quinta-feira, 8 de outubro de 2009

IPTV. Qualidade e Interatividade.


IPTV (TV transmitida via protocolo de Internet ) é considerada um novo meio de transmissão de sinais televisivos. Este sistema, é realmente o que mais possibilita a plena interatividade. Muito além do que nos têm "vendido" com as promessas na implantação de TV Digital no Brasil.

A Web TV é transmitida pela internet pública, com acesso livre a todos, sem uma garantia na qualidade da transmissão, e os conteúdos são ligados a um site específico, o que é associado pelo navegador como uma informação daquela página. A Web TV pode ser assistida em um televisor, mas a qualidade da imagem é ruim e, por isso, é vista nas telas dos PC’S.
A TV Cultura diz ter IPTV, mas não se encaixa nos padrões necessários.
Por causa do prefixo de “Internet Protocol”, é comum confundir IPTV com televisão pela Internet.  Não é novidade assistir vídeos pela rede. Portanto, a chamada WEB TV existe até mesmo antes do fenômeno Youtube.


No sistema IPTV, o conteúdo é enviado em streaming, com garantia de qualidade, e as informações são recebidas em um STB, set-top-box. Este processo de transmissão de conteúdo é fechado, se assemelhando a uma intranet institucional. depende de uma conexão Banda Larga (normalmente vendida junto com o serviço como parte integrante) de no mínimo 4 Mbps. A banda destinada ao IPTV não interfere na banda de internet.



A IPTV fornece audiovisual interativo em alta definição,possibilita ao usuário jogos multiplayers on-line, gravação de vídeos, telefonia, plena navegação na internet em banda larga, entre outras possibilidades denominadas de Central Audiovisual de Entretenimento, Educação e Informação (CAVEEI). A IPTV permite a educação interativa em tempo real. É uma tecnologia inclusiva e com várias utilizações, como gerenciamento de conteúdo de vídeo, entrega de TV Digital, filmes sob encomenda, e a possibilidade de assistir a uma programação anteriormente guardada. Existem outras alternativas bem interessantes na IPTV , como a possibilidade de se criar um sistema no qual, a pessoa pode atender ao telefone e ver com quem está falando, além da oportunidade de comprar um produto imediatamente a sua aparição em algum canal, filme, novela e programas do gênero.



No Brasil, este sistema ainda não é oferecido por conta de barreiras regulatórias, mas no resto do mundo a IPTV já é uma realidade. Na Europa e na Ásia, alguns países já contam com milhares de assinantes. China, Espanha e Bélgica são os países que possuem o maior número de pessoas que assinam o sistema de IPTV. Nos Estados Unidos, o dono da Microsoft, Bill Gates, se aliou a três grandes empresas de telefonia, SBC, Comcast e Verizon. Os investimentos já ultrapassam US$ 500 milhões, e a intenção do magnata da tecnologia é inserir os seus softwares neste novo mercado de convergência dos sistemas de telecomunicações. Para isso, a Microsoft também fez acordos com empresas de comunicação na Itália, na Índia, na Espanha e no Canadá.

A chegada da IPTV no Brasil tem sido discreta, porém acompanhada de acaloradas discussões entre as empresas de telecom (telcos) e operadoras de TV por assinatura. As telcos desejam oferecer canais de TV para seus assinantes, operadores de TV por assinatura contra-atacam com serviço digital de voz. Com a chegada do 3G (internet de alta velocidade em redes IP), as telcos poderão finalmente oferecer streaming de vídeo, para competir com a banda larga das TVs por assinatura.


A IPTV ainda não vingou no Brasil porque também existem muitos problemas de implementação e infraestrutura para serem resolvidos, antes que o sistema seja veiculado no País.


O conceito do Set-top Box-STB (conversor) se diferencia do modelo utilizado pela TV Digital, e é caro. A banda larga de usuário final é baixa, há restrição de banda no backbone (sistemas internos de elevadíssimo desempenho para comutar os diferentes tipos e fluxos de dados, sendo voz, imagem e texto), faltam melhorias na distribuição de dados (multicast) e, principalmente, investimento em segurança contra pirataria e uso indevido de imagens.


Quanto às questões regulatórias, o imbróglio é grande.
É evidente a lentidão nas definições legislativa da Agência Nacional de Telecomunicação (Anatel). A disputa regulatória em Brasília, é por proteção de mercados de um lado, e desbravamento do mesmo por outro, canalizada no Projeto de Lei 29 de 2007 de autoria do deputado Federal Paulo Bornhausen - PFL /SC.
Os debates devem solucionar problemas de confrontos entre tecnologias que se desenvolveram em vários rítmos, seus "novos" modelos de negócios e a inclusão da esféra pública e da cidadania.

Nenhum comentário: