sexta-feira, 9 de maio de 2008

E lá vem o plin plin...........


Pressionado pela Rede Globo, governo Lula suprime um fuso horário
Influência da família Marinho foi determinante para que o Congresso aprovasse lei que transformará a vida de grandes populações

Eduardo Sales de Lima
da Redação

Alteração provoca
impactos na saúde
O Brasil passará a ter três fusos horários, e não quatro, como hoje. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou lei que adianta em uma hora os relógios do Acre e de parte do Amazonas e do Pará. O motivo, no entanto, não diz respeito a uma necessidade de Estado ou a uma reivindicação da população local, mas sim aos interesses econômicos da Rede Globo. A mudança tampouco foi precedida de um debate com os principais interessados.

No dia 20 de abril, entrou em vigor portaria determinando que as emissoras de televisão adaptem sua programação aos fusos horários vigentes no país. Apenas quatro dias depois, o presidente Lula aprovou a lei. O senador acreano Tião Viana (PT), autor do projeto que originou a lei 11.662/08, argumenta que a medida pretende “facilitar o transporte aéreo, as comunicações e a integração com o sistema financeiro nacional”. Porém, de acordo com Diogo Moysés, do coletivo Intervozes de Comunicação, a diminuição do número de fusos no Brasil está intimamente ligada a uma pressão exercida pelas Organizações Globo.

Pela portaria 1.220/07 – aprovada no começo de 2007, mas que teve sua aplicação adiada por diversas vezes –, as TVs precisam alterar suas transmissões devido à classificação indicativa dos programas de acordo com as diferentes faixas etárias. Para entender. Com duas horas a menos em relação a Brasília, a novela das “oito” da Globo passa às 19 horas no Acre. Porém, nesse horário, muitas pessoas com menos de 14 anos (que é a classificação indicativa do programa) estão predispostas a assistir a trama.

Se a Globo se predispusesse a obedecer as normas da portaria, teria, no mínimo, duas possibilidades, segundo Diogo Moysés. Uma delas seria adequar a novela das “oito" às crianças de 10 anos. A outra seria readequar as grades da região Norte. “Mas eles (Globo) se recusam a fazer isso”, garante.

Sobre o protagonismo da Globo, Moysés é categórico: “o motor da pressão foi exclusivamente dela; as outras emissoras já tinham se comprometido a adequar sua programação à classificação indicativa”. Segundo o membro do Intervozes, essas redes não teriam que fazer grandes mudanças na grade, simplesmente precisariam deixar a grade um pouco mais light em determinados horários.




Futebol sagrado

Nas últimas semanas, a Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abert) encomendou ao Ibope uma pesquisa, pois queria comprovar que os cidadãos dos Estados afetados pela lei 11.620/08 seriam contra a adequação da programação ao fuso horário. A iniciativa falhou quase que totalmente: a maior parte dos entrevistados apoiou o respeito à classificação indicativa.

A única reação negativa da população se deu em virtude do “cumprimento das regras” mencionadas pela pesquisa, às quais impediriam a transmissão a vivo dos jogos de futebol. Segundo o Intervozes, a pergunta foi colocada de forma descontextualizada, pois, jornalismo e eventos ao vivo podem ser transmitidos em qualquer horário. Assim, o fato de a Globo atrasar a exibição dos jogos nessas regiões nas quartas-feiras foi uma opção da emissora.

“Foi uma chantagem explícita. Ela simplesmente adiou toda a programação, fazendo com que o jogo não fosse mais transmitido ao vivo”, afirma Moysés, que atesta ser a novela, que antecede o jogo, o real problema. “É óbvio que ninguém quer ver VT de jogo”, pondera.
Fonte:Brasil de Fato

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Banco Mundial critica imprensa no Brasil.

BOLSA-IMPRENSA
.
Em sua permanente tentativa de desqualificar o governo Lula e suas ações, a imprensa cria expressões e adjetivos que de tanto serem repetidos viram argumentos fáceis para os críticos de plantão. Um exemplo é o uso da palavra bolsa antecedendo qualquer tipo de ação, preferencialmente negativa, em associação explícita ao Bolsa Família, principal programa social do governo.

A tentativa nada sutil é de associar a expressão a tudo que é ruim, eleitoreiro, clientelista, aproveitando alguns adjetivos lançados contra o programa. O Bolsa Família torna-se, assim, a matriz de uma série de “desvios”, que a imprensa passa a chamar de Bolsa Ditadura, Bolsa Fraude e outros.

Valendo-se da vulgarização do termo, poderíamos concluir que recente estudo do Banco Mundial, que classifica o Bolsa Família como programa exemplar a ser reproduzido em outros países, sugere a criação de um Bolsa Imprensa. Isto é, um programa financiado pelo governo destinado a esclarecer aos jornalistas o que parecem não compreender.

Ao analisar a cobertura de seis jornais brasileiros sobre o programa, desde 2001, incluindo aí programas de transferência de renda do governo Fernando Henrique Cardoso, o Banco Mundial concluiu que a imprensa nem sempre diferencia problemas causados por fraudes e irregularidades burocráticas dos gerados por desconhecimento de regras ou erros em formulários. Avaliam os técnicos do banco que isso dá aos leitores uma impressão equivocada sobre a natureza dos desafios do programa.

Para reparar tais percepções, os representantes do banco sugeriram ao ministério do Desenvolvimento Social “campanhas e cursos para que os jornalistas adotem os termos técnicos no tratamento das irregularidades dos programas”.

É difícil imaginar a imprensa brasileira com modéstia para aceitar tal proposição, considerando o processo sistemático de desqualificar o programa e o acompanhamento feito pelo governo. O estudo do Banco Mundial mostra a predileção da imprensa brasileira pelos desvios do Bolsa Família em detrimento de eventuais imperfeições. E acrescenta que as críticas ao programa aumentaram sensivelmente após 2003, quando começa o governo Lula. Durante o governo FHC, os relatos de fraudes e problemas de controle do programa ocupavam 10% das matérias e chegaram a 50% no governo Lula, em 2004.

Observa o documento do Banco Mundial que nos anos seguintes, com o aperfeiçoamento dos mecanismos de controle, a porcentagem caiu pra menos de 26% dos artigos em 2006. Poderia-se dizer que a imprensa cumpriu seu papel, não fossem as tentativas de encontrar novas irregularidades, como o uso dos benefícios para comprar eletrodomésticos.

Além de representarem melhora de vida para os beneficiários, que não precisam permanecer condenados à indigência e ao trabalho braçal ad eternum, os eletrodomésticos, muitas vezes, também significam mais uma fonte de renda. A vice-presidente do Banco Mundial, Joy Phumaphi, que esteve em Brasília mês passado, não viu problema na destinação dos recursos dada pelos beneficiários e contou o caso de um grupo de órfãos que comprou uma tevê com o dinheiro que recebia de um programa social do governo de Botswana. Quando foram ver as crianças para estudar o caso, descobriram que elas cobravam ingressos da vizinhança para assistir TV e os mais velhos usavam a arrecadação para fazer cursos por correspondência.

A criatividade popular pode servir de exemplo para a imprensa, que deveria ir mais aos confins atingidos pelo Bolsa Família do que criticá-lo com base em dados estatísticos. A informação sobre a compra de eletrodomésticos partiu do IBGE e um terço das notícias sobre irregularidades do programa tem como fonte o próprio governo. Segundo o relatório do Banco Mundial, pouco mais de um quarto das notícias foram geradas por investigação da própria imprensa.

Reuters
Mair Pena neto

terça-feira, 6 de maio de 2008

Quem não quer dar uma mordidinha nessa suave fruta.



Apple é a empresa de maior impacto sobre consumidores do mundo, afirma pesquisa

A marca Apple tem o maior impacto sobre os consumidores mundiais, enquanto a marca Microsoft e o valor de marca dos Estados Unidos como nação são vistos como os que mais precisam de reconstrução, de acordo com pesquisa divulgada pela revista online brandchannel.com.
A revista solicitou aos seus leitores que identificassem as marcas com o maior impacto sobre suas vidas, e que dissessem como elas afetam o comportamento dos consumidores e sua visão do mundo. Os quase dois mil profissionais e estudantes que votaram selecionaram a Apple como vencedora por maioria esmagadora. A criadora do iPod e do computador Macintosh triunfou em seis categorias, entre as quais "marca mais inspiradora" e "aquela sem a qual os consumidores dizem não poder viver."

A Microsoft, maior produtora de software do mundo, também saiu vencedora, mas recebeu a dúbia distinção de marca com a qual os participantes mais gostariam de discutir, e a que eles mais gostariam de reformular. Nessa categoria, a marca EUA ficou em segundo lugar.

Um dos mais surpreendentes resultados da pesquisa foi o fato de que poucos dos respondentes, de 107 países, acreditam que exista alguma coisa como uma marca "verde". O resultado surge apesar de milhões de dólares investidos por algumas das maiores empresas do mundo para se apresentarem ao mundo como ecologicamente corretas.


Fonte: www.reuters.com

sábado, 3 de maio de 2008

Um incrível sonho de uma garota de apenas 16 anos.

Será que ela tem noção de Cultura Macworld ou Modernidade Líquida:

Cheguei à estação de metrô subterrânea no shopping Bourboun e fui em direção à praça de alimentação. Quando estava indo, me perdi e de repente estava em um grande salão de quatro paredes onde havia vários stands de várias marcas diferentes. Havia stands da Sansung onde um cara convidava a nos vermos a si mesmos em uma grande tela de celular. Havia também um stand da claro, onde tinha celulares caros e bonitos que chamavam a atenção.
Eu que estava morrendo de fome, queria sair daquele lugar, mas não encontrava saída. Resolvi então perguntar ao segurança, um homem alto, negro, que disse para mim que não havia saída daquele lugar, que ali estávamos confinados a ver todas as novidades do mundo do consumo e que estávamos ali para consumir.
Naquele momento, fiquei indignada com essa descoberta e, para mim, tinha que haver uma maneira de sair daquele lugar desesperador, onde eu olhava as pessoas e as via tão tomadas pelo consumo, maravilhadas com o mundo do consumo.
De repente surgiu outra escada rolante, que na verdade era uma esteira rolante que só descia e levava para outro salão imenso onde havia mais stands. Um deles era stand da Disney, com computadores de alta tecnologia, onde as pessoas se divertiam freneticamente, maravilhadas com aquelas tecnologias avançadas. Avistei, então, uma grande porta toda lacrada, onde dava para ver o lado de fora um jardim, me senti dentro de uma bolha. Corri em direção à porta e me deparei novamente com outro segurança, igual ao primeiro. Perguntei novamente como eu fazia para sair daquele lugar desesperador e ele me disse que era melhor eu ir perguntar no stand do pet-shop. Quando passei pelo segurança, vi que ele era um avatar, que ele não era de verdade. Aquilo me causou mais desespero, a minha vontade de sair daquele mundo onde você era obrigado a ter a idéia de consumismo na cabeça, só aumentava e me deixava mais inconformada como o sistema capitalista acaba com qualquer pessoa, como ele faz as pessoas se tornarem fúteis.
Cheguei então no stand do pet-shop. Havia uma moça com um cachorro branco no colo. Perguntei a ela onde era a saída e ela me disse que não tinha como sair, que eu iria ter que entrar nesse mundo consumidor. Aquilo para mim era inaceitável, eu tinha de qualquer jeito sair daquele lugar horrível, indigno dos princípios da vida, da cultura.
Tive então a idéia de ir até a esteira e tentar subi-la para poder encontrar uma maneira de sair. Comecei a subir, mas a esteira não deixava, ela me jogava de volta para aquele lugar onde tudo era brilhante e grande, que deixava as pessoas encantadas ao ver aquelas tecnologias, um lugar que nos obrigava a pensar em grandes marcas, consumo, moda, consumo, tecnologia, CONSUMO!! Quando então meu celular começou a tocar e aquele som, que vinha de um aparelho tecnológico, de uma marca de celulares que desenvolve celulares brilhantes, de uma operadora onde a tecnologia 3G permite nos comunicar, não só através da voz, mas também através da imagem, aquele som, que me acordou, desse terrível sonho que tive.

Julia Decloedt Soares