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quinta-feira, 25 de novembro de 2010
Facasper - 4ª Conferência Brasileira de Comunicação e Tecnologias Digitais.
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segunda-feira, 18 de outubro de 2010
As startups de Balzac e o fim da era “cada um no seu quadrado”
TECNOLOGIA E COMUNICAÇÃO
No papel, todas as palavras bem articuladas fazem sentido. Tecnologia e Comunicação formam um binômio quase imbatível nessa máxima quando colocadas lado a lado em um texto. Chamam a atenção.
Entretanto, dentro de uma empresa, no seu cotidiano de desafios, esses assuntos são tratados e trabalhados como se fossem água e óleo, ou seja, elementos que não se misturam.
São culturas que pensam que são diferentes. Uma oriunda das ciências ditas “ mais duras” e outra das Ciências Sociais Aplicadas. Entretanto, o físico e novelista inglês, Charles Percy Snow, em 1959 no seu livro seminal “The Two Cultures”, demonstrou que essa divisão é prejudicial à construção do conhecimento e não existem razões estruturantes para existir.
Se verificarmos o desenvolvimento das Tecnologias de Informação, indo até as suas raízes, encontraremos nomes como do alemão Gottfried Wilhelm von Leibniz (1646 – 1716), considerado o “o pai da TI”. Filósofo, cientista, matemático, diplomata e bibliotecário, Leibniz tinha habilidades nas áreas da metafísica, literatura, política, lógica, história entre outras.
Balzac, o hacker journalist
Com relação mais estreita com a comunicação, a brilhante trajetória literária e intelectual do pensador francês Honoré de Balzac (1799-1850), possui um lado que poucos conhecem.
Autor do célebre livro “Ilusões Perdidas”, que especialistas sobre o autor afirmam ser autobiográfico, Balzac narra a história do poeta Lucien de Rubempré, que faz carreira como jornalista em Paris, obtendo rápido sucesso e, também com velocidade, cai em desgraça devido ao jogo da imprensa da época.
Porém, o que pouco se diz é que Balzac era proprietário de uma editora e nela também exercia o ofício de tipógrafo. Ou seja, se fosse nos dias atuais, talvez Balzac teria uma start-up e seria um hacker journalist, devido ao seu entendimento e cruzamento técnico sobre as duas áreas do conhecimento humano.
Mas, quando pensamos na dificuldade de encontrar profissionais que cruzem essas áreas com competência e sabedoria, John Brockman lança 1995 o livro “The third culture”. Nele, Brockman sobe nos ombros de C.P. Snow e coloca mais uma camada da multidisplinariedade: as ciências biológicas. Hoje, vemos estudos e pesquisas na área da neurociência computacional, máquinas semióticas, web semântica etc.
Laboratório de mídia
Em algumas conversas com editores da mídia digital brasileira, enfatizo a necessidade de essas empresas investirem em laboratórios que integrem esses tipos de conhecimento e que dali possam surgir soluções inteligentes em sintonia com a necessidade informativa da sociedade conectada, que, de um modo ou de outro, já experimenta os resultados desses avanços desde Leibniz.
Mas a resposta é quase a mesma: falta de cultura dos empresários para entenderem que um laboratório desses é importante para possuir e construir o diferencial competitivo.
Vejamos o New York Times, que investe tanto em tecnologia nos seus produtos digitais conectados. O temor da “Bíblia do Jornalismo” não são os seus tradicionais concorrentes no mundo analógico que também migraram para a esfera digital, mas os milhares exemplos de startups que surgem nos EUA e que vão comendo fatias pequeninas do seu escopo de negócio.
Para fazer frente a esse tipo de ameaça, o NY Times formou equipes multidisciplinares que lhe garantem a permanência no jogo da nova economia digital.
Com uma estratégia mais agressiva, pois já nasceu nesse universo, o Google busca dentro das universidades esse tipo de perfil multidisciplinar. Como brinco, de um dia para ou outro, pesquisadores são “abduzidos” e começam a trabalhar na grande nave-mãe dos sistemas de relevância da informação.
Áreas relacionadas
Portanto, os “labels” Tecnologia e Comunicação são mais que quadradinhos de conhecimento. Eles fazem parte da realidade de forma estruturalmente relacionada.
Vistos assim e trabalhados sinergicamente dentro das empresas, elas conseguirão obter melhores resultados nos sistemas estruturados por TI e que necessitam de plataformas e conteúdo adequados ao seu público consumidor ou colaboradores.
IDGNOW
Waltet T. Lima
Pós-doutor Tecnologia e Comunicação. Docente do Programa de Pós-graduação da Cásper Líbero. Membro titular do Núcleo de Ciência Cognitiva da USP. Um dos pioneiros em conteúdo jornalístico na Web brasileira.
No papel, todas as palavras bem articuladas fazem sentido. Tecnologia e Comunicação formam um binômio quase imbatível nessa máxima quando colocadas lado a lado em um texto. Chamam a atenção.
Entretanto, dentro de uma empresa, no seu cotidiano de desafios, esses assuntos são tratados e trabalhados como se fossem água e óleo, ou seja, elementos que não se misturam.
São culturas que pensam que são diferentes. Uma oriunda das ciências ditas “ mais duras” e outra das Ciências Sociais Aplicadas. Entretanto, o físico e novelista inglês, Charles Percy Snow, em 1959 no seu livro seminal “The Two Cultures”, demonstrou que essa divisão é prejudicial à construção do conhecimento e não existem razões estruturantes para existir.
Se verificarmos o desenvolvimento das Tecnologias de Informação, indo até as suas raízes, encontraremos nomes como do alemão Gottfried Wilhelm von Leibniz (1646 – 1716), considerado o “o pai da TI”. Filósofo, cientista, matemático, diplomata e bibliotecário, Leibniz tinha habilidades nas áreas da metafísica, literatura, política, lógica, história entre outras.
Balzac, o hacker journalist
Com relação mais estreita com a comunicação, a brilhante trajetória literária e intelectual do pensador francês Honoré de Balzac (1799-1850), possui um lado que poucos conhecem.
Autor do célebre livro “Ilusões Perdidas”, que especialistas sobre o autor afirmam ser autobiográfico, Balzac narra a história do poeta Lucien de Rubempré, que faz carreira como jornalista em Paris, obtendo rápido sucesso e, também com velocidade, cai em desgraça devido ao jogo da imprensa da época.
Porém, o que pouco se diz é que Balzac era proprietário de uma editora e nela também exercia o ofício de tipógrafo. Ou seja, se fosse nos dias atuais, talvez Balzac teria uma start-up e seria um hacker journalist, devido ao seu entendimento e cruzamento técnico sobre as duas áreas do conhecimento humano.
Mas, quando pensamos na dificuldade de encontrar profissionais que cruzem essas áreas com competência e sabedoria, John Brockman lança 1995 o livro “The third culture”. Nele, Brockman sobe nos ombros de C.P. Snow e coloca mais uma camada da multidisplinariedade: as ciências biológicas. Hoje, vemos estudos e pesquisas na área da neurociência computacional, máquinas semióticas, web semântica etc.
Laboratório de mídia
Em algumas conversas com editores da mídia digital brasileira, enfatizo a necessidade de essas empresas investirem em laboratórios que integrem esses tipos de conhecimento e que dali possam surgir soluções inteligentes em sintonia com a necessidade informativa da sociedade conectada, que, de um modo ou de outro, já experimenta os resultados desses avanços desde Leibniz.
Mas a resposta é quase a mesma: falta de cultura dos empresários para entenderem que um laboratório desses é importante para possuir e construir o diferencial competitivo.
Vejamos o New York Times, que investe tanto em tecnologia nos seus produtos digitais conectados. O temor da “Bíblia do Jornalismo” não são os seus tradicionais concorrentes no mundo analógico que também migraram para a esfera digital, mas os milhares exemplos de startups que surgem nos EUA e que vão comendo fatias pequeninas do seu escopo de negócio.
Para fazer frente a esse tipo de ameaça, o NY Times formou equipes multidisciplinares que lhe garantem a permanência no jogo da nova economia digital.
Com uma estratégia mais agressiva, pois já nasceu nesse universo, o Google busca dentro das universidades esse tipo de perfil multidisciplinar. Como brinco, de um dia para ou outro, pesquisadores são “abduzidos” e começam a trabalhar na grande nave-mãe dos sistemas de relevância da informação.
Áreas relacionadas
Portanto, os “labels” Tecnologia e Comunicação são mais que quadradinhos de conhecimento. Eles fazem parte da realidade de forma estruturalmente relacionada.
Vistos assim e trabalhados sinergicamente dentro das empresas, elas conseguirão obter melhores resultados nos sistemas estruturados por TI e que necessitam de plataformas e conteúdo adequados ao seu público consumidor ou colaboradores.
IDGNOW
Waltet T. Lima
Pós-doutor Tecnologia e Comunicação. Docente do Programa de Pós-graduação da Cásper Líbero. Membro titular do Núcleo de Ciência Cognitiva da USP. Um dos pioneiros em conteúdo jornalístico na Web brasileira.
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
terça-feira, 24 de agosto de 2010
Porque os projetos de mídias sociais falham?
Mesmo focada apenas na Europa – precisamente em 12 países – uma pesquisa realizada pelo instituto alemão Brand Science pode prover alguns insights importantes.
Nos últimos 7 meses, eles acompanharam diversos projetos de mídias sociais voltados para o mercado Europeu, em busca de entender porque a maioria deles parece não atender as expectativas. Nem da agência, muito menos do cliente.
O estudo está resumido na apresentação abaixo. Mas os pontos principais são:
- 81% das empresas pesquisadas não possui uma estratégia clara de mídia sociais
- 73% dos projetos de mídias sociais precisaram demonstrar retorno financeiro depois de apenas 12 meses
- 72% acreditam que mídia social precisa ser viral
- 68% desconhecem a regra 90-9-1 na internet, que diz: 90% da pessoas são apenas consumidoras de conteúdo (não contribuem), 9% edita ou modifica conteúdo e apenas 1% cria conteúdo.
- 84% medem a performance de um projeto de mídias sociais com métricas tradicionais
- 37% acham que mídia social significa compra de mídia
- E apenas 11% possui um guideline de social media
Um ponto especial fala que 53% das empresas caem na armadilha-geek, mostrando o “Second Life” como exemplo. Você deve se lembrar dessa época.
Brainstorm9
Nos últimos 7 meses, eles acompanharam diversos projetos de mídias sociais voltados para o mercado Europeu, em busca de entender porque a maioria deles parece não atender as expectativas. Nem da agência, muito menos do cliente.
O estudo está resumido na apresentação abaixo. Mas os pontos principais são:
- 81% das empresas pesquisadas não possui uma estratégia clara de mídia sociais
- 73% dos projetos de mídias sociais precisaram demonstrar retorno financeiro depois de apenas 12 meses
- 72% acreditam que mídia social precisa ser viral
- 68% desconhecem a regra 90-9-1 na internet, que diz: 90% da pessoas são apenas consumidoras de conteúdo (não contribuem), 9% edita ou modifica conteúdo e apenas 1% cria conteúdo.
- 84% medem a performance de um projeto de mídias sociais com métricas tradicionais
- 37% acham que mídia social significa compra de mídia
- E apenas 11% possui um guideline de social media
Um ponto especial fala que 53% das empresas caem na armadilha-geek, mostrando o “Second Life” como exemplo. Você deve se lembrar dessa época.
Brainstorm9
terça-feira, 10 de agosto de 2010
Questões importantes sobre Interatividade na TV Digital.
Risco de monopólio do Ginga
Publicado por Valdecir Becker iTV - Interactive TV
O professor Luiz Fernando, da PUC-Rio, vem a tempos mostrando sua preocupação em relação ao andamento das implementações de Ginga no mercado brasileiro. A mais recente foi a entrevista para o IDG NOW, onde ele manifesta a preocupação com a falta de competividade e a possível imposição de um padrão de interatividade não aderente à norma brasileira.
Há três anos tinha pelo menos quatro empresas desenvolvendo o Ginga-NCL. Hoje temos apenas uma empresa oferendo o Ginga completo, com NCL e Java. A partir do momento que não existe concorrência, a norma elaborada pelo Fórum e ABNT perde o significado. Em vez do mercado se adequar a norma, para que todas as aplicações executem de maneira idêntica em todos os receptores, as aplicações precisam se adequar à implementação.
Como resultado, duas consequências imediatas. Primeira: fazer aplicações não é um processo simples. O que era para ser um mercado amplo, com ferramentas públicas e gratuitas, ficou restrito a pouquíssimas empresas. Não há ferramenta aberta ou gratuita que permita desenvolver e testar aplicações comerciais para o Ginga-J. Mesmo aplicações em NCL, testadas pela PUC-Rio e avalizadas como estando em conformidade com a norma, não são executadas nas versões Ginga Full do mercado.
Segunda consequência: as aplicações que estão no ar foram desenvolvidas para uma plataforma específica, o que significa que não executam nas outras. Se hoje o telespectador quiser ver todas as interatividade no ar, precisa de pelo menos dois receptores diferentes.
Nos últimos meses conversei com engenheiros de várias empresas que me garantiram que a versão do Ginga da LG, primeira que entrou no mercado, não segue a norma do ISDB-T em vários aspectos. Isso faz com que aplicações simples, feitas em NCL, não sejam executadas adequadamente.
A única forma de resolver isso é com uma suíte de testes, que homologue as implementações. Mas essa está distante. O Fórum do SBTVD ainda está criando um grupo de trabalho para cuidar do tema. Os resultados desse grupo de trabalho devem aparecer em alguns meses.
Outra opção seria comprar uma suíte já desenvolvida, ou transformar a homolagação em serviço. Pelo menos duas empresas manifestaram interesse em oferecer este serviço. O problema, neste caso, é o conflito de interesses, pois uma delas estaria homologando e testando a sua própria implementação.
Resumindo: problemas a vista.
TV conectada substitui interatividade na Europa
Todas as residências conectadas com banda larga, redes IPTV oferecendo 120 canais por 20 Euros mensais, conteúdo baixado da internet com a mesma experiência e qualidade da TV em broadcast. O que parece distante aos nossos olhos é realidade em vários países europeus, como a Finlândia, que sediou, em junho, a décima edição do EuroITV, principal evento de TV digital, interatividade e vídeo on line do mundo.
Esse acesso amplo à internet mudou costumes, hábitos e exigências do público, com reflexos diretos no mercado de televisão. A TV analógica faz parte do passado, assim como a interatividade, que, para muitos, foi uma experiência desastrosa. O EuroITV mostrou que a TV aberta e unidirecional pode estar com os dias contados, perdendo espaço para conteúdos personalizados e majoritariamente sob demanda. Pelo menos em países com ampla penetração da banda larga.
As pesquisas em televisão na Europa estão voltadas para a TV on line, também chamada de TV conectada e broadband TV. O foco é a TV social, com recursos de comunicação interpessoal incorporados aos receptores. A interatividade através de software embarcado no receptor (caso do Ginga no Brasil), é tratada como modelo ultrapassado e, com exceção da Inglaterra, como um modelo sem sucesso.
Confira o artigo na íntegra na última edição da Revista Produção Profissional, nas páginas 84 a 90.
Exemplo de mensagem de erro após o carregamento da aplicação de interatividade.
Publicado por Valdecir Becker iTV - Interactive TV
O professor Luiz Fernando, da PUC-Rio, vem a tempos mostrando sua preocupação em relação ao andamento das implementações de Ginga no mercado brasileiro. A mais recente foi a entrevista para o IDG NOW, onde ele manifesta a preocupação com a falta de competividade e a possível imposição de um padrão de interatividade não aderente à norma brasileira.
Há três anos tinha pelo menos quatro empresas desenvolvendo o Ginga-NCL. Hoje temos apenas uma empresa oferendo o Ginga completo, com NCL e Java. A partir do momento que não existe concorrência, a norma elaborada pelo Fórum e ABNT perde o significado. Em vez do mercado se adequar a norma, para que todas as aplicações executem de maneira idêntica em todos os receptores, as aplicações precisam se adequar à implementação.
Como resultado, duas consequências imediatas. Primeira: fazer aplicações não é um processo simples. O que era para ser um mercado amplo, com ferramentas públicas e gratuitas, ficou restrito a pouquíssimas empresas. Não há ferramenta aberta ou gratuita que permita desenvolver e testar aplicações comerciais para o Ginga-J. Mesmo aplicações em NCL, testadas pela PUC-Rio e avalizadas como estando em conformidade com a norma, não são executadas nas versões Ginga Full do mercado.
Segunda consequência: as aplicações que estão no ar foram desenvolvidas para uma plataforma específica, o que significa que não executam nas outras. Se hoje o telespectador quiser ver todas as interatividade no ar, precisa de pelo menos dois receptores diferentes.
Nos últimos meses conversei com engenheiros de várias empresas que me garantiram que a versão do Ginga da LG, primeira que entrou no mercado, não segue a norma do ISDB-T em vários aspectos. Isso faz com que aplicações simples, feitas em NCL, não sejam executadas adequadamente.
A única forma de resolver isso é com uma suíte de testes, que homologue as implementações. Mas essa está distante. O Fórum do SBTVD ainda está criando um grupo de trabalho para cuidar do tema. Os resultados desse grupo de trabalho devem aparecer em alguns meses.
Outra opção seria comprar uma suíte já desenvolvida, ou transformar a homolagação em serviço. Pelo menos duas empresas manifestaram interesse em oferecer este serviço. O problema, neste caso, é o conflito de interesses, pois uma delas estaria homologando e testando a sua própria implementação.
Resumindo: problemas a vista.
TV conectada substitui interatividade na Europa
Todas as residências conectadas com banda larga, redes IPTV oferecendo 120 canais por 20 Euros mensais, conteúdo baixado da internet com a mesma experiência e qualidade da TV em broadcast. O que parece distante aos nossos olhos é realidade em vários países europeus, como a Finlândia, que sediou, em junho, a décima edição do EuroITV, principal evento de TV digital, interatividade e vídeo on line do mundo.
Esse acesso amplo à internet mudou costumes, hábitos e exigências do público, com reflexos diretos no mercado de televisão. A TV analógica faz parte do passado, assim como a interatividade, que, para muitos, foi uma experiência desastrosa. O EuroITV mostrou que a TV aberta e unidirecional pode estar com os dias contados, perdendo espaço para conteúdos personalizados e majoritariamente sob demanda. Pelo menos em países com ampla penetração da banda larga.
As pesquisas em televisão na Europa estão voltadas para a TV on line, também chamada de TV conectada e broadband TV. O foco é a TV social, com recursos de comunicação interpessoal incorporados aos receptores. A interatividade através de software embarcado no receptor (caso do Ginga no Brasil), é tratada como modelo ultrapassado e, com exceção da Inglaterra, como um modelo sem sucesso.
Confira o artigo na íntegra na última edição da Revista Produção Profissional, nas páginas 84 a 90.
Exemplo de mensagem de erro após o carregamento da aplicação de interatividade.
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
A "Balela" da interatividade na TV Aberta!!!
Ligada à internet, tevê começa a ficar interativa
Aparelho ligado à banda larga concorre com a interatividade da TV aberta, que começa a ser trabalhada pelas emissoras
Marili Ribeiro e Renato Cruz - O Estado de S.Paulo
A disputa de audiência entre emissoras de TV e internet começa a acontecer numa tela só. Aparelhos com serviços interativos, que se conectam à banda larga, começam a ser mais comuns no varejo, com televisores de fabricantes como a Samsung e a LG. Ao mesmo tempo, as emissoras apostam no Ginga, software de interatividade da TV aberta, que, pelo menos por enquanto, está disponível somente em dois aparelhos da LG.
São dois modelos bem distintos de interatividade. No televisor conectado, a informação vem pela internet, de parceiros selecionados pelo fabricante. No aparelho com Ginga, os serviços interativos são transmitidos via ar pela emissora de TV, juntamente com a programação.
"O espectador ainda está se acostumando a usar a internet na TV", afirma Marcio Portella Daniel, diretor da Samsung, empresa que lançou modelos interativos no ano passado. Esses aparelhos não têm um navegador de internet. Os espectadores escolhem os serviços por meio de ícones parecidos com os que existem nos celulares inteligentes.
Para Fernanda Summa, gerente da LG, a TV aberta interativa e a TV com banda larga são produtos que se complementam. "Uma coisa não vai matar a outra", diz. "Os serviços interativos podem aumentar a audiência dos programas de TV."
As emissoras de televisão querem usar a interatividade para evitar que o telespectador saia da frente do aparelho. Ou que a escapadinha fique reduzida à visita ao toalete.
Desde a chegada da transmissão digital, há dois anos, a promessa da chamada interatividade na tevê está no ar. E assim permaneceu. Agora, com a chegada às lojas dos televisores com o software de interatividade Ginga, as desculpas acabaram.
"A interatividade vai além de uma novidade para atrair atenção do público e poder agregar valor ao negócio da televisão", reconhece Roberto Franco, diretor de tecnologia da Rede SBT. "Vamos oferecer mais informações, fazendo com que o público não tenha que levantar para conferi-las no computador".
Reter audiência, perdida para universo de ofertas online, tem sido uma tarefa árdua os programadores de entretenimento nas televisão aberta.
Mercado. Como a indústria lucra mais vendendo TVs com conversores embutidos, não tem havido muito investimento para desenvolver e vender conversores com o Ginga. Sendo assim, o recurso da interatividade fica restrito a um público limitado. O cálculo é que não existam mais do que 100 mil aparelhos com a funcionalidade no mercado. E como diz Franco, só vai ganhar relevância quando atingir massa crítica, o que pode levar até três anos. No Brasil, 96% da população já tem televisor em casa. Terá que haver troca dos atuais equipamentos.
O diretor de engenharia da TV Globo, Raymundo Barros, não tem pressa em acelerar esse processo. Conta que acompanha as discussões de como isso será feito há três anos dentro do fórum da TV digital.
A preocupação, nunca assumida abertamente é evitar ônus ao atraente mercado anunciante da televisão aberta, que fica com quase 60% da verba publicitária investida em veículos de comunicação no Brasil. Criar facilitadores para a internet pode fazer com que anunciantes deixem os intervalos comerciais por outras formas de anúncios.
"Nossa maior preocupação é garantir a interatividade em rede, para as 33 emissoras digitais afiliadas", explica Barros. "Trata-se de uma operação complexa e diferente de um site. Não basta pôr no ar. É uma ferramenta de comunicação que vai oferecer na tela da TV um aplicativo interativo. Se o aparelho não é interativo, não acontece nada. Mas nos modelos que são interativos, ao ser apertado no controle remoto vai surgir na tela o sinal que aciona a tecla interatividade."
No caso da Rede Globo, a janela que permite ao telespectador obter informações adicionais sobre o que acontece na tela aparece na lateral. "Há todo um grafismo integrado, por exemplo, ao adotado na linguagem da atual novela Passione, que é que já oferece a interatividade. Ao acessá-lo, o telespectador terá detalhes do capítulo perdido, ou poderá responder a enquetes sobre o desenvolvimento da novela." Na maior rede de televisão brasileira a opção foi pelo aplicativo individual para cada programa.
Estratégia. Já no SBT, a opção foi diferente, como explica Franco. "A partir de vários grupos de pesquisa com mais de 20 pessoas cada, fomos descobrindo quais as demandas que tiram os telespectadores da frente da telinha e desenvolvemos aplicativos para suprir essas necessidades", diz ele. "A maioria levanta para ver no computador dados sobre meteorologia, resultados de jogos e as últimas notícias". No SBT, a opção foi oferecer no primeiro clique a informação pura. Se o telespectador quiser mais detalhes, terá que dar um segundo clique e poderá obter mais informações sobre a novela em cartaz, como a sinopse.
Na hora em que é pressionada tecla de acesso à interação, aparece a primeira tela que oferecem as respostas mais comuns dos telespectadores da emissora. "De todos as emissoras que estão desenvolvendo o sinal para interatividade, só o SBT já o coloca à disposição por 24 horas", conta ele. Isso é possível porque a emissora escolheu a metodologia mais simples. O próximo passo, que está em estudo, será o de integrar essa interação com às mídias sociais e, futuramente, promover comércio eletrônico.
Aparelho ligado à banda larga concorre com a interatividade da TV aberta, que começa a ser trabalhada pelas emissoras
Marili Ribeiro e Renato Cruz - O Estado de S.Paulo
A disputa de audiência entre emissoras de TV e internet começa a acontecer numa tela só. Aparelhos com serviços interativos, que se conectam à banda larga, começam a ser mais comuns no varejo, com televisores de fabricantes como a Samsung e a LG. Ao mesmo tempo, as emissoras apostam no Ginga, software de interatividade da TV aberta, que, pelo menos por enquanto, está disponível somente em dois aparelhos da LG.
São dois modelos bem distintos de interatividade. No televisor conectado, a informação vem pela internet, de parceiros selecionados pelo fabricante. No aparelho com Ginga, os serviços interativos são transmitidos via ar pela emissora de TV, juntamente com a programação.
"O espectador ainda está se acostumando a usar a internet na TV", afirma Marcio Portella Daniel, diretor da Samsung, empresa que lançou modelos interativos no ano passado. Esses aparelhos não têm um navegador de internet. Os espectadores escolhem os serviços por meio de ícones parecidos com os que existem nos celulares inteligentes.
Para Fernanda Summa, gerente da LG, a TV aberta interativa e a TV com banda larga são produtos que se complementam. "Uma coisa não vai matar a outra", diz. "Os serviços interativos podem aumentar a audiência dos programas de TV."
As emissoras de televisão querem usar a interatividade para evitar que o telespectador saia da frente do aparelho. Ou que a escapadinha fique reduzida à visita ao toalete.
Desde a chegada da transmissão digital, há dois anos, a promessa da chamada interatividade na tevê está no ar. E assim permaneceu. Agora, com a chegada às lojas dos televisores com o software de interatividade Ginga, as desculpas acabaram.
"A interatividade vai além de uma novidade para atrair atenção do público e poder agregar valor ao negócio da televisão", reconhece Roberto Franco, diretor de tecnologia da Rede SBT. "Vamos oferecer mais informações, fazendo com que o público não tenha que levantar para conferi-las no computador".
Reter audiência, perdida para universo de ofertas online, tem sido uma tarefa árdua os programadores de entretenimento nas televisão aberta.
Mercado. Como a indústria lucra mais vendendo TVs com conversores embutidos, não tem havido muito investimento para desenvolver e vender conversores com o Ginga. Sendo assim, o recurso da interatividade fica restrito a um público limitado. O cálculo é que não existam mais do que 100 mil aparelhos com a funcionalidade no mercado. E como diz Franco, só vai ganhar relevância quando atingir massa crítica, o que pode levar até três anos. No Brasil, 96% da população já tem televisor em casa. Terá que haver troca dos atuais equipamentos.
O diretor de engenharia da TV Globo, Raymundo Barros, não tem pressa em acelerar esse processo. Conta que acompanha as discussões de como isso será feito há três anos dentro do fórum da TV digital.
A preocupação, nunca assumida abertamente é evitar ônus ao atraente mercado anunciante da televisão aberta, que fica com quase 60% da verba publicitária investida em veículos de comunicação no Brasil. Criar facilitadores para a internet pode fazer com que anunciantes deixem os intervalos comerciais por outras formas de anúncios.
"Nossa maior preocupação é garantir a interatividade em rede, para as 33 emissoras digitais afiliadas", explica Barros. "Trata-se de uma operação complexa e diferente de um site. Não basta pôr no ar. É uma ferramenta de comunicação que vai oferecer na tela da TV um aplicativo interativo. Se o aparelho não é interativo, não acontece nada. Mas nos modelos que são interativos, ao ser apertado no controle remoto vai surgir na tela o sinal que aciona a tecla interatividade."
No caso da Rede Globo, a janela que permite ao telespectador obter informações adicionais sobre o que acontece na tela aparece na lateral. "Há todo um grafismo integrado, por exemplo, ao adotado na linguagem da atual novela Passione, que é que já oferece a interatividade. Ao acessá-lo, o telespectador terá detalhes do capítulo perdido, ou poderá responder a enquetes sobre o desenvolvimento da novela." Na maior rede de televisão brasileira a opção foi pelo aplicativo individual para cada programa.
Estratégia. Já no SBT, a opção foi diferente, como explica Franco. "A partir de vários grupos de pesquisa com mais de 20 pessoas cada, fomos descobrindo quais as demandas que tiram os telespectadores da frente da telinha e desenvolvemos aplicativos para suprir essas necessidades", diz ele. "A maioria levanta para ver no computador dados sobre meteorologia, resultados de jogos e as últimas notícias". No SBT, a opção foi oferecer no primeiro clique a informação pura. Se o telespectador quiser mais detalhes, terá que dar um segundo clique e poderá obter mais informações sobre a novela em cartaz, como a sinopse.
Na hora em que é pressionada tecla de acesso à interação, aparece a primeira tela que oferecem as respostas mais comuns dos telespectadores da emissora. "De todos as emissoras que estão desenvolvendo o sinal para interatividade, só o SBT já o coloca à disposição por 24 horas", conta ele. Isso é possível porque a emissora escolheu a metodologia mais simples. O próximo passo, que está em estudo, será o de integrar essa interação com às mídias sociais e, futuramente, promover comércio eletrônico.
quinta-feira, 29 de julho de 2010
sexta-feira, 23 de julho de 2010
Evento de Lançamento do livro: Linkania - uma teoria de redes from Aline Cortes on Vimeo.
O livro mostra como o uso da web promoveu mudanças comportamentais na sociedade contemporânea. A participação ativa das pessoas em rede, a troca generosa de links, a catalisação de conversas. Esse comportamento da sociedade contemporânea é chamado por muitos de Linkania: “uma palavra que foi cunhada para identificar a rede que habitamos. Falar de linkania é, sobretudo, abrir espaços para possibilidades nas quais reverbera uma multidão hiperconectada”, avalia o autor. Segundo Dimantas, participar da rede não é um ato efêmero, a forma de participar é real como a vida, pois o virtual envolve o cotidiano. A obra analisa o universo da Web, sob o viés comportamental, mostrando como o tempo ganhou novo significado e como a cadeia produtiva de informações se transformou radicalmente.
Livro: "Software Livre, Cultura Hacker e Ecossistema da Colaboração"
"Se você tem uma maçã e eu tenho uma maçã, e nós trocamos as maçãs, então você e eu ainda teremos uma maçã. Mas se você tem uma idéia e eu tenho uma idéia, e nós trocamos essas idéias, então cada um de nós terá duas idéias."
George Bernard Shaw
O Projeto Software Livre Brasil é uma rede social, mantida pela Associação Software Livre.org, que reúne universidades, empresários, poder público, grupos de usuários, hackers, ONG's e ativistas pela liberdade do conhecimento. Temos como objetivo a promoção do uso e do desenvolvimento do software livre como uma alternativa de liberdade econômica e tecnológica.
Participe:
Esta é a comunidade do livro (Baixar aqui PDF) Software Livre, Cultura Hacker e Ecossistema da Colaboração, que foi lançado, inicialmente, no 10º Fórum Internacional de Software Livre (FISL) na PUC em Porto Alegre. Aqui, leitoras/es do livro são convidados à colaborar na continuação das pesquisas sobre essa temática por meio de um ambiente digital e interativo, onde será possível acrescentar novas informações e contribuições sobre os temas abordados, como também participar de debates com os autores sobre o conteúdo apresentado ao longo de todos os artigos do livro.
Autor(es)
Sergio Amadeu
Anderson F. de Alencar
Murilo B. Machado
Rafael Evangelista
Vicente Aguiar
George Bernard Shaw
O Projeto Software Livre Brasil é uma rede social, mantida pela Associação Software Livre.org, que reúne universidades, empresários, poder público, grupos de usuários, hackers, ONG's e ativistas pela liberdade do conhecimento. Temos como objetivo a promoção do uso e do desenvolvimento do software livre como uma alternativa de liberdade econômica e tecnológica.
Participe:
Esta é a comunidade do livro (Baixar aqui PDF) Software Livre, Cultura Hacker e Ecossistema da Colaboração, que foi lançado, inicialmente, no 10º Fórum Internacional de Software Livre (FISL) na PUC em Porto Alegre. Aqui, leitoras/es do livro são convidados à colaborar na continuação das pesquisas sobre essa temática por meio de um ambiente digital e interativo, onde será possível acrescentar novas informações e contribuições sobre os temas abordados, como também participar de debates com os autores sobre o conteúdo apresentado ao longo de todos os artigos do livro.
Autor(es)
Sergio Amadeu
Anderson F. de Alencar
Murilo B. Machado
Rafael Evangelista
Vicente Aguiar
quarta-feira, 21 de julho de 2010
Netweaving - Articulação e Animação de Redes - 1/18
Netweaving: Articulação e Animação de Redes
Augusto de Franco
Conferência Internacional Sobre Redes Sociais
CIRS - Março 2010
Escola de Redes
http://escoladeredes.ning.com/
segunda-feira, 12 de julho de 2010
Como acabar com sua empresa em apenas 140 caracteres.
Do: Midiatismo.
Apresentação de trabalho deTCC da @CadyWitter . Como parte do trabalho foi divulgada uma pesquisa feita através do Google Docs onde havia perguntas sobre o relacionamento dos internautas com as empresas dentro do Twitter.
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Apresentação de trabalho deTCC da @CadyWitter . Como parte do trabalho foi divulgada uma pesquisa feita através do Google Docs onde havia perguntas sobre o relacionamento dos internautas com as empresas dentro do Twitter.
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quinta-feira, 8 de julho de 2010
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Se a "Marca" Apple já era o "objeto de desejo e sedução" antes do iPad, imagina agora!!! Veja vídeos.
Apple é a empresa de maior impacto sobre consumidores do mundo, afirma pesquisa
A marca Apple tem o maior impacto sobre os consumidores mundiais, enquanto a marca Microsoft e o valor de marca dos Estados Unidos como nação são vistos como os que mais precisam de reconstrução, de acordo com pesquisa divulgada pela revista online brandchannel.com.
A revista solicitou aos seus leitores que identificassem as marcas com o maior impacto sobre suas vidas, e que dissessem como elas afetam o comportamento dos consumidores e sua visão do mundo. Os quase dois mil profissionais e estudantes que votaram selecionaram a Apple como vencedora por maioria esmagadora. A criadora do iPod e do computador Macintosh triunfou em seis categorias, entre as quais "marca mais inspiradora" e "aquela sem a qual os consumidores dizem não poder viver."
domingo, 13 de junho de 2010
quarta-feira, 2 de junho de 2010
Facebook será um concorrente do Google Search!
Por Alex Primo
Para alguns, o Facebook quer desbancar o Twitter. Para outros analistas, como Kevin Rose (criador do Digg), a empresa pode ter planos muito mais ambiciosos. Em seu videocast Diggnation, Rose apostou que em breve o Facebook poderá transformar-se em um sério competidor do mecanismo de busca do Google.
Você já deve ter percebido que os botões de"Recomendar" e "Curtir" (ou "Like") do Facebook vem se espalhando pela web. Sites jornalísticos, como o da CNN, incorporam o botão ao lado de suas notícias. Sempre que um interagente logado no Facebook clica em "Recomendar" essa notícia é enviada para sua página naquele site de rede social. A partir desse procedimento, todos os seus amigos podem visualizar essa recomendação.
Na verdade, os botões de compartilhar no Facebook, Twitter e outras redes já estavam disponíveis há algum tempo. O que se percebe agora é que o Facebook vem aperfeiçoando essa funcionalidade. Mas com qual objetivo? Cada vez que você deliberadamente clica em um botão de "Curtir" você envia para a empresa uma valiosa informação. Enquanto o Google pode apenas rankear sites em virtude de dados quantitativos, o Facebook poderá em um futuro breve oferecer um mecanismo de busca com base em informações qualitativas. De posse de registros sobre seus gostos e hábitos, como também de seus amigos, o Facebook poderá fazer julgamentos em tempo real sobre que tipo de sites ou páginas na web você tem interesse. E isso tem repercussões não apenas em buscas. Você já deve ter visto o botão do Facebook ao lado de anúncios, não é? Pois veja que isso também fortalecerá a empresa no mercado publicitário.
Como sabemos, robôs são burros. Eles não conseguem compreender o que está escrito nas páginas. É por isso que o algoritmo do Google, e de seus concorrentes diretos, quantifica quantos links uma determinada página recebe. Baseando-se nessa "popularidade", o Google organiza seus resultados de busca. Apesar do poder de arquivamento de dados da gigante Google, conhecemos a limitação desse procedimento. Muitos são os sites de spammers e blogs "caça paraquedistas" que conseguem burlar o sistema. É justamente nesse sentido que há vários anos se aponta os mecanismos de busca sociais como futuro do setor. Para que isso funcione, as pessoas precisam julgar cada página que visitam. Essas informações ofereceriam elementos qualitativos (gostar, recomendar, por exemplo) para os mecanismos de busca ditos sociais. Ainda que muitas empresas venham tentando atuar no setor, nenhuma delas ainda conseguiu ter um volume de dados suficiente para mapear a web e julgar a relevância do conteúdo. Algumas dessas iniciativas dependem da instalação de toolbars em seu browser, o que nem sempre é bem visto.
Você já teve a oportunidade de conferir o valor da recomendação de amigos e conhecidos que você confia. Serviços de social bookmarking e tagging (como Delicious e StumbleUpon) são exemplos clássicos do compartilhamento de informações e julgamentos qualitativos em tempo real. Por outro lado, o volume de uso desses serviços não é suficiente para que aquelas empresas se qualifiquem a oferecer um potente mecanismo de busca na Web.
O Facebook, por outro lado, tem planos muito ambiciosos. Como o sistema de recomendação está diretamente conectado com as redes sociais de seus interagentes, a empresa poderá em algum tempo reunir e maipular esses dados. Ora, quando faço uma busca eu não quero encontrar tudo que está disponível na rede. Quero recuperar aquilo que está diretamente ligado aos meus interesses daquele momento. Como as chances de meus amigos e colegas terem interesses parecidos é alta, o cruzamento da minha busca com aquelas realizadas por meus amigos pode oferecer resultados muito relevantes. Além disso, o registro de páginas recomendadas por mim e por meus amigos configura outro conjunto de dados a serem levados em conta no momento da pesquisa.
O próprio Google tem seu projeto de busca social, como mostra o vídeo abaixo. A diferença entre as duas gigantes é que o Facebook é um site de rede social muito sólido, cujos interagentes são realmente participativos. Além disso, seus botões de compartilhamento estão espalhados pela rede. O Google, por outro lado, é a maior autoridade em mecanismos de busca, mas vem falhando em sites de redes sociais (orkut, Buzz, Wave).
Como se pode ver neste verbete da Wikipédia sobre social search, esse tipo de procedimento tinha perdido um pouco de interesse (veja que as referências no verbete não tem sido atualizadas). Mas talvez apenas uma empresa tão ambiciosa como o Facebook, e com uma base de interagentes tão grande e motivada, possa sacudir o setor.
Você tem medo disso? Isso pode ameaçar sua privacidade? Esse é o risco de oferecer ainda mais dados para o Facebook.
Para alguns, o Facebook quer desbancar o Twitter. Para outros analistas, como Kevin Rose (criador do Digg), a empresa pode ter planos muito mais ambiciosos. Em seu videocast Diggnation, Rose apostou que em breve o Facebook poderá transformar-se em um sério competidor do mecanismo de busca do Google.
Você já deve ter percebido que os botões de"Recomendar" e "Curtir" (ou "Like") do Facebook vem se espalhando pela web. Sites jornalísticos, como o da CNN, incorporam o botão ao lado de suas notícias. Sempre que um interagente logado no Facebook clica em "Recomendar" essa notícia é enviada para sua página naquele site de rede social. A partir desse procedimento, todos os seus amigos podem visualizar essa recomendação.
Na verdade, os botões de compartilhar no Facebook, Twitter e outras redes já estavam disponíveis há algum tempo. O que se percebe agora é que o Facebook vem aperfeiçoando essa funcionalidade. Mas com qual objetivo? Cada vez que você deliberadamente clica em um botão de "Curtir" você envia para a empresa uma valiosa informação. Enquanto o Google pode apenas rankear sites em virtude de dados quantitativos, o Facebook poderá em um futuro breve oferecer um mecanismo de busca com base em informações qualitativas. De posse de registros sobre seus gostos e hábitos, como também de seus amigos, o Facebook poderá fazer julgamentos em tempo real sobre que tipo de sites ou páginas na web você tem interesse. E isso tem repercussões não apenas em buscas. Você já deve ter visto o botão do Facebook ao lado de anúncios, não é? Pois veja que isso também fortalecerá a empresa no mercado publicitário.
Como sabemos, robôs são burros. Eles não conseguem compreender o que está escrito nas páginas. É por isso que o algoritmo do Google, e de seus concorrentes diretos, quantifica quantos links uma determinada página recebe. Baseando-se nessa "popularidade", o Google organiza seus resultados de busca. Apesar do poder de arquivamento de dados da gigante Google, conhecemos a limitação desse procedimento. Muitos são os sites de spammers e blogs "caça paraquedistas" que conseguem burlar o sistema. É justamente nesse sentido que há vários anos se aponta os mecanismos de busca sociais como futuro do setor. Para que isso funcione, as pessoas precisam julgar cada página que visitam. Essas informações ofereceriam elementos qualitativos (gostar, recomendar, por exemplo) para os mecanismos de busca ditos sociais. Ainda que muitas empresas venham tentando atuar no setor, nenhuma delas ainda conseguiu ter um volume de dados suficiente para mapear a web e julgar a relevância do conteúdo. Algumas dessas iniciativas dependem da instalação de toolbars em seu browser, o que nem sempre é bem visto.
Você já teve a oportunidade de conferir o valor da recomendação de amigos e conhecidos que você confia. Serviços de social bookmarking e tagging (como Delicious e StumbleUpon) são exemplos clássicos do compartilhamento de informações e julgamentos qualitativos em tempo real. Por outro lado, o volume de uso desses serviços não é suficiente para que aquelas empresas se qualifiquem a oferecer um potente mecanismo de busca na Web.
O Facebook, por outro lado, tem planos muito ambiciosos. Como o sistema de recomendação está diretamente conectado com as redes sociais de seus interagentes, a empresa poderá em algum tempo reunir e maipular esses dados. Ora, quando faço uma busca eu não quero encontrar tudo que está disponível na rede. Quero recuperar aquilo que está diretamente ligado aos meus interesses daquele momento. Como as chances de meus amigos e colegas terem interesses parecidos é alta, o cruzamento da minha busca com aquelas realizadas por meus amigos pode oferecer resultados muito relevantes. Além disso, o registro de páginas recomendadas por mim e por meus amigos configura outro conjunto de dados a serem levados em conta no momento da pesquisa.
O próprio Google tem seu projeto de busca social, como mostra o vídeo abaixo. A diferença entre as duas gigantes é que o Facebook é um site de rede social muito sólido, cujos interagentes são realmente participativos. Além disso, seus botões de compartilhamento estão espalhados pela rede. O Google, por outro lado, é a maior autoridade em mecanismos de busca, mas vem falhando em sites de redes sociais (orkut, Buzz, Wave).
Como se pode ver neste verbete da Wikipédia sobre social search, esse tipo de procedimento tinha perdido um pouco de interesse (veja que as referências no verbete não tem sido atualizadas). Mas talvez apenas uma empresa tão ambiciosa como o Facebook, e com uma base de interagentes tão grande e motivada, possa sacudir o setor.
Você tem medo disso? Isso pode ameaçar sua privacidade? Esse é o risco de oferecer ainda mais dados para o Facebook.
terça-feira, 1 de junho de 2010
Apple abre iBookStore para escritores independentes
A iBookStore da Apple, lançada junto com o iPad, funciona como uma livraria digital, na qual usuários podem comprar e-books.
Os escritores, entretanto, para comercializarem suas obras, dependiam de editoras ou de serviços de publicação independente.
Mas, de acordo com o site Information Week, a Apple afirmou que vai permitir que escritores publiquem suas obras de forma independente através do iTunes Connect. Trata-se de uma ferramenta da empresa voltada para vendas online e gerenciamento de marketing para escritores, editoras e desenvolvedores.
Para usufruir da novidade, o escritor norte-americano deverá possuir um ISBN para cada título comercializado, que também deve ser disponibilizado no formato EPUB, uma conta na iTunes Store, uma identificação válida de contribuinte do fisco norte-americano e um computador Mac moderno para compilar seu e-book. A compilação deve ser feita com um software da Apple. Dessa forma, a empresa da maçã adiciona o DRM da empresa ao livro, para garantir que ele não será distribuído em outros dispositivos, além de iPhone, iPod ou iPad.
Ainda não se sabe quanto do valor de cada obra será recolhido pela Apple. No caso dos desenvolvedores de aplicativos, essa taxa fica em torno dos 30% do valor da venda.
Fonte: Geek
segunda-feira, 24 de maio de 2010
Mídias Sociais aplicadas ao Jornalismo
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Mídias Sociais aplicadas ao Jornalismo
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sábado, 22 de maio de 2010
Escrever o Futuro!!! Mais uma campanha mundial e bilionária da Marca NIKE, Inc.
Write The Future from Nalden on Vimeo.
Um filme repleto de acção que reúne alguns dos maiores jogadores do mundo para inspirar os amantes do futebol e fãs do esporte em todo o mundo.
terça-feira, 18 de maio de 2010
Conheça o Projeto Diaspora: O Anti-Facebook ou uma Rede Social Descentralizada!!! Para os amantes da liberdade e privacidade de dados nas mídias sociais!
Por que a privacidade e conectividade não podem andar de mãos dadas? Esta é a questão discutida pelos responsáveis pelo projeto Diaspora, um empreendimento ambicioso para a construção de um “anti-Facebook”, que é uma rede social distribuída e open source que promete aos usuários o total controle sobre seus dados pessoais.
Surgido a partir de uma visão de quatro estudantes de ciência da computação de NY, o projeto Diaspora substituiria a web social centralizada de hoje (sim, o Facebook) por uma rede descentralizada, continuando a oferecer algo que seja conveniente e fácil para o uso de todos.
Segundo a página do projeto, os estudantes Daniel Grippi, Maxwell Salzberg, Raphael Sofaer, e Ilya Zhitomirskiy se reuniram por muitas noites para construir um Makerbot, (para você que não é geek, isso é um tipo de robô) e eles “começaram a discutir como seria uma rede social distribuída.”
O resultado final destas discussões foi a ideia do Diaspora. Então eles pararam de falar sobre isso e começaram a construir.
O projeto agora está hospedado no Kickstarter.org, uma plataforma social de arrecadação de fundos onde os empreendedores e outros profissionais investidores em crowdsourcing podem criar um objetivo de projeto, estabelecer um deadline e um set opcional de recompensas para as pessoas que apoiarem o projeto.
No caso do Diaspora, falta menos de US$ 2.000 para atingir seu objetivo de US$ 10.000 com menos de um mês para atingir seu deadline. Se o projeto receber o nível necessário de financiamento até o dia primeiro de Junho, ele será construído e o código será liberado como software livre utilizando a licença de software open-source aGPL.
O que é uma Rede Social Descentralizada?
Afinal, o que é o Diaspora? Em vez de ser um portal singular como o Facebook, o Diaspora é uma rede distribuída em que computadores separados conectam uns aos outros diretamente, sem passar por qualquer tipo de servidor central.
Uma vez criada, esta rede poderia agregar suas informações, incluindo seu perfil do Facebook, se você quiser. Ela pode também importar coisas como tweets, feeds RSS, fotos, etc, assim como o agregador social FriendFeed. Um framework de plugins planejado poderia estender essas possibilidades ainda mais.
Seu computador, chamado de “seed” pelo Diaspora, poderia integrar aos serviços conectados de várias formas. Por exemplo, um upload de foto para o Flickr poderia automaticamente se tornar um tweet utilizando a legenda e o link.
Quando seu adiciona um amigo, tecnicamente falando você está se tornando amigo do feed. Não há um servidor centralizado gerenciando essas conexões como existe no Facebook, são somente dois computadores “conversando” entre eles. Os amigos podem compartilhar suas informações, conteúdo, mídia e qualquer outra coisa entre eles de maneira privada usando criptografia GPG.
Diaspora, uma Solução Turn-Key
Nem todos serão tecnicamente capazes (ou interessados) em configurar seu computador para funcionar como um “seed”, mas há alguns planos para oferecer um serviço pago de turn-key, semelhante ao do Wordpress.com. O Wordpress mesmo é um software que você pode instalar e configurar no seu próprio servidor, se você deseja fazê-lo, mas se você não é lá tão técnico assim, em vez disso você pode optar por começar rapidamente um blog via Wordpress.com. O Diaspora funcionaria de forma semelhante.
Grande parte disso deve lhe soar familiar, principalmente comparando com o projeto Unite do Opera, uma ideia exagerada de “reinvenção da web” do criador do navegador. No Opera Unite os usuários podem compartilhar documentos, fotos, músicas, vídeos e rodar sites e salas de chat ligando diretamente dois computadores.
No entanto, na configuração do Opera Unite, existem servidores proxy do Opera envolvidos, o que levou a alguns problemas, principalmente quando esses servidores caíam. No Diaspora não haveria este problema
Nem todos serão tecnicamente capazes (ou interessados) em configurar seu computador para funcionar como um “seed”, mas há alguns planos para oferecer um serviço pago de turn-key, semelhante ao do Wordpress.com. O Wordpress mesmo é um software que você pode instalar e configurar no seu próprio servidor, se você deseja fazê-lo, mas se você não é lá tão técnico assim, em vez disso você pode optar por começar rapidamente um blog via Wordpress.com. O Diaspora funcionaria de forma semelhante.
Grande parte disso deve lhe soar familiar, principalmente comparando com o projeto Unite do Opera, uma ideia exagerada de “reinvenção da web” do criador do navegador. No Opera Unite os usuários podem compartilhar documentos, fotos, músicas, vídeos e rodar sites e salas de chat ligando diretamente dois computadores.
No entanto, na configuração do Opera Unite, existem servidores proxy do Opera envolvidos, o que levou a alguns problemas, principalmente quando esses servidores caíam. No Diaspora não haveria este problema.
Sucesso Mainstream?
Ainda assim, os conceitos por trás do Diaspora, mesmo que alguns adeptos da tecnologia venham a adorar, podem ser difíceis de serem aceitos para os usuários diários do Facebook que ainda estão tentando descobrir como postar um link ou um vídeo em sua parede. Distribuída? Descentralizada? Open-source? Hãn? Lembre-se do identi.ca, o twitter open source que ninguém usa.
Se o projeto Diaspora for concretizado, caberá aos defensores da tecnologia posicionar o serviço turn-key de uma maneira que soe simples e atraente para essa classe de usuários “comuns”. Atingir os problemas de privacidade do Facebook pode ser um bom começo, ao menos para descentralizar o controle.
Gostaríamos que este serviço fosse para frente, mesmo que não se torne mainstream, porque iria finalmente oferecer aos defensores da privacidade uma alternativa real para o Facebook.
Para obter mais informações sobre o projeto e sobre o potencial das redes sociais distribuídas em geral, confira o Q&A entre Luis Villa da Mozilla e a equipe aqui.
Fonte: ReadWriteWeb
Brasil
quinta-feira, 29 de abril de 2010
A TV interativa chegou no Twitter!
A TV digital já está entre nós. Mas quem aguardava ansiosamente pela TV interativa ainda vai precisar esperar até que o padrão brasileiro Ginga esteja bem sedimentado. De toda forma, quando os botões coloridos de nossos novos controles remotos passarem realmente a serem úteis, muita gente vai ficar frustrada. Em tempos de Web 2.0 e de redes sociais na internet, a escolha entre 4 alternativas em canais televisivos vai parecer muito pouco. Sim, pode ser útil encontrar um link para se comprar os óculos usados pelo ator principal do filme ou votar na matéria do Fantástico da semana que vem. Por outro lado, quem sonhava em debater uma reportagem com o William Bonner durante a exibição do telejornal vai precisar se resignar com o fato de que a televisão vai continuar basicamente monológica. Mas sejamos sinceros, quem quer ficar discutindo programas de TV através dos canais televisivos? Como a TV é fundamentalmente um meio massivo, podemos inferir que conversação e massa são termos que se opõem. A massa não conversa, não pode se encontrar e debater.
Já os serviços da Web 2.0 são projetados para fomentar a produção colaborativa. Já não queremos mais apenas navegar por entre links previamente definidos — uma interação simplesmente reativa. Queremos intervir, transformar, construir conjuntamente, debater (o que chamo de interação mútua). Por mais que minha TV LCD esteja hoje ligada diretamente na internet, o que encontro é uma nova forma de seleção de conteúdos. A essência da TV é a transmissão. Os vídeos por demanda que hoje são oferecidos prolongam essa lógica. Tão logo eu requeira uma informação, ela me é transmitida linearmente. A votação em um programa “interativo” pode parecer uma revolução há muito aguardada. Mesmo assim, seu objetivo final é a definição do pacote que será enviado a todos os telespectadores. Portanto, precisamos reconhecer: a televisão é um meio muito ruim para o diálogo. Computadores, em suas múltiplas formas e tamanhos, oferecem recursos melhores, mais rápidos e com melhor usabilidade para aquele fim. Em sentido contrário, a televisão ainda parece ser o melhor meio para... assistir televisão! A tela grande, a qualidade da imagem e a nova razão de aspecto (16:9) das novas TVs vieram atualizar a experiência televisiva. Como então combinar esses dois mundos?É aí que entra a combinação da TV com o Twitter. Cada vez mais testemunhamos pessoas discutindo no Twitter os programas que estão assistindo. Um notebook no colo ou um smartphone na mão abrem a porta para a interação conversacional. Quer reclamar do juiz que não marcou o pênalti, debater uma matéria do telejornal ou criticar o apresentador do programa de auditório? Envie uma mensagem para o Twitter. Se um amigo seu estiver assistindo o mesmo programa, é possível que vocês iniciem um diálogo que conjugue o espaço televisivo e a twittosfera! Confesso que várias vezes já liguei a TV para assistir ao programa que estava sendo comentado por outros twitteiros. E, logo depois, já estava escrevendo sobre o que via. Creio que os comentários e tags criadas durante o Big Brother (BBB 10) é um dos principais exemplos nacionais desse tipo de procedimento. Mesmo assim, testemunhamos todos os dias as pessoas discutindo no Twitter a novela, o Fantástico, jogos e até filmes.
Claro, esse não é um comportamento de todo assinante do Twitter. De toda forma, mostra uma vontade de interagir, de pensar juntos o que está sendo visto. Esse telespectador/twitteiro nos mostra que a televisão continua sendo uma opção de entretenimento. Por outro lado, não aceita mais a cômoda posição no sofá. Além de consumir o produto televisivo, ele quer ressignificar os conteúdos que recebe. Quer compartilhar suas opiniões e escutar o que os outros tem a dizer. Não o ruído de toda a massa, mas sim o que pensam os participantes de suas comunidades.
Este é certamente um breve estágio na experiência televisiva interativa. Mas nos mostra que a demanda existe. Resta observarmos que interfaces serão desenvolvidas para viabilizar a interação desses agitados telespectadores
Alex Primo
Já os serviços da Web 2.0 são projetados para fomentar a produção colaborativa. Já não queremos mais apenas navegar por entre links previamente definidos — uma interação simplesmente reativa. Queremos intervir, transformar, construir conjuntamente, debater (o que chamo de interação mútua). Por mais que minha TV LCD esteja hoje ligada diretamente na internet, o que encontro é uma nova forma de seleção de conteúdos. A essência da TV é a transmissão. Os vídeos por demanda que hoje são oferecidos prolongam essa lógica. Tão logo eu requeira uma informação, ela me é transmitida linearmente. A votação em um programa “interativo” pode parecer uma revolução há muito aguardada. Mesmo assim, seu objetivo final é a definição do pacote que será enviado a todos os telespectadores. Portanto, precisamos reconhecer: a televisão é um meio muito ruim para o diálogo. Computadores, em suas múltiplas formas e tamanhos, oferecem recursos melhores, mais rápidos e com melhor usabilidade para aquele fim. Em sentido contrário, a televisão ainda parece ser o melhor meio para... assistir televisão! A tela grande, a qualidade da imagem e a nova razão de aspecto (16:9) das novas TVs vieram atualizar a experiência televisiva. Como então combinar esses dois mundos?É aí que entra a combinação da TV com o Twitter. Cada vez mais testemunhamos pessoas discutindo no Twitter os programas que estão assistindo. Um notebook no colo ou um smartphone na mão abrem a porta para a interação conversacional. Quer reclamar do juiz que não marcou o pênalti, debater uma matéria do telejornal ou criticar o apresentador do programa de auditório? Envie uma mensagem para o Twitter. Se um amigo seu estiver assistindo o mesmo programa, é possível que vocês iniciem um diálogo que conjugue o espaço televisivo e a twittosfera! Confesso que várias vezes já liguei a TV para assistir ao programa que estava sendo comentado por outros twitteiros. E, logo depois, já estava escrevendo sobre o que via. Creio que os comentários e tags criadas durante o Big Brother (BBB 10) é um dos principais exemplos nacionais desse tipo de procedimento. Mesmo assim, testemunhamos todos os dias as pessoas discutindo no Twitter a novela, o Fantástico, jogos e até filmes.
Claro, esse não é um comportamento de todo assinante do Twitter. De toda forma, mostra uma vontade de interagir, de pensar juntos o que está sendo visto. Esse telespectador/twitteiro nos mostra que a televisão continua sendo uma opção de entretenimento. Por outro lado, não aceita mais a cômoda posição no sofá. Além de consumir o produto televisivo, ele quer ressignificar os conteúdos que recebe. Quer compartilhar suas opiniões e escutar o que os outros tem a dizer. Não o ruído de toda a massa, mas sim o que pensam os participantes de suas comunidades.
Este é certamente um breve estágio na experiência televisiva interativa. Mas nos mostra que a demanda existe. Resta observarmos que interfaces serão desenvolvidas para viabilizar a interação desses agitados telespectadores
Alex Primo
terça-feira, 27 de abril de 2010
A TV do futuro - promessas e realidades sobre a TV 3D.(por Valdecir Becker)
iTV - Interactive TV
A moda agora definitivamente é 3D. Jogos, filmes, televisão. Essa foi a mensagem passada pelos palestrantes do evento A TV do Futuro, organizado pelo colunista do Estadão Ethevaldo Siqueira, que aconteceu ontem no Centro Britânico Brasileiro. Com palestras abordando desde o funcionamento da tecnologia de telas até modelos de conteúdo estereoscópico, a aposta no 3D permeou todos os debates, beirando a ficção científica em alguns casos (na USP já se estuda a evolução da TV 3D: a TV holográfica!).
Do ponto de vista da indústria, unanimidade. Tanto Philips, quanto LG, apostam pesado na disseminação do 3D. Walter Duran, diretor da Philips, disse ter certeza de que em cinco anos o mercado de TVs tridimensionais será inevitável e predominante. Já Fernanda Summa, da LG, aposta em 2010 como o ano da virada. Segundo ela, neste ano deverão ser vendidos no mundo 2,8 milhões de TVs prontos para 3D; para 2014 a aposta é de 80 milhões. Ainda neste ano a LG pretende lançar cinco modelos 3D ready, acompanhando o lançamento mundial de produtos.
Do ponto de vista dos produtos, a Discovery pretende, em parceria com a Sony e Imax, lançar um canal 24 horas 3D nos EUA em 2011. A Copa da África do Sul terá 25 jogos transmitidos em 3D pela ESPN para o mercado americano. Além disso, Coréia do Sul também terá canais transmitindo os jogos com essa tecnologia.
Apesar desse otimismo, dois problemas foram recorrentes nos debates: o custo de produção e a imaturidade da tecnologia. Fernando Medin, da Discovery, afirmou que o custo de produção 3D é 30 a 40% superior ao HD. Já José Dias, da TV Globo, foi mais longe. Explicou que hoje a emissoras gera pouco conteúdo em HD devido aos custos de produção. Isso não deve mudar nos próximos meses, onde continuaremos a ver muito conteúdo 4X3 na TV digital. Sobre o 3D, Dias acrescentou ainda a necessidade de produção diferenciada, com escala, sustentabilidade e fluxo constante de produção. “Isso é um problema para alta definição e será um problema para conteúdos 3D”, argumentou.
Além disso, Dias explicou que pelas experiências internacionais, principalmente de Hollywood, está sendo descartado a captação normal e a transformação em 3D apenas na pós produção, como aconteceu com o filme Alice, atualmente nas salas de cinema brasileiras. Com isso, são necessários equipamentos de produção mais sofisticados, ainda inexistentes para produção em larga escala. O mesmo vale para equipamentos de sincronismo das duas imagens e de pós-produção, todos ainda limitados na visão de Dias. A Globo foi pioneira em fazer testes no Brasil, mas não tem planos para lançar um canal ou mesmo parte de uma programação em 3D.
Já do ponto de vista tecnológico, a experiência de ver TV 3D é interessante em curtos espaços de tempo. A audiência por mais de duas horas é cansativa, pois exige mais atenção do que usualmente é dedicada ao ato de ver TV. Atualmente apenas a tecnologia ativa, que envia as informações estereoscópicas para os óculos por infravermelho, é viável. A polarização da luz na tela da TV ainda é instável e cara. Tecnologias 3D sem óculos estão totalmente descartadas para o futuro próximo, exceto para demonstrações de alguns segundos em pontos de venda. Ainda não existe tecnologia que faça 3D sem óculos e que possa ser assistido por mais de cinco minutos sem causar desconforto.
E para variar um pouco, já começou a guerra pela padronização tecnológica. Como ainda não há padrão para transmissão 3D no mundo, várias tecnologias são vislumbradas. No evento, José Dias, da TV Globo, defendeu ferrenhamente a tecnologia européia Side by Side, utilizada nos testes da NET, que exige a transmissão de dois fluxos de vídeo para gerar a estereoscopia. Ou seja, para transmitir vídeo 3D HD, é necessário o dobro da banda, hoje em 14 Mbps em média na TV aberta. Essa taxa de transmissão torna o 3D em HD inviável. A saída é codificar os dois fluxos, baixando muito a qualidade de ambos. No 3D isso não compromete a qualidade, mas no caso do receptor não ter 3D e telespectador obtar por ver apenas um fluxo, o direito ou o esquerdo, a imagem fica comprometida.
Por outro lado, Marcelo Zuffo, do LSI, explicou que a USP faz testes há mais de um ano com a tecnologia intra-frame, que não transmite dois fluxos. As informações 3D são transmitidas adicionalmente, sem repetir informações desnecessárias. Assim, o acréscimo da banda fica perto de 30%, o que permite colocar 3D no ar hoje, na TV digital brasileira. Dessa forma, o 3D pode ser tratado como recurso adicional e opcional, como uma tecla SAP do controle remoto. Vários testes dessa tecnologia já foram feitos com a TV Cultura.
E quando poderemos sair do sonho e ver 3D de fato? Para Walter Duran, em casa não tão cedo. Ele explicou que hoje quem quiser ver 3D deve ir ao cinema. Nos próximos anos serão lançados produtos blu ray que levam o 3D para a casa das pessoas. Paralelo a isso, na TV a cabo os canais 3D deverão ser lançados aos poucos. No Brasil nenhuma operadora tem previsão de lançamento de um canal 24 horas 3D. Lembrando que apesar da febre da alta definição, há menos de 20 canais HD no ar no país (desconsiderando os abertos, que mesclam as programações com SD). Resumindo, o discurso do 3D é bonito, com imagens maravilhosas, mas não será tão cedo que ele sairá de fato das salas de cinema.
A moda agora definitivamente é 3D. Jogos, filmes, televisão. Essa foi a mensagem passada pelos palestrantes do evento A TV do Futuro, organizado pelo colunista do Estadão Ethevaldo Siqueira, que aconteceu ontem no Centro Britânico Brasileiro. Com palestras abordando desde o funcionamento da tecnologia de telas até modelos de conteúdo estereoscópico, a aposta no 3D permeou todos os debates, beirando a ficção científica em alguns casos (na USP já se estuda a evolução da TV 3D: a TV holográfica!).
Do ponto de vista da indústria, unanimidade. Tanto Philips, quanto LG, apostam pesado na disseminação do 3D. Walter Duran, diretor da Philips, disse ter certeza de que em cinco anos o mercado de TVs tridimensionais será inevitável e predominante. Já Fernanda Summa, da LG, aposta em 2010 como o ano da virada. Segundo ela, neste ano deverão ser vendidos no mundo 2,8 milhões de TVs prontos para 3D; para 2014 a aposta é de 80 milhões. Ainda neste ano a LG pretende lançar cinco modelos 3D ready, acompanhando o lançamento mundial de produtos.
Do ponto de vista dos produtos, a Discovery pretende, em parceria com a Sony e Imax, lançar um canal 24 horas 3D nos EUA em 2011. A Copa da África do Sul terá 25 jogos transmitidos em 3D pela ESPN para o mercado americano. Além disso, Coréia do Sul também terá canais transmitindo os jogos com essa tecnologia.
Apesar desse otimismo, dois problemas foram recorrentes nos debates: o custo de produção e a imaturidade da tecnologia. Fernando Medin, da Discovery, afirmou que o custo de produção 3D é 30 a 40% superior ao HD. Já José Dias, da TV Globo, foi mais longe. Explicou que hoje a emissoras gera pouco conteúdo em HD devido aos custos de produção. Isso não deve mudar nos próximos meses, onde continuaremos a ver muito conteúdo 4X3 na TV digital. Sobre o 3D, Dias acrescentou ainda a necessidade de produção diferenciada, com escala, sustentabilidade e fluxo constante de produção. “Isso é um problema para alta definição e será um problema para conteúdos 3D”, argumentou.
Além disso, Dias explicou que pelas experiências internacionais, principalmente de Hollywood, está sendo descartado a captação normal e a transformação em 3D apenas na pós produção, como aconteceu com o filme Alice, atualmente nas salas de cinema brasileiras. Com isso, são necessários equipamentos de produção mais sofisticados, ainda inexistentes para produção em larga escala. O mesmo vale para equipamentos de sincronismo das duas imagens e de pós-produção, todos ainda limitados na visão de Dias. A Globo foi pioneira em fazer testes no Brasil, mas não tem planos para lançar um canal ou mesmo parte de uma programação em 3D.
Já do ponto de vista tecnológico, a experiência de ver TV 3D é interessante em curtos espaços de tempo. A audiência por mais de duas horas é cansativa, pois exige mais atenção do que usualmente é dedicada ao ato de ver TV. Atualmente apenas a tecnologia ativa, que envia as informações estereoscópicas para os óculos por infravermelho, é viável. A polarização da luz na tela da TV ainda é instável e cara. Tecnologias 3D sem óculos estão totalmente descartadas para o futuro próximo, exceto para demonstrações de alguns segundos em pontos de venda. Ainda não existe tecnologia que faça 3D sem óculos e que possa ser assistido por mais de cinco minutos sem causar desconforto.
E para variar um pouco, já começou a guerra pela padronização tecnológica. Como ainda não há padrão para transmissão 3D no mundo, várias tecnologias são vislumbradas. No evento, José Dias, da TV Globo, defendeu ferrenhamente a tecnologia européia Side by Side, utilizada nos testes da NET, que exige a transmissão de dois fluxos de vídeo para gerar a estereoscopia. Ou seja, para transmitir vídeo 3D HD, é necessário o dobro da banda, hoje em 14 Mbps em média na TV aberta. Essa taxa de transmissão torna o 3D em HD inviável. A saída é codificar os dois fluxos, baixando muito a qualidade de ambos. No 3D isso não compromete a qualidade, mas no caso do receptor não ter 3D e telespectador obtar por ver apenas um fluxo, o direito ou o esquerdo, a imagem fica comprometida.
Por outro lado, Marcelo Zuffo, do LSI, explicou que a USP faz testes há mais de um ano com a tecnologia intra-frame, que não transmite dois fluxos. As informações 3D são transmitidas adicionalmente, sem repetir informações desnecessárias. Assim, o acréscimo da banda fica perto de 30%, o que permite colocar 3D no ar hoje, na TV digital brasileira. Dessa forma, o 3D pode ser tratado como recurso adicional e opcional, como uma tecla SAP do controle remoto. Vários testes dessa tecnologia já foram feitos com a TV Cultura.
E quando poderemos sair do sonho e ver 3D de fato? Para Walter Duran, em casa não tão cedo. Ele explicou que hoje quem quiser ver 3D deve ir ao cinema. Nos próximos anos serão lançados produtos blu ray que levam o 3D para a casa das pessoas. Paralelo a isso, na TV a cabo os canais 3D deverão ser lançados aos poucos. No Brasil nenhuma operadora tem previsão de lançamento de um canal 24 horas 3D. Lembrando que apesar da febre da alta definição, há menos de 20 canais HD no ar no país (desconsiderando os abertos, que mesclam as programações com SD). Resumindo, o discurso do 3D é bonito, com imagens maravilhosas, mas não será tão cedo que ele sairá de fato das salas de cinema.
quarta-feira, 21 de abril de 2010
quinta-feira, 8 de abril de 2010
iPad! Dê uma olhada nas primeiras experiências destas grandes empresas jornalísticas.
apps no iPad from New York Times, Wall Street Journal, Associated Press and USA Today.
segunda-feira, 5 de abril de 2010
Debate: Redes digitais ou redes sociais. Afinal, quem está conectado está em rede?
Debate Gravado no Campus Party 2010
No final uma estudante levanta uma boa inquietação depois de presenciar seu primeiro debate olho a olho. " Estar em rede não significa estar se comunicando...eu estava com pessoas hiperconectadas que não se comunicavam".
MODERADOR: Luiz Algarra - (Papagallis) PARTICIPANTES: Augusto de Franco (Escola de Redes) Bob Wollheim (Sixpix) Martha Gabriel (professora e consultora de mídias sociais) Walter Lima Jr (pesquisador e professor da Faculdade Cásper Líbero) Rafael Pallarés (Terra)
No final uma estudante levanta uma boa inquietação depois de presenciar seu primeiro debate olho a olho. " Estar em rede não significa estar se comunicando...eu estava com pessoas hiperconectadas que não se comunicavam".
MODERADOR: Luiz Algarra - (Papagallis) PARTICIPANTES: Augusto de Franco (Escola de Redes) Bob Wollheim (Sixpix) Martha Gabriel (professora e consultora de mídias sociais) Walter Lima Jr (pesquisador e professor da Faculdade Cásper Líbero) Rafael Pallarés (Terra)
segunda-feira, 29 de março de 2010
Extraindo dados públicos “na marra”
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Extraindo dados públicos “na marra”
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segunda-feira, 22 de março de 2010
O que aconteceu no Yahoo! Open Hack Day 2010
Por Tiago Dória (íntegra)
O F-1 results aplicativo que cria infográficos e animações a partir dos resultados da Fórmula 1, foi o grande vencedor do Yahoo! Open Hack Day Brasil 2010 que aconteceu neste fim de semana em São Paulo e reuniu 240 desenvolvedores. Eu estive por lá. Vencedor de 3 categorias – escolha do público, melhor interface do usuário e melhor hack geral – o F-1 results permite que você visualize tabelas do campeonato e compare o desempenho dos pilotos da Fórmula 1.
Foi desenvolvido por Daniel Filho, Fabio Dan e Iraê de Carvalho, brasileiros do SocialMinds. Semelhante a outros “hacks” apresentados no evento, por meio de uma interface mais “amigável”, o F-1 results busca tornar mais acessíveis dados que já são públicos.
Realizado desde 2005 em vários países pelo Yahoo!, o Open Hack Day é uma competição que dura dois dias e em que desenvolvedores são convidados a criar “hacks”. Ou seja, desenvolver formas alternativas de resolver ou contornar um problema específico.
Esses “hacks” vão desde criar uma função que faz falta em algum produto do Yahoo! até fazer um processo de “raspagem de dados”. Ou seja, passar dados públicos que já estão disponíveis para um formato mais maleável que permita fazer cruzamento de informações ou proporcionar um melhor entendimento.
Os desenvolvedores têm 24 horas para se organizar em equipes e criar um “hack”. Um relógio é exibido em um telão no meio do local onde ocorre o Hack Day para indicar o começo e o encerramento da competição.
Mas antes, no comecinho do primeiro dia, ocorrem algumas palestras. E, no final do segundo dia, acontecem as apresentações dos “hacks” (apenas dois minutos para cada um) e, em seguida, o público e um júri escolhem os melhores.
Na teoria, o Open Hack Day era para ser um ambiente de competição acirrada, mas, na prática, é um grande espaço para networking e troca de conhecimento. A competição é entremeada com almoço, jantar, café da manhã (tudo bancado pelo Yahoo!), além da possibilidade de jogar vídeo-game, conversar com as pessoas.
Enfim, o evento torna-se um grande encontro de pessoas que se interessam por visualização de dados, hacking (resolver problemas) e tecnologia.
O interessante é que, hoje em dia, cada vez mais esse tipo de evento, de hacking, está deixando de ser algo exclusivo de “empresas de tecnologia”. Publicações como NYTimes e Guardian realizam eventos parecidos, como uma maneira de trazer inovação de fora da empresa no processo de criação de novos produtos e tecnologias próprias.
No Brasil, as palestras do primeiro dia ficaram por conta de Christian Heilmann, evangelista da plataforma de desenvolvedores do Yahoo!, Cody Simms, diretor do Yahoo! OpenStrategy e o brasileiro Pedro Valente, gerente de produto do Yahoo!, que falou sobre dados públicos.
Além do F-1 results, outros “hacks” foram premiados.
O Infraero Parser, por exemplo, ganhou na categoria “relevância pública” por realizar um processo de “raspagem de dados” do site da Infraero, ou seja, extrair dados do site da empresa e passar os mesmos para um formato aberto, tornando-os mais maleáveis, para que outras pessoas possam visualizá-los e mesclá-los com outros dados e informações.
Na categoria “Kept Local”, Place Hacker foi o vencedor. É uma espécie de versão nacional do Placemaker, que pemite trabalhar com georreferenciamento. Como resultado para o usuário final, ele abre, por exemplo, a possibilidade para a criação de um aplicativo que permita a uma pessoa ler as reportagens do notíciário brasileiro de acordo com a sua localização. No caso, matérias do portal G1 foram utilizadas na demonstração.
Por sua vez, o SlideMeme que integra o Slideshare ao Meme (ferramenta de microblogging do Yahoo!), ganhou na categoria “melhor hack ligado ao Meme”.
A “categoria YQL” (ferramenta do Yahoo! que facilita a extração de dados) ficou com o Gas Finder, site e aplicativo para celular que mostra onde estão os postos de gasolina mais próximos com preços mais baixos. A categoria “melhor uso da plataforma do Yahoo!” ficou com o Filmes.CC, mashup de informações do Google, Cinemark e Ingresso.com, que, de acordo com o critério de “estréia” e “em cartaz”, mostra onde estão sendo exibidos os filmes.
Contudo, foram apresentados outros “hacks” que não ganharam prêmios, mas que também achei interessante. Entre eles, o Violência SP, que, a partir de dados públicos, mostra qual o grau de periculosidade de uma área em São Paulo. Basta digitar o endereço de uma rua para saber como andam os crimes no local.
O Casa ou Bar, por sua vez, é ótimo para ser utilizado no trabalho quando chega a hora de ir embora. A partir de dados sobre trânsito no site da CET (São Paulo), ele indica se vale a pena você sair do trabalho e ir para casa. Dependendo da situação do trânsito, é melhor ir para o bar.
O Raintrack também é interessante. A partir de dados de mensagens no Twitter, mostra em um mapa onde está chovendo em São Paulo.
Pelo que percebi, a maioria dos “hacks” trabalha com informações imediatas e do dia-a-dia (trânsito, tempo) e é voltada para a questão do hiperlocal (informação de acordo com a sua localização), além disso, alguns são tentativas de criar relevância em meio ao excesso de dados e informações que temos diariamente (o Espertim, por exemplo, cria um critério de relevância, de ranking, para as mensagens do Twitter, algo que não existe hoje em dia).
Vale lembrar que muitos desses “hacks” ainda estão em fase inicial. Ou seja, alguns podem apresentar erros e outros não estão online.
Pessoalmente, o Yahoo! Open Hack Day foi bem positivo. Pude trocar informações com várias pessoas, olhar para novos lados de pesquisa na área de mídia e aprender um pouco mais sobre como trabalhar com “dados estruturados” e formas de apresentar informações.
No evento, uma vez mais, aproveitei para bater um papo com o Pedro Valente, do Yahoo!, um dos poucos jornalistas brasileiros que tem formação na área de programação e que foi palestrante do último Seminário Tendências Conectadas, lá na Cásper Líbero.
No Vídeo abaixo, conversamos não somente a respeito do Yahoo!, mas do NYTimes e do Guardian realizarem “hacks days” e sobre o quanto o jornalismo e o desenvolvimento de software vêm se misturando. Dependendo da forma e com quais dados você trabalha, criar aplicativos também é fazer jornalismo.
A primeira pergunta foi sobre o porquê de uma empresa fazer um evento deste tipo.
Pedro Valente (Yahoo! Open Hack Day 2010) from Tiago Doria on Vimeo.
Publicado por Tiago Dória, em 22 de março de 2010 (Segunda-feira).
sábado, 6 de março de 2010
IPTV pode chegar a 90 milhões de assinantes em 2012.
Espaço Painel Telebrasil -
Convergência Digital
A oferta de conteúdo através da infra-estrutura das operadoras de telefonia fixa é uma tendência irreversível. Tanto é assim que apesar de em grandes países, entre eles o Brasil e a China, ainda existir restrições regulatórias à oferta do serviço, o ritmo de adesão mundial ao produto é progressivo. No 52º Painel Telebrasil, o tema IPTV será pauta de palestra de um dos maiores gigantes do mundo na área - a BT Global Services.
Pesquisa divulgada pela consultoria Pyramid Reserach sobre IPTV apura que no final de 2007, o serviço chegava a 15 milhões de assinantes. Nos próximos cinco anos, a tendência é de um crescimento de até seis vezes na base de clientes. O levantamento da consultoria estudou 10 mercados, entre eles, o Brasil e a China, onde há restrições regulatórias à oferta do serviço por parte das operadoras fixas.
Os analistas da Pyramid afirmam que, hoje, os provedores de IPTV, mesmo nos países onde há a restrição regulatória, enfocam a elaboração de um conteúdo exclusivo em canais dedicados e na oferta de um acervo para Video on Demand. Fato, aliás, comprovado no Brasil, onde Brasil Telecom e Oi, por exemplo, já têm esse produto disponível para seus clientes. A oferta de DVRs, que permitem a gravação de programas para serem assistidos quando for conveniente, também é um diferencial para os operadores.
O tema IPTV estará à mesa de debates dos participantes do 52º Painel Telebrasil. Isso porque o serviço é mais uma mídia que desponta para a transmissão de conteúdo multímidia, objeto central de debates no painel, que acontece de 04 a 08 de junho, na Costa do Sauípe.
Um dos convidados especiais do evento é Francisco Araujo Carvalho, diretor da BT, uma das maiores operadoras globais de telecomunicações. O executivo falará, exatamente, sobre a visão de serviços convergentes para o século 21 na área de IPTV da gigante de telecomunicações.
A BT Global Services, unidade de negócios que presta serviços a empresas em todo o mundo e à qual pertence a BT na América Latina, cresceu 10%, com faturamento de 9 bilhões e 890 milhões de euros. O EBTIDA cresceu 13%, continuando a tendência de crescimento que se iniciou há dois anos.
Os novos negócios, denominados "new wave", entre eles, a convergência, foram responsáveis por uma receita de 10 bilhões e 84 milhões de euros na companhia no exercício 2007/2008, encerrado em 31 de março último. O faturamento global da BT atingiu 25 bilhões e 957 milhões de euros.
Convergência Digital
A oferta de conteúdo através da infra-estrutura das operadoras de telefonia fixa é uma tendência irreversível. Tanto é assim que apesar de em grandes países, entre eles o Brasil e a China, ainda existir restrições regulatórias à oferta do serviço, o ritmo de adesão mundial ao produto é progressivo. No 52º Painel Telebrasil, o tema IPTV será pauta de palestra de um dos maiores gigantes do mundo na área - a BT Global Services.
Pesquisa divulgada pela consultoria Pyramid Reserach sobre IPTV apura que no final de 2007, o serviço chegava a 15 milhões de assinantes. Nos próximos cinco anos, a tendência é de um crescimento de até seis vezes na base de clientes. O levantamento da consultoria estudou 10 mercados, entre eles, o Brasil e a China, onde há restrições regulatórias à oferta do serviço por parte das operadoras fixas.
Os analistas da Pyramid afirmam que, hoje, os provedores de IPTV, mesmo nos países onde há a restrição regulatória, enfocam a elaboração de um conteúdo exclusivo em canais dedicados e na oferta de um acervo para Video on Demand. Fato, aliás, comprovado no Brasil, onde Brasil Telecom e Oi, por exemplo, já têm esse produto disponível para seus clientes. A oferta de DVRs, que permitem a gravação de programas para serem assistidos quando for conveniente, também é um diferencial para os operadores.
O tema IPTV estará à mesa de debates dos participantes do 52º Painel Telebrasil. Isso porque o serviço é mais uma mídia que desponta para a transmissão de conteúdo multímidia, objeto central de debates no painel, que acontece de 04 a 08 de junho, na Costa do Sauípe.
Um dos convidados especiais do evento é Francisco Araujo Carvalho, diretor da BT, uma das maiores operadoras globais de telecomunicações. O executivo falará, exatamente, sobre a visão de serviços convergentes para o século 21 na área de IPTV da gigante de telecomunicações.
A BT Global Services, unidade de negócios que presta serviços a empresas em todo o mundo e à qual pertence a BT na América Latina, cresceu 10%, com faturamento de 9 bilhões e 890 milhões de euros. O EBTIDA cresceu 13%, continuando a tendência de crescimento que se iniciou há dois anos.
Os novos negócios, denominados "new wave", entre eles, a convergência, foram responsáveis por uma receita de 10 bilhões e 84 milhões de euros na companhia no exercício 2007/2008, encerrado em 31 de março último. O faturamento global da BT atingiu 25 bilhões e 957 milhões de euros.
sábado, 27 de fevereiro de 2010
TV paga, o debate rastaquera.
Vendo esse "pacote" infinito de TVs, lembrei de José Saramago, quando questionou a necesidade de um cidadão ser "enxovalhado de canais dentro de casa", fazendo uma alusão sobre como seria se ele recebesse 500 jornais por dia!!! Quanto a indústria cultural norte-americana, não é de hoje que modelos de negócios entre Brasil e EUA favorecem conglomerados de mídias dos dois países em detrimento a produção e cultura nacional.
Alberto Dines
26.02.2010
Em pleno carnaval um arranca-rabo sobre o "esterco cultural" produzido pela TV paga americana mobilizou os foliões da política & vizinhanças.
Tudo começou com o comentário do assessor internacional do presidente Lula, o professor Marco Aurélio Garcia, noticiado pelo Globo (ver abaixo), sobre a qualidade e teor da programação da TV paga americana, e terminou numa cruzada da Folha de S.Paulo em defesa da "produção independente". Se o debate fosse travado numa mesa de botequim, regado a cerveja, seria mais profundo, veraz e produtivo. Em letra de forma virou samba do crioulo doido.
As opiniões de Garcia foram pinçadas de suas intervenções num debate sobre a política de relações internacionais do PT realizado em Brasília, no sábado (6/2), às vésperas do congresso nacional do partido, ao qual também compareceram o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, secretário de Assuntos Estratégicos, e o sociólogo Emir Sader. Mas o jornalismo da Era Kindle dispensa este tipo de referência: alguém disse que Garcia falou, tá falado – sapecam-se aspas e estamos conversados.
Os comunicadores do PT ou palacianos também não se deram ao trabalho de registrar no site do partido ou do governo o que foi efetivamente dito pelo assessor presidencial e assim evitar distorções. A turma do aparelho também merece uma folga.
Neste vácuo, já na edição de terça-feira (16/2, pág. A-6) da Folha entra em operação a infernal máquina da repercussão: uma repórter perguntou à ministra Dilma Rousseff se concordava com a opinião do professor Garcia segundo a qual existe hoje "um retraimento do pensamento crítico" com um avanço da "subintelectualidade de direita". Dilma concordou, óbvio. Paulo Francis aplaudiria de pé.
Esporte saudável
Na quinta-feira (18/2), a mesma Folha resolve esquentar o debate em duas páginas da "Ilustrada" (ver "Que esterco é esse?"). De repente, amplia-se a crítica de Garcia e o que ele disse a respeito da TV paga americana, num passe de mágica, passa a valer para toda a TV paga, inclusive a européia e a brasileira.
O professor exagerou, foi simplista e sabe disso: o jornalismo da Fox é nauseante, o da CNN é infantil, algumas séries são realmente estúpidas, mas outras são críticas e hilariantes. A programação dos canais de filmes em muitos casos equivale a de um cineclube. Os canais de documentários são de excelente nível, deveriam ser mostrados em nossas escolas. A baixaria televisiva americana está na TV aberta, sobretudo nos filmes. O assessor presidencial não poderia referir-se a eles porque também são exibidos em redes amigas como a Record, a Bandeirantes e o SBT.
Debater a mídia é um esporte salutar, próprio das sociedades desenvolvidas. Indispensável praticá-lo com fair-play e seriedade.
***Marco Aurélio Garcia ataca programação de TV a cabo
Bernardo Mello Franco # reproduzido do Globo Online, 9/2/2010
"Escalado para coordenar o programa de governo da ministra Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à presidência, o professor Marco Aurélio Garcia anda preocupado com a influência da TV a cabo sobre os corações e mentes dos brasileiros. No sábado [6/2], o assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para assuntos internacionais discursou sobre o tema em debate na sede nacional do PT. Em meio a discussões sobre política externa, ele surpreendeu com um libelo contra o que chamou de "hegemonia cultural dos Estados Unidos".
Marco Aurélio comparou a influência da indústria de entretenimento ao poderio bélico da 4ª Frota, a divisão da Marinha americana que atua no Atlântico Sul.
– Hoje em dia, quase tão importante quanto a 4ª Frota são os canais de televisão a cabo que nós recebemos aqui. Eles realizam, de forma indolor, um processo de dominação muito eficiente. Despejam toda essa quantidade de esterco cultural – esbravejou.
Em tom de alerta, o assessor de Lula disse que a esquerda precisa reagir à difusão de valores capitalistas:
– Estamos vivendo um momento grave do ponto de vista de uma cultura de esquerda. A crise dos valores do chamado socialismo real e a emergência desse lixo cultural nos últimos anos nos deixaram numa situação grave.
O petista também reclamou de um suposto marasmo intelectual no Brasil, comparando os dias atuais a momentos de efervescência cultural das décadas de 1930 e 1950:
– Hoje vivemos uma transformação do ponto de vista econômico-social muito mais importante do que no passado. No entanto, temos um deserto de ideias, um deserto de produção cultural. Isso é um problema no qual temos que pensar.
O coordenador da campanha de Dilma disse que o Brasil foi programado para ser um país pequeno e defendeu o fortalecimento das estatais no governo Lula. Ao condenar o avanço da direita na Europa, fez uma recomendação à plateia:
- Nunca subestimem a estupidez humana. Quem subestimou a estupidez humana se deu mal na História."
Fonte: Observatório do Direito à Comunicação
Sobre o autor:
Em seus mais de 50 anos de carreira, Dines dirigiu e lançou diversas revistas e jornais no Brasil e em Portugal. Leciona jornalismo desde 1963, e, em 1974, foi professor visitante da Escola de Jornalismo da Universidade de Columbia, Nova York.
Foi editor-chefe do Jornal do Brasil durante 12 anos e diretor da sucursal da Folha de São Paulo no Rio de Janeiro. Dirigiu o Grupo Abril em Portugal, onde lançou a revista Exame.
Depois de anos driblando a ditadura à frente do Jornal do Brasil, foi demitido em junho de 1984 justamente por publicar um artigo que contrariava a direção do jornal, ao criticar a relação amistosa de seus donos com o governo do estado do Rio de Janeiro.
Criou o site Observatório da Imprensa, o primeiro periódico de acompanhamento da mídia, que conta atualmente com versões no rádio e na TV.
Escreveu mais de 15 livros, entre eles Morte no paraíso, a tragédia de Stefan Zweig (1981) e Vínculos do fogo – Antônio José da Silva, o Judeu, e outras história da Inquisição em Portugal e no Brasil, Tomo I (1992). O livro sobre Stefan Zweig foi adaptado para o cinema por Sylvio Back em 2002 no filme Lost Zweig. Alberto Dines também fala sobre Stefan Zweig no documentário do mesmo diretor.
Atualmente é pesquisador sênior do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo da Unicamp, onde foi co-fundador, além de coordenar o Observatório da Imprensa on-line e pela televisão.
Fonte: Wikipedia.
Alberto Dines
26.02.2010
Em pleno carnaval um arranca-rabo sobre o "esterco cultural" produzido pela TV paga americana mobilizou os foliões da política & vizinhanças.
Tudo começou com o comentário do assessor internacional do presidente Lula, o professor Marco Aurélio Garcia, noticiado pelo Globo (ver abaixo), sobre a qualidade e teor da programação da TV paga americana, e terminou numa cruzada da Folha de S.Paulo em defesa da "produção independente". Se o debate fosse travado numa mesa de botequim, regado a cerveja, seria mais profundo, veraz e produtivo. Em letra de forma virou samba do crioulo doido.
As opiniões de Garcia foram pinçadas de suas intervenções num debate sobre a política de relações internacionais do PT realizado em Brasília, no sábado (6/2), às vésperas do congresso nacional do partido, ao qual também compareceram o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, secretário de Assuntos Estratégicos, e o sociólogo Emir Sader. Mas o jornalismo da Era Kindle dispensa este tipo de referência: alguém disse que Garcia falou, tá falado – sapecam-se aspas e estamos conversados.
Os comunicadores do PT ou palacianos também não se deram ao trabalho de registrar no site do partido ou do governo o que foi efetivamente dito pelo assessor presidencial e assim evitar distorções. A turma do aparelho também merece uma folga.
Neste vácuo, já na edição de terça-feira (16/2, pág. A-6) da Folha entra em operação a infernal máquina da repercussão: uma repórter perguntou à ministra Dilma Rousseff se concordava com a opinião do professor Garcia segundo a qual existe hoje "um retraimento do pensamento crítico" com um avanço da "subintelectualidade de direita". Dilma concordou, óbvio. Paulo Francis aplaudiria de pé.
Esporte saudável
Na quinta-feira (18/2), a mesma Folha resolve esquentar o debate em duas páginas da "Ilustrada" (ver "Que esterco é esse?"). De repente, amplia-se a crítica de Garcia e o que ele disse a respeito da TV paga americana, num passe de mágica, passa a valer para toda a TV paga, inclusive a européia e a brasileira.
O professor exagerou, foi simplista e sabe disso: o jornalismo da Fox é nauseante, o da CNN é infantil, algumas séries são realmente estúpidas, mas outras são críticas e hilariantes. A programação dos canais de filmes em muitos casos equivale a de um cineclube. Os canais de documentários são de excelente nível, deveriam ser mostrados em nossas escolas. A baixaria televisiva americana está na TV aberta, sobretudo nos filmes. O assessor presidencial não poderia referir-se a eles porque também são exibidos em redes amigas como a Record, a Bandeirantes e o SBT.
Debater a mídia é um esporte salutar, próprio das sociedades desenvolvidas. Indispensável praticá-lo com fair-play e seriedade.
***Marco Aurélio Garcia ataca programação de TV a cabo
Bernardo Mello Franco # reproduzido do Globo Online, 9/2/2010
"Escalado para coordenar o programa de governo da ministra Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à presidência, o professor Marco Aurélio Garcia anda preocupado com a influência da TV a cabo sobre os corações e mentes dos brasileiros. No sábado [6/2], o assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para assuntos internacionais discursou sobre o tema em debate na sede nacional do PT. Em meio a discussões sobre política externa, ele surpreendeu com um libelo contra o que chamou de "hegemonia cultural dos Estados Unidos".
Marco Aurélio comparou a influência da indústria de entretenimento ao poderio bélico da 4ª Frota, a divisão da Marinha americana que atua no Atlântico Sul.
– Hoje em dia, quase tão importante quanto a 4ª Frota são os canais de televisão a cabo que nós recebemos aqui. Eles realizam, de forma indolor, um processo de dominação muito eficiente. Despejam toda essa quantidade de esterco cultural – esbravejou.
Em tom de alerta, o assessor de Lula disse que a esquerda precisa reagir à difusão de valores capitalistas:
– Estamos vivendo um momento grave do ponto de vista de uma cultura de esquerda. A crise dos valores do chamado socialismo real e a emergência desse lixo cultural nos últimos anos nos deixaram numa situação grave.
O petista também reclamou de um suposto marasmo intelectual no Brasil, comparando os dias atuais a momentos de efervescência cultural das décadas de 1930 e 1950:
– Hoje vivemos uma transformação do ponto de vista econômico-social muito mais importante do que no passado. No entanto, temos um deserto de ideias, um deserto de produção cultural. Isso é um problema no qual temos que pensar.
O coordenador da campanha de Dilma disse que o Brasil foi programado para ser um país pequeno e defendeu o fortalecimento das estatais no governo Lula. Ao condenar o avanço da direita na Europa, fez uma recomendação à plateia:
- Nunca subestimem a estupidez humana. Quem subestimou a estupidez humana se deu mal na História."
Fonte: Observatório do Direito à Comunicação
Sobre o autor:
Em seus mais de 50 anos de carreira, Dines dirigiu e lançou diversas revistas e jornais no Brasil e em Portugal. Leciona jornalismo desde 1963, e, em 1974, foi professor visitante da Escola de Jornalismo da Universidade de Columbia, Nova York.
Foi editor-chefe do Jornal do Brasil durante 12 anos e diretor da sucursal da Folha de São Paulo no Rio de Janeiro. Dirigiu o Grupo Abril em Portugal, onde lançou a revista Exame.
Depois de anos driblando a ditadura à frente do Jornal do Brasil, foi demitido em junho de 1984 justamente por publicar um artigo que contrariava a direção do jornal, ao criticar a relação amistosa de seus donos com o governo do estado do Rio de Janeiro.
Criou o site Observatório da Imprensa, o primeiro periódico de acompanhamento da mídia, que conta atualmente com versões no rádio e na TV.
Escreveu mais de 15 livros, entre eles Morte no paraíso, a tragédia de Stefan Zweig (1981) e Vínculos do fogo – Antônio José da Silva, o Judeu, e outras história da Inquisição em Portugal e no Brasil, Tomo I (1992). O livro sobre Stefan Zweig foi adaptado para o cinema por Sylvio Back em 2002 no filme Lost Zweig. Alberto Dines também fala sobre Stefan Zweig no documentário do mesmo diretor.
Atualmente é pesquisador sênior do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo da Unicamp, onde foi co-fundador, além de coordenar o Observatório da Imprensa on-line e pela televisão.
Fonte: Wikipedia.
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
Dos brasileiros conectados, 79% usam de redes sociais!
Hoje o Brasil já conta com um em cada três de seus habitantes usuários de internet e média mensal de 23 horas e 12 minutos conectados à rede, enquanto japoneses destinam 3 horas e 30 minutos da vida todo mês para essa função.
Esses dados dão uma diretriz do potencial da internet na difusão de conhecimento e cultura também pelo uso de ferramentas diferenciadas como as mídias sociais. Pesquisa revela que 79% de todos os brasileiros conectados fazem parte de redes sociais.
Assista ao vídeo com mais dados produzido pela AgênciaClick:
Conexão Cultura
Esses dados dão uma diretriz do potencial da internet na difusão de conhecimento e cultura também pelo uso de ferramentas diferenciadas como as mídias sociais. Pesquisa revela que 79% de todos os brasileiros conectados fazem parte de redes sociais.
Assista ao vídeo com mais dados produzido pela AgênciaClick:
Conexão Cultura
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
Recognizr | a (re)volução do cartão de visita!
O Recognizr é uma aplicação conceito criada pela empresa sueca Polar Rose, que integra duas tecnologias: reconhecimento facial e realidade aumentada.
Ao apontar a câmera do seu celular/ smartphone no rosto de uma pessoa, ele o cerca de ícones com links para seus perfis em vários sites como Facebook, Twitter e Delicious.
Veja vídeo:
Fonte: Comunicadores
http://comunicadores.info/
Ao apontar a câmera do seu celular/ smartphone no rosto de uma pessoa, ele o cerca de ícones com links para seus perfis em vários sites como Facebook, Twitter e Delicious.
Veja vídeo:
Fonte: Comunicadores
http://comunicadores.info/
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
Uma análise sobre paradígmas comunicacionais!!!!
Prof.Dr. Walter Lima-Mídias Sociais: A Cooperação Humana e as Tecnologias Digitais Conectadas
"Difícil encontrar discussões profícuas sobre produção de conteúdo informativo de relevância social (jornalismo) no ambiente conectado digital. Os atuais responsáveis por portais de conteúdo estão preocupados, e com certa razão, com a rentabilidade do seu modelo de negócio. Em... diversos lugares (listas, encontros, blogs ...etc), somente há discussão sobre como fazer dinheiro com "jornalismo online" (webjornalismo, jornalismo digital etc). Como não sou formado em administração de empresas, publicidade, marketing ou recursos humanos, somente tento entender qual é a função do jornalismo nesse novo espaço denominado de esfera pública interconectada. Acredito que não adianta tentar encontrar modelo de negócio sem conhecer os vetores que estruturam o ambiente comunicacional totalmente diferente dos analógicos".
"Difícil encontrar discussões profícuas sobre produção de conteúdo informativo de relevância social (jornalismo) no ambiente conectado digital. Os atuais responsáveis por portais de conteúdo estão preocupados, e com certa razão, com a rentabilidade do seu modelo de negócio. Em... diversos lugares (listas, encontros, blogs ...etc), somente há discussão sobre como fazer dinheiro com "jornalismo online" (webjornalismo, jornalismo digital etc). Como não sou formado em administração de empresas, publicidade, marketing ou recursos humanos, somente tento entender qual é a função do jornalismo nesse novo espaço denominado de esfera pública interconectada. Acredito que não adianta tentar encontrar modelo de negócio sem conhecer os vetores que estruturam o ambiente comunicacional totalmente diferente dos analógicos".
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
Doses diárias de cultura digital e tecnologia.
Seguir o blog do Tiago Dória faz muita diferença quando se procura informações relevantes e muito atuais sobre tecnologia da comunicação e cultura de rede. Seus posts sempre nos trazem novidades tecnológicas e reflexões sobre nosso universo conectado em rede.
Tiago Dória antes de mais nada é um excelente jornalista. Bacharel em Comunicação Social/Jornalismo, com cursos em Gestão de Negócios em Informática pela Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo, já trabalhou com rádio, TV e jornal impresso. Desde 2003, edita um blog pessoal sobre cultura web, tecnologia e mídia. A partir de 2006, começou a organizar junto à Faculdade Cásper Líbero o seminário anual “Tendências conectadas nas mídias sociais“, no qual profissionais de renome no mercado são convidados a debater questões relacionadas à área de mídia e tecnologia.Em 2007, foi convidado a ser blogueiro oficial da Pop!Tech, uma das mais importantes conferências sobre ciência e tecnologia do mundo. E, no mesmo ano, passou a fazer parte da seleção dos melhores blogs em português, segundo o Portugal Diário, de Lisboa. Desde 2009, é integrante do júri do Concurso de Jornalismo da CNN e colunista do Notícias MTV.
Seu último post vem de suas pesquisas e apresentações no Campus Party 2010.
"Banco gratuito de vídeos é lançado durante a Campus Party"
Uma das características da Campus Party é que diversas coisas bacanas acontecem fora da agenda oficial. O desenvolvedor brasileiro Fabricio Zuardi, que já trabalhou no Ning, lançou uma versão alpha do Public Videos.
É um diretório gratuito de vídeos com licenças que permitem o livre uso. Funciona como um banco de imagens, estilo Corbis e SXC, mas voltado para vídeos. É bem útil para quem precisa de um vídeo para ilustrar um videocast, um videoclip, uma videorreportagem.
Os vídeos são curtos (no máximo 1 minuto) e podem ser baixados nos formatos .ogv e .mp4.
Na Campus Party, conversei com Fabricio Zuardi, que toca o projeto em frente com o seu irmão, Maurício Zuardi, que cuida do design. Ele me contou que a ideia do Public Videos surgiu há um ano mais ou menos.
O site já conta com mais de 2 mil vídeos, que, por enquanto, são fornecidos em tamanho médio (640×360) e pequeno (480×272). A intenção mais para frente é disponibilizá-los em tamanhos e resoluções maiores (HD) que serão pagas, mas a pessoa pagará apenas uma vez e poderá utilizar quantas vezes quiser. Inserção de tags e uploads também serão permitidos.
contato:
tiago [@] tiagodoria.com.br
twitter.com/tdoria
Tiago Dória antes de mais nada é um excelente jornalista. Bacharel em Comunicação Social/Jornalismo, com cursos em Gestão de Negócios em Informática pela Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo, já trabalhou com rádio, TV e jornal impresso. Desde 2003, edita um blog pessoal sobre cultura web, tecnologia e mídia. A partir de 2006, começou a organizar junto à Faculdade Cásper Líbero o seminário anual “Tendências conectadas nas mídias sociais“, no qual profissionais de renome no mercado são convidados a debater questões relacionadas à área de mídia e tecnologia.Em 2007, foi convidado a ser blogueiro oficial da Pop!Tech, uma das mais importantes conferências sobre ciência e tecnologia do mundo. E, no mesmo ano, passou a fazer parte da seleção dos melhores blogs em português, segundo o Portugal Diário, de Lisboa. Desde 2009, é integrante do júri do Concurso de Jornalismo da CNN e colunista do Notícias MTV.
Seu último post vem de suas pesquisas e apresentações no Campus Party 2010.
"Banco gratuito de vídeos é lançado durante a Campus Party"
Uma das características da Campus Party é que diversas coisas bacanas acontecem fora da agenda oficial. O desenvolvedor brasileiro Fabricio Zuardi, que já trabalhou no Ning, lançou uma versão alpha do Public Videos.
É um diretório gratuito de vídeos com licenças que permitem o livre uso. Funciona como um banco de imagens, estilo Corbis e SXC, mas voltado para vídeos. É bem útil para quem precisa de um vídeo para ilustrar um videocast, um videoclip, uma videorreportagem.
Os vídeos são curtos (no máximo 1 minuto) e podem ser baixados nos formatos .ogv e .mp4.
Na Campus Party, conversei com Fabricio Zuardi, que toca o projeto em frente com o seu irmão, Maurício Zuardi, que cuida do design. Ele me contou que a ideia do Public Videos surgiu há um ano mais ou menos.
O site já conta com mais de 2 mil vídeos, que, por enquanto, são fornecidos em tamanho médio (640×360) e pequeno (480×272). A intenção mais para frente é disponibilizá-los em tamanhos e resoluções maiores (HD) que serão pagas, mas a pessoa pagará apenas uma vez e poderá utilizar quantas vezes quiser. Inserção de tags e uploads também serão permitidos.
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