnata da tecnologia é inserir os seus softwares neste novo mercado de convergência dos sistemas de telecomunicações. Para isso, a Microsoft também fez acordos com empresas de comunicação na Itália, na Índia, na Espanha e no Canadá.
A chegada da IPTV no Brasil tem sido discreta, porém acompanhada de acaloradas discussões entre as empresas de telecom (telcos) e operadoras de TV por assinatura. As telcos desejam oferecer canais de TV para seus assinantes, operadores de TV por assinatura contra-atacam com serviço digital de voz. Com a chegada do 3G (internet de alta velocidade em redes IP), as telcos poderão finalmente oferecer streaming de vídeo, para competir com a banda larga das TVs por assinatura.
A IPTV ainda não vingou no Brasil porque também existem muitos problemas de implementação e infraestrutura para serem resolvidos, antes que o sistema seja veiculado no País.
O conceito do Set-top Box-STB (conversor) se diferencia do modelo utilizado pela TV Digital, e é caro. A banda larga de usuário final é baixa, há restrição de banda no backbone (sistemas internos de elevadíssimo desempenho para comutar os diferentes tipos e fluxos de dados, sendo voz, imagem e texto), faltam melhorias na distribuição de dados (multicast) e, principalmente, investimento em segurança contra pirataria e uso indevido de imagens.
Quanto às questões regulatórias, o imbróglio é grande.
É evidente a lentidão nas definições legislativa da Agência Nacional de Telecomunicação (Anatel). A disputa regulatória em Brasília, é por proteção de mercados de um lado, e desbravamento do mesmo por outro, canalizada no Projeto de Lei 29 de 2007 de autoria do deputado Federal Paulo Bornhausen - PFL /SC.
Os debates devem solucionar problemas de confrontos entre tecnologias que se desenvolveram em vários rítmos, seus "novos" modelos de negócios e a inclusão da esféra pública e da cidadania.
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
Uma Interface do Google Wave- API
O Google convida desenvolvedores a conhecer, a partir do blog Wave Developer, os pacotes de ferramentas para aplicativos (APIs) e algumas extensões para o Wave que já estão sendo criadas.
O que é o Google Wave?
O Google Wave é um produto que ajuda os usuários a se comunicarem e colaborarem na web. Uma "onda" é tanto uma conversa quanto um documento, em que os usuários podem se comunicar quase que instantaneamente e trabalhar juntos com textos altamente formatados, fotos, vídeos, mapas e muito mais. O Google Wave é também uma plataforma com um rico conjunto de APIs abertas que permitem aos desenvolvedores incorporar ondas em outros serviços da web e construir extensões que funcionem dentro das ondas.
Para obter mais informações sobre o Google Wave, visite wave.google.com.
O que é a API do Google Wave?
A API do Google Wave permite aos desenvolvedores usar e aprimorar o Google Wave por meio de dois tipos principais de desenvolvimento:
Extensões: constroem extensões de robôs para automatizar tarefas comuns ou constroem extensões de gadget para oferecer aos usuários um novo modo de interação.
Incorporação: torna seu site mais colaborativo colocando-o em uma onda.
Atualmente, o Google Wave está disponível em uma pré-visualização de desenvolvedor, enquanto as APIs e o produto continuam a ser desenvolvidos. As contas no sandbox do desenvolvedor serão atribuídas para as pessoas que pretendem criar com as APIs do Google Wave antes da liberação para o público.
Para obter mais informações sobre os recursos e usos de cada opção de desenvolvimento, consulte o Guia do desenvolvedor do Google Wave.
terça-feira, 6 de outubro de 2009
Uma boa questão: Como usar as Mídias Sociais no jornalismo?
Para onde o povo está, os veículos participam do Twitter e demais ambientes colaborativos abertos a conversas. É justo. Veja como jornais e revistas online devem agir e os benefícios que podem encontrar.
Por Ana Maria Brambilla
No Websinder
Lembro de ter feito esta pergunta aos alunos do 3° ano de jornalismo da Cásper Líbero, em junho de 2008. Também lembro da inquietação nos rostos, quebrada por lampejos de ousadia: “divulgando notícias no Orkut?”, “caçando fontes?”, “buscando pautas”?
Eram pistas para o que hoje vemos em boa parte das redações daqui e lá de fora: a preocupação em como aproveitar as mídias sociais no processo editorial.
Depois do Daily News contratar um gestor de mídias sociais, do Guardian anunciar a vaga para “keyword manager” e do exemplo ser seguido por redações brasileiras como Estadão e UOL, posicionar jornalistas para gerenciar espaços em plataformas colaborativas é um movimento em ascensão.
Bom para as redações - que ganham um manancial de informações e oportunidades para atingir novos públicos. Bom para os jornalistas - que desbravam uma nova área de atuação.
Investir neste campo, porém, é algo delicado e que requer uma estratégia. Mídia social é gente. Jornalismo é gente. E lidar com gente é um desafio constante. Portanto, nada de ser “moderninho” e sair criando perfis em tudo quanto é mídia social. Entendê-las é o primeiro passo para traçar um bom plano de exploração.
O DNA de cada mídia social
Antes de mais nada, vamos entender por “mídias sociais” aqueles ambientes em que o público produz e compartilha conteúdo, com possibilidades de diálogo público, e não apenas “redes sociais” como Orkut e Facebook.
Mídias sociais, assim, se estendem a video-audio-image-slide-texto-sharing como YouTube, Vimeo, Flickr, Slideshare, Ning, SoundCloud, Scribd, Twitter, Wikipedia, Ask500People, RSS Readers, widgets e afins.
Apesar de todos eles se sustentarem pelo UGC (user generated content), o cerne destes serviços varia drasticamente. Suas aplicações, portanto, também podem variar.
Ao passo em que o YouTube e o Flickr são reconhecidos pela veiculação de vídeos e fotos, os sites de relacionamento estão ligados ao diálogo pessoal. Isso pode representar um problema se o veículo pretende criar um perfil no Orkut com o logo da marca e não mostrar a “cara” de quem está por trás, operando.
Discussões em comunidades pedem espontaneidade e não pronunciamentos oficiais. Por outro lado, já é normal que empresas de conteúdo tenham seus próprios canais no YouTube, afinal, o que interessa é muito mais o vídeo publicado do que a conversa que segue nos comentários.
Já o Twitter tem outras peculiaridades. Ele se presta tanto para diálogo quanto para veiculação unidirecional. Se o dono de um perfil deseja utilizá-lo apenas para divulgar conteúdo do site, então o jeito é avisar seus seguidores para não gerar frustração diante de um reply.
Mas há casos curiosíssimos como o @coloneltribune, do Chicago Tribune: trata-se de um avatar criado pela redação para ser o perfil “conversador” do jornal no Twitter. Enquanto o Chicago apenas divulga manchetes, o Colonel conversa com os seguidores. Tudo em nome da redação.
Entender cada um destes espaços faz com que estimemos quem está presente neles. Daí a pergunta que cada editor de mídias sociais deve se fazer: se o meu veículo fosse uma pessoa, por quais destas mídias ele navegaria?
Obviamente é necessário conhecer o público do veículo para fazer esta estimativa. Mas nada que um perfil básico de faixa etária, renda familiar, hábitos digitais e profissão não resolva. Afinal, uma das riquezas das mídias sociais é justamente fazer com que o nosso veículo conheça melhor o seu público.
O que dá para fazer?
Muitas coisas, sem dúvida! Mas é melhor eleger prioridades. Caso contrário, a sedução de aproveitar todas as possibilidades destas plataformas fica maior do que os braços que a redação tem para executar o serviço. A propósito: que baita serviço!
Mídias sociais dão trabalho, especialmente porque requerem um tempo de leitura de um conteúdo amplo e nada organizado.
Outro foco é a atenção pessoal que o público presente nestas redes exige de quem está lá. Não se trata de respostas automáticas, de atendimento massivo. O grupo pode ser numeroso, mas o feedback que ele espera da redação é tão individual quanto um amigo responde aos seus scraps. Afinal, todos habitam o mesmo ambiente e podem, tecnicamente, se comportar de maneira igual.
Algumas possibilidades que podem nortear uma estratégia editorial em mídias sociais são:
inspiração para pautas;
coleta de feedbacks sobre materiais já publicados;
busca por fontes;
aproximação com o público (e isso deve ser compartilhado com o depto. de marketing - peça instruções sobre SMO - Social Media Optimization);
auxílio na apuração de fatos com quem está mais próximo dos fatos;
divulgação de conteúdo publicado;
busca por novos públicos (especialmente os mais jovens, que não têm o hábito de visitar sites noticiosos e passam a maior parte do tempo online em mídias sociais. Como essa galerinha vai consumir notícia? Os widgets como o NYT bem explora no Facebook podem ser um caminho);
identificar conteúdos que possam ser associados ao veículo mediante permissão do autor;
aumentar a visitação ao site da marca;
busca pelo “outro lado” da informação - afinal, o que não falta nestas mídias é opinião e visões variadas!
conquistar novos públicos para a marca.
Ainda antes de explorar
Assim que as redes sociais estouraram no mundo digital, a Der Spiegel resolveu investir na criação da própria rede, tentando mobilizar seus leitores online. Ao invés ou além de acessarem o Facebook, podiam encontrar as mesmas funcionalidades na rede da Der Spiegel! Fail!!
O dia continua tendo 24 horas para acessarmos todas as redes a que fazemos parte. E “fazer parte” não significa ter perfil criado. Significa conversar, produzir conteúdo, trocar. Se já participo de uma rede bem resolvida, onde meus amigos já estão presentes, por que migrar ou guardar mais uma senha de uma rede nova? Daí que o alarme deve soar toda a vez que ouvirmos “quero criar uma rede social para o meu site”.
A história não é nova, mas abre exceções quando vemos públicos altamente especializados à procura de espaços diferenciados para interagir. É o caso de redes como CasaPRO, dedicada somente a arquitetos, decoradores e demais profissionais deste setor.
Além de analisar cada demanda de público antes de criar uma rede nova, outros cuidados devem ser tomados ao traçar a estratégia de atuação jornalística em mídias sociais:
*como irei me identificar? (sim, isso lembra os recentes comunicados internos da AP, da Globo e da Folha orientando seus jornalistas a utilizarem ambientes colaborativos);
*tem como fazer cross-media?
*como lidar com as críticas?
*e se a concorrência estiver lá?
*quais métricas utilizar para medir este projeto?
Mas estas são conversas longas que a gente deixa para outra hora…
Por Ana Maria Brambilla
No Websinder
Lembro de ter feito esta pergunta aos alunos do 3° ano de jornalismo da Cásper Líbero, em junho de 2008. Também lembro da inquietação nos rostos, quebrada por lampejos de ousadia: “divulgando notícias no Orkut?”, “caçando fontes?”, “buscando pautas”?
Eram pistas para o que hoje vemos em boa parte das redações daqui e lá de fora: a preocupação em como aproveitar as mídias sociais no processo editorial.
Depois do Daily News contratar um gestor de mídias sociais, do Guardian anunciar a vaga para “keyword manager” e do exemplo ser seguido por redações brasileiras como Estadão e UOL, posicionar jornalistas para gerenciar espaços em plataformas colaborativas é um movimento em ascensão.
Bom para as redações - que ganham um manancial de informações e oportunidades para atingir novos públicos. Bom para os jornalistas - que desbravam uma nova área de atuação.
Investir neste campo, porém, é algo delicado e que requer uma estratégia. Mídia social é gente. Jornalismo é gente. E lidar com gente é um desafio constante. Portanto, nada de ser “moderninho” e sair criando perfis em tudo quanto é mídia social. Entendê-las é o primeiro passo para traçar um bom plano de exploração.
O DNA de cada mídia social
Antes de mais nada, vamos entender por “mídias sociais” aqueles ambientes em que o público produz e compartilha conteúdo, com possibilidades de diálogo público, e não apenas “redes sociais” como Orkut e Facebook.
Mídias sociais, assim, se estendem a video-audio-image-slide-texto-sharing como YouTube, Vimeo, Flickr, Slideshare, Ning, SoundCloud, Scribd, Twitter, Wikipedia, Ask500People, RSS Readers, widgets e afins.
Apesar de todos eles se sustentarem pelo UGC (user generated content), o cerne destes serviços varia drasticamente. Suas aplicações, portanto, também podem variar.
Ao passo em que o YouTube e o Flickr são reconhecidos pela veiculação de vídeos e fotos, os sites de relacionamento estão ligados ao diálogo pessoal. Isso pode representar um problema se o veículo pretende criar um perfil no Orkut com o logo da marca e não mostrar a “cara” de quem está por trás, operando.
Discussões em comunidades pedem espontaneidade e não pronunciamentos oficiais. Por outro lado, já é normal que empresas de conteúdo tenham seus próprios canais no YouTube, afinal, o que interessa é muito mais o vídeo publicado do que a conversa que segue nos comentários.
Já o Twitter tem outras peculiaridades. Ele se presta tanto para diálogo quanto para veiculação unidirecional. Se o dono de um perfil deseja utilizá-lo apenas para divulgar conteúdo do site, então o jeito é avisar seus seguidores para não gerar frustração diante de um reply.
Mas há casos curiosíssimos como o @coloneltribune, do Chicago Tribune: trata-se de um avatar criado pela redação para ser o perfil “conversador” do jornal no Twitter. Enquanto o Chicago apenas divulga manchetes, o Colonel conversa com os seguidores. Tudo em nome da redação.
Entender cada um destes espaços faz com que estimemos quem está presente neles. Daí a pergunta que cada editor de mídias sociais deve se fazer: se o meu veículo fosse uma pessoa, por quais destas mídias ele navegaria?
Obviamente é necessário conhecer o público do veículo para fazer esta estimativa. Mas nada que um perfil básico de faixa etária, renda familiar, hábitos digitais e profissão não resolva. Afinal, uma das riquezas das mídias sociais é justamente fazer com que o nosso veículo conheça melhor o seu público.
O que dá para fazer?
Muitas coisas, sem dúvida! Mas é melhor eleger prioridades. Caso contrário, a sedução de aproveitar todas as possibilidades destas plataformas fica maior do que os braços que a redação tem para executar o serviço. A propósito: que baita serviço!
Mídias sociais dão trabalho, especialmente porque requerem um tempo de leitura de um conteúdo amplo e nada organizado.
Outro foco é a atenção pessoal que o público presente nestas redes exige de quem está lá. Não se trata de respostas automáticas, de atendimento massivo. O grupo pode ser numeroso, mas o feedback que ele espera da redação é tão individual quanto um amigo responde aos seus scraps. Afinal, todos habitam o mesmo ambiente e podem, tecnicamente, se comportar de maneira igual.
Algumas possibilidades que podem nortear uma estratégia editorial em mídias sociais são:
inspiração para pautas;
coleta de feedbacks sobre materiais já publicados;
busca por fontes;
aproximação com o público (e isso deve ser compartilhado com o depto. de marketing - peça instruções sobre SMO - Social Media Optimization);
auxílio na apuração de fatos com quem está mais próximo dos fatos;
divulgação de conteúdo publicado;
busca por novos públicos (especialmente os mais jovens, que não têm o hábito de visitar sites noticiosos e passam a maior parte do tempo online em mídias sociais. Como essa galerinha vai consumir notícia? Os widgets como o NYT bem explora no Facebook podem ser um caminho);
identificar conteúdos que possam ser associados ao veículo mediante permissão do autor;
aumentar a visitação ao site da marca;
busca pelo “outro lado” da informação - afinal, o que não falta nestas mídias é opinião e visões variadas!
conquistar novos públicos para a marca.
Ainda antes de explorar
Assim que as redes sociais estouraram no mundo digital, a Der Spiegel resolveu investir na criação da própria rede, tentando mobilizar seus leitores online. Ao invés ou além de acessarem o Facebook, podiam encontrar as mesmas funcionalidades na rede da Der Spiegel! Fail!!
O dia continua tendo 24 horas para acessarmos todas as redes a que fazemos parte. E “fazer parte” não significa ter perfil criado. Significa conversar, produzir conteúdo, trocar. Se já participo de uma rede bem resolvida, onde meus amigos já estão presentes, por que migrar ou guardar mais uma senha de uma rede nova? Daí que o alarme deve soar toda a vez que ouvirmos “quero criar uma rede social para o meu site”.
A história não é nova, mas abre exceções quando vemos públicos altamente especializados à procura de espaços diferenciados para interagir. É o caso de redes como CasaPRO, dedicada somente a arquitetos, decoradores e demais profissionais deste setor.
Além de analisar cada demanda de público antes de criar uma rede nova, outros cuidados devem ser tomados ao traçar a estratégia de atuação jornalística em mídias sociais:
*como irei me identificar? (sim, isso lembra os recentes comunicados internos da AP, da Globo e da Folha orientando seus jornalistas a utilizarem ambientes colaborativos);
*tem como fazer cross-media?
*como lidar com as críticas?
*e se a concorrência estiver lá?
*quais métricas utilizar para medir este projeto?
Mas estas são conversas longas que a gente deixa para outra hora…
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
Top 5 Tendências Web 2009: Dados Estruturados
Por Edmar Ferreira e Richard MacManus
ReadWriteWeb Brasil
O ReadWriteWeb recementemente lançou uma série de posts abordando as 5 maiores e mais relevantes tendências da web em 2009. A primeira delas é a de Dados Estruturados.
Dados estruturados podem algumas vezes ser confundidos com a Web Semântica. Entretanto, pelo modo como as coisas progrediram em 2009 , ficou claro que esta tendência é muito mais do que a Web Semântica. Neste post, veremos o desenvolvimento da web em termos de Dados Estruturados através de 3 exemplos de produtos: OpenCalais, Google Rich Snippets e Wolfram
Alpha.
Tim Berners-Lee disse em fevereiro deste ano que nós estamos agora na Web de Dados, em vez de uma Web de Documentos. A organização que Berners-Lee lidera, a W3C, tem promovido duas iniciativas chave que estão ajudando a construir esta Web de Dados: a Web Semântica, e mais recentemente o Linked Open Data (dados abertos e linkados).
Nos últimos anos, vimos que existem muitas outras maneiras de estruturar dados e permitir que outros os utilizem. O melhor exemplo atual é o Twitter, cuja API tem sido responsável por volta de 90% da atividade do site através de aplicações de terceiros. O principio básico da Web de Dados é ainda o mesmo que Alex Iskold publicou no ReadWriteWeb em março de 2007: “informação não estruturada dará lugar a informação estruturada – pavimentando o caminho para uma computação mais inteligente”.
Exemplo 1: OpenCalais
Nosso primeiro exemplo, OpenCalais, é provavelmente o melhor exemplo atual de Linked Data. Em fevereiro de 2008 a Thompson Reuters, gigante das notícias financeiras, lançou uma API chamada OpenCalais para transformar HTML não estruturado em dados semanticamente marcados. Deste modo, outras aplicações e sites podem construir coisas novas e interessantes a partir destes dados – um dos princípios que definem o que chamamos de Linked Data.
Exemplo 2: Google Rich Snippets
Exemplo 3: Wolfram
Alpha
Desde o lançamento do Wolfram
Alpha em maio, o ReadWriteWeb vem monitorando este produto inovador de perto. Ele é auto-descrito como um mecanismo de conhecimento computacional (do Inglês computational knowledge engine), e mesmo não sendo o Google killer que alguns previram, o Wolfram
Alpha tem muitos usos potenciais.
Wolfram
Alpha tem uma interface parecida com a de um buscador, permitindo pesquisas através de linguagem natural – ou seja, similar à que usamos nas conversas do dia a dia. A grande inovação do Wolfram
Alpha são as manipulações possíveis com os dados das pesquisas: se a Web 2.0 foi sobre criar dados (com conteúdo colaborativo gerado por usuários), a próxima geração tem muito a ver com a proposta do Wolfram
Alpha em como manipular esses dados.
Conclusão
ReadWriteWeb Brasil
O ReadWriteWeb recementemente lançou uma série de posts abordando as 5 maiores e mais relevantes tendências da web em 2009. A primeira delas é a de Dados Estruturados.
Dados estruturados podem algumas vezes ser confundidos com a Web Semântica. Entretanto, pelo modo como as coisas progrediram em 2009 , ficou claro que esta tendência é muito mais do que a Web Semântica. Neste post, veremos o desenvolvimento da web em termos de Dados Estruturados através de 3 exemplos de produtos: OpenCalais, Google Rich Snippets e Wolfram
Alpha.
Tim Berners-Lee disse em fevereiro deste ano que nós estamos agora na Web de Dados, em vez de uma Web de Documentos. A organização que Berners-Lee lidera, a W3C, tem promovido duas iniciativas chave que estão ajudando a construir esta Web de Dados: a Web Semântica, e mais recentemente o Linked Open Data (dados abertos e linkados).
Nos últimos anos, vimos que existem muitas outras maneiras de estruturar dados e permitir que outros os utilizem. O melhor exemplo atual é o Twitter, cuja API tem sido responsável por volta de 90% da atividade do site através de aplicações de terceiros. O principio básico da Web de Dados é ainda o mesmo que Alex Iskold publicou no ReadWriteWeb em março de 2007: “informação não estruturada dará lugar a informação estruturada – pavimentando o caminho para uma computação mais inteligente”.
Exemplo 1: OpenCalais
Nosso primeiro exemplo, OpenCalais, é provavelmente o melhor exemplo atual de Linked Data. Em fevereiro de 2008 a Thompson Reuters, gigante das notícias financeiras, lançou uma API chamada OpenCalais para transformar HTML não estruturado em dados semanticamente marcados. Deste modo, outras aplicações e sites podem construir coisas novas e interessantes a partir destes dados – um dos princípios que definem o que chamamos de Linked Data.
Exemplo 2: Google Rich Snippets
Em maio deste ano, o Google adicionou dados estruturados na sua busca com uma funcionalidade chamada Rich snippets. Essencialmente esta funcionalidade extrai e mostra informação útil de paginas web por meio de padrões abertos de dados estruturados, como microformatos e RDFa. No lançamento, o Google convidou editores a fazerem marcações em suas páginas HTML – mesmo que isso demore até se espalhar por toda a web. Mesmo assim, o fato de uma companhia enorme como o Google ter implementado isto mostra a importância crescente dos dados estruturados na Web.
Exemplo 3: Wolfram
Alpha
Desde o lançamento do Wolfram
Alpha em maio, o ReadWriteWeb vem monitorando este produto inovador de perto. Ele é auto-descrito como um mecanismo de conhecimento computacional (do Inglês computational knowledge engine), e mesmo não sendo o Google killer que alguns previram, o Wolfram
Alpha tem muitos usos potenciais.
Wolfram
Alpha tem uma interface parecida com a de um buscador, permitindo pesquisas através de linguagem natural – ou seja, similar à que usamos nas conversas do dia a dia. A grande inovação do Wolfram
Alpha são as manipulações possíveis com os dados das pesquisas: se a Web 2.0 foi sobre criar dados (com conteúdo colaborativo gerado por usuários), a próxima geração tem muito a ver com a proposta do Wolfram
Alpha em como manipular esses dados.
Conclusão
Com os três exemplos acima, pode-se concluir que dados estruturados devem aos poucos se tornar uma funcionalidade da web. Empresas como Thomson Reuters e Google estão viabilizando essa tendência, e novos tipos de produtos (como Wolfram
Alpha) estão apenas sugerindo os primeiros passos do que os dados estruturados podem atingir no futuro.
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